17º Capítulo

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HARVEY

Junto a Lena e Kai, fomos levados ao coração de Londres, atravessando áreas repletas de pontos turísticos icônicos, mergulhando na vibração única da cidade. O destino era uma das sedes menores da Golden Barrel, situada em uma região famosa, onde as ruas se entrelaçam com a história e a modernidade. O local escolhido oferecia uma visão deslumbrante da metrópole, um panorama que capturava tanto a grandiosidade dos arranha-céus quanto o charme secular de Londres. Era um recanto de elegância e discrição, perfeitamente posicionado para contemplar a vastidão e a beleza da cidade, refletindo o status e a sofisticação da Golden Barrel no cenário internacional.

Ao chegarmos, um dos nossos distribuidores locais nos recebeu no amplo salão, onde um jantar já havia sido preparado em honra à minha chegada e, é claro, à da presidenta, Lena Finney. Kai também estava conosco, demonstrando um leve desconforto, enquanto aguardávamos a chegada de George Fibonacci. Tomamos nossos lugares à mesa e imediatamente mergulhamos nas discussões acerca do desaparecimento de uma das nossas garrafas premium, um incidente perturbador que havia marcado nossa última remessa, que inevitavelmente havia sido perdida em meio a uma bagunça de papeis.

— Agradeço — disse, lançando um olhar para Lena, cuja expressão era de uma frieza que rivalizava com a minha diante da situação atual.

— Harvey, estamos enfrentando pressões dos nossos contatos e pracistas na Albânia e na Turquia. Há rumores de desistência no leilão do aniversário do Príncipe Aslan Izmir, que prometeu uma fortuna pela joia de Elizabeth Groelândia — Kai começou, seus dedos movendo-se em um gesto que lhe era característico. — A remessa atrasada dessa semana já era um problema, agora com o contratempo da última carga, prepare-se para mais complicações — ele fez uma pausa, pensativo. — Isso sem mencionar as perdas financeiras para o próximo período.

— Que eles lidem com isso! Dinheiro não é problema aqui. — Respondi, desinteressado. — Se for necessário, que negociem com Nicholai. Eu já havia acordado com ele um plano de contingência para situações como essa. Estamos passando por isso porque era inevitável, mais cedo ou mais tarde — continuei esperando por um comentário de Lena.

— Harvey, eu já iniciei o processo para suspender nossos envios aqui de Londres, prevendo problemas semelhantes em breve sobre a fiscalização — Lena falou, fazendo-me ponderar sobre suas palavras.

— Não vamos recuar, Lena! Melhor ainda, você não vai suspender nada. Vamos aumentar nossos envios, triplicar se necessário — declarei, a voz ainda mais determinada. — Parar agora seria dar vantagem a eles. Qualquer anormalidade será um convite aberto para investigações. Portanto, não podemos nos dar ao luxo de parar nem por um dia.

— Ainda não sabemos o destino da garrafa, mas há rumores de um funcionário do cargueiro que tem um histórico de furtar cargas. Ele tem habilidade para abrir e refechar containers sem deixar vestígios. Quando a mercadoria chega ao destino e se descobre algum problema, ou apontam um erro na logística ou atribuem a falhas humanas no momento do carregamento — Lena detalhou meticulosamente. — Nesse caso, estamos falando de uma garrafa excepcionalmente valiosa.

— Enfrentaremos este contratempo como qualquer outro problema que já superamos — falei, esforçando-me para manter a calma.

— Mas dessa vez, Harvey, podemos ter os federais em nosso encalço. E nem quero imaginar se a Interpol decidir intervir — Lena alertou.

— Acredito que o conteúdo da garrafa ainda não foi descoberto. E, se for, eles vão tratar o caso sob sigilo absoluto, até mesmo um segredo de estado. Será uma investigação detalhada, porém reservada — parei, lembrando-me de algo importante. — Droga, deveríamos ter trazido o Paulie conosco.

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