22. 두번째 기회.

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Existem situações que poderiam te causar o mais profundo ódio, mas sabe, depois de uma surra de pau...

Tudo fica mais engraçado.

Eu quase me cagava de rir da careta de Jihyun ao me ver só de cueca, assim como ria descontroladamente de como a moça, amiga dele, parecia chapada e perdida em minhas pernas.

- Kaori! - Meu irmão estapeou a garota, que choramingou e fez um biquinho. - Para de tarar meu irmão! E você, seu miserável, cadê suas calças?!

Eu ri, animado como se o mundo fosse cor-de-rosa, e neguei com a cabeça. Quando me virei de costas para checar a sopa, que estava no fogo já há alguns minutos, senti um toque incomum na minha... bunda.

Quando olhei por cima do ombro, Jihyun estava abaixado atrás de mim, com a palma aberta na minha nádega, parecendo curioso. Eu até pensei em chutar a cara dele, mas lembrei que o moleque estava muito chapado e provavelmente choraria por horas, então decidi perguntar, genuinamente curioso.

- O que você pensa que está fazendo?

- Hyung. - Ele me chamou, comicamente sério, afastando a mão dali e me fazendo amaldiçoar o Jimin do passado, que decidiu vestir uma cueca cinza hoje. - Tem uma marca perfeita de mão na sua bunda.

Meu rosto pegou fogo e eu respirei muito fundo antes de pensar em alguma desculpa, com o lábio inferior entre os dentes.

- Eu estava lavando louça e depois acabei secando aí. - Menti, terrivelmente convincente, mas Jihyun subiu os olhos um pouco avermelhados até meu rosto e sorriu, maquiavélico.

- O polegar deveria estar para o outro lado. - Pensou rápido, o desgraçado. - E a sua mão não é tão grande assim.

- Hyun. - Chamei, com os olhos bem abertos e as sobrancelhas levantadas. Minha mão se direcionou automaticamente a colher de pau dentro da sopa e se fechou no cabo. - Você não estava chapado?

- Porra, que loucura a minha! Deve ser a droga! - Ele se arrastou até o sofá sob os risos de sua amiga, que não parecia tão resistente, já que rolava no estofado e sorria para qualquer coisa.

Eu examinei a sopa mais uma vez após dar uma risadinha baixa. O caldo estava cremoso, dourado, a clara divisão entre a água e o óleo deixando a aparência extremamente atrativa. Os pedaços graúdos de repolho estavam macios assim como todos os legumes, o macarrão que fora cozido separadamente e os cubos de carne. É, parecia bom.

Após provar um pouco do caldo e acertar o sal, senti que minhas pernas poderiam virar gelatina, já que o som da porta do banheiro abrindo e fechando se fez presente. Jungkook apareceu na cozinha alguns segundos depois, com os fios castanhos molhados; ele demorou bastante no banho, mas eu não daria atenção a esse fato, estava nervoso demais para pensar na conta de água.

Nervoso... por que? Haviam tantos motivos naquele momento. Eu havia acabado de ter a primeira experiência sexual mais profunda com Jungkook, e havia sido muito bom; meu maxilar ainda doía. Também tinha o fato de que algo havia acontecido com ele e eu não sabia o que era.

Ou talvez fosse porque eu cozinhei após um bom tempo sem exercitar meus dotes culinários. Estaria tudo bem se apenas meu irmão e a tal Kaori fossem experimentar, mas... Jungkook também comeria.

Ele tinha os olhos redondos em mim, que seguia sem calças; eu tinha trocado a camiseta por uma seca, mas fiquei com preguiça de encontrar um short.

E não me arrependia.

Enquanto mexia a sopa, podia sentir o olhar intenso dele em mim, me queimando por inteiro. Fazendo arder.

Depois do ocorrido no banho, mais cedo, parecia que toda e qualquer interação entre nós era puro fogo, chama alta, brasa violenta. Um simples olhar era capaz de enfraquecer meus joelhos e arrepiar pelo por pelo de meu corpo, assim como cada movimento realizado por mim era cuidadosamente observado, alvo das íris negras, que pareciam incomumente atenciosas.

Marlboro Nights | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora