Eu não sabia como a minha vida tinha chegado naquilo.
Me estiquei na cama e grunhi baixinho, abraçando o travesseiro e tentando ajeitar o short de pijama pela milésima vez no intuito de deixar a, hm... ereção, mais confortável.
Obviamente sem sucesso.
- Porra... - Murmurei, sozinho, bufando e escondendo o rosto no colchão, morto de vergonha. Era profundamente constrangedor estar daquele jeito por uma simples e normal convivência com um garoto.
Quando comecei a me irritar com aquela situação deplorável, levantei e bati o pé até a porta, passando a chave antes de voltar a deitar na cama. Encarei a lateral do meu corpo refletida no espelho da parede e respirei fundo, com o coração batendo forte, como se estivesse prestes a fazer algo revolucionário.
E não era como se eu não estivesse.
Já nem lembrava da última vez que tinha me tocado daquela forma, mas a sensação foi familiar quando deslizei os dedos pelo tronco até alcançar o volume coberto pelo short de tecido leve, apertando e experimentando, curioso.
Pensei em como as mãos pequenas se encaixavam bem em mim e no rosto lindo coberto pela máscara cirúrgica enquanto ele me tatuava com atenção e cuidado, examinando os próprios traços na minha pele vez ou outra.
Nisso, minha mão já estava dentro do short, segurando o pênis ereto com firmeza e movendo devagarinho. Tentei não me afobar mas, assim que me lembrei de um dos vídeos que tinha assistido quando me descobri oficialmente gay, virei de bruços e empinei os quadris no ar, grunhindo baixinho.
Lembrei dos cabelos pretos e longos do ator, tão parecidos com os de Jimin. A estrutura física delicadamente curvilínea, quase hipnotizante. Me apoiei com a bochecha no travesseiro e inclinei mais o corpo, alcançando minha própria coxa e apertando forte, sem parar de punhetar com calma, pressionando os pontos que eu descobria serem certos e sentindo espasmos leves nas panturrilhas.
"Suas reações não são muito heterossexuais, sabia?"
O jeito flertador e completamente desinibido me fazia questionar o que aquele homem não faria comigo.
Deslizei o short curto pelas coxas devagar e me arrepiei inteiro quando o tecido saiu lentamente do aperto entre as bochechas da minha... bunda. No susto, soltei o pau e levantei o tronco, sentando nos calcanhares e suspirando, completamente envergonhado pelo pensamento que atravessou minha mente.
Veja bem... poderia ser bom...
Logo, obviamente, não faria sem algum auxílio. Alcancei o óleo corporal de dentro de uma das gavetas da mesa de cabeceira e senti o cheirinho suave de baunilha quando destampei, automaticamente despejando uma boa quantidade no indicador e voltando às minhas descobertas.
A lembrança tão vívida do rosto bonito de perfil, do cigarro entre os dedos pequenos e da fumaça azulada escapando pelos lábios carnudos conforme ele falava comigo me deixava ainda mais aceso, quase desesperado por algum toque, algum alívio.
Voltei a me apoiar com a lateral do rosto no colchão e não segurei o pênis dessa vez, imediatamente guiando o dedo coberto de óleo corporal até aquele ponto tão inexplorado do meu próprio corpo. Me arrepiei com o mínimo toque mais uma vez e respirei fundo, pressionando o dígito ali até que o músculo surpreendentemente cedeu e eu afundei o indicador até onde consegui, com uma ardência não tão incômoda presente.
Minha mente traiçoeira fez questão de formar a exata imagem de um Jimin embriagado se aproximando cada vez mais, até ter a boca colada na minha e os olhos inchadinhos fechados. Cada mínimo segundo com ele na cabeça me fazia reviver os toques precisos e quase selvagens das mãos tatuadas no meu corpo, explorando o que conseguia, além da língua macia me acariciando e do gosto de maconha e cerveja misturados que eu não poderia esquecer nem em um milhão de anos.
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Marlboro Nights | jjk + pjm
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Isso deveria atrair alguém, mas quem realmente se importa? Minha história de amor, minhas regras. Insira milhares de pontos de interrogação aqui, amado telespectamor. ass: cara que narra essa história. ps: não espere um romance bon...