Alyssa guiou Elain pelo corredor iluminado, segurando seus ombros magros cobertos pelo xale de seda enquanto caminhava aos tropeços, agarrada a sua cintura como um coala.
Os olhos azuis cinzentos de Alyssa observaram o corredor silencioso, uma única porta estava aberta e ela presumiu que fosse o quarto de Elain, carregando-a até a porta entreaberta e entrando no quarto.
O lugar estava escuro, com as janelas abertas e a luz da lua vazando pelas cortinas longas, Alyssa levou Elain até a grande cama no centro do quarto e a deitou delicadamente no colchão macio.
Agarrando a colcha branca com detalhes bordados ela a puxou e cobriu o corpo de Elain, observando o rosto pálido de sua irmã e olhos castanhos com lágrimas não derrubadas.
Soltando um suspiro Alyssa tirou uma mecha de seu cabelo castanho de sua bochecha e acariciou levemente a pele macia abaixo de seus olhos.
Elain pareceu se aconchegar com o toque e relaxou contra o colchão, os olhos ameaçando se fechar pelo sono e um bocejo escapando pelos lábios secos.
Alyssa fez a menção de se afastar mas sua mão foi segurada pela mão fina de Elain que meio dormindo e meio acordada murmurou.
— Não chore... não chore...
Um sussurro baixo e arrastado foi tudo o que Alyssa lhe deu, desvencilhando de seu toque lentamente e saindo do quarto com passos silenciosos.
Com cuidado ela fechou a porta atrás de si e caminhou pelo corredor em direção ao seu quarto, abrindo a porta e a fechando rapidamente atrás de si antes de cambalear nos próprios pés e se apoiar na parede fria atrás de suas costas.
Seu belo rosto estava pálido com lábios secos e trêmulos, a respiração travou em seus pulmões e com dificuldade ela se moveu em direção a sua cama, o vestido enroscava nos saltos finos e a fazia tropeçar.
Seus ossos doíam, sua pele queimava como ferro em brasa e suas entranhas se contorcem em seu estômago.
Uma fome sem fim inundou sua cabeça, sua boca estava salivando e suas mãos tremiam pelo desejo de se banquetear com poder e se afogar em vitalidade.
Caindo com o rosto contra o colchão Alyssa engasgou com uma respiração pesada, virando-se de costas ela observou o teto do quarto, ofegando e sugando se frio para seus pulmões.
Seus cabelos castanhos dourados estavam soltos, caindo em seu rosto com fios colando em sua bochecha branca, os olhos azuis pareciam distantes e profundos, fitando o nada acima de seu rosto.
— Saía. — Ordenou com um tom rouco, uma ordem rígida como uma lâmina afiada e enferrujada.
Uma risada baixa e grossa soou do lado direito do quarto, onde a luz da lua não podia alcançar e as sombras se enrolavam contra as paredes.
Um farfalhar suave soou a medida em que passos de aproximavam da cama, Alyssa não se deu o trabalho de desviar o olhar quando os olhos dourados brilhantes da Morte a fitaram.
O belo rosto da Morte a observava em silêncio, os lábios vermelhos curvados num sorriso frio e sutil.
A mão pálida da Morte se esticou em direção ao rosto de Alyssa e afastou os fios de cabelo presos em sua bochecha, acariciando a pele pálida e macia da bela feérica que o observou com nada além de vazio nas íris azuis geladas.
— Quando você descobriu? — Perguntou a Morte, com sua voz rouca e sedutora enquanto se curvava próximo ao seu rosto.
Alyssa piscou uma vez lentamente e então sorriu com escárnio e ridículo nos lábios vermelhos.
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Corte de sacrifícios e vinganças
FanficA vida de Alyssa Archeron, a filha mais velha da família Archeron muda drasticamente quando durante uma madrugada bestas feéricas aladas invadem sua casa e levam a si e suas irmãs até o outro lado da muralha. Caindo direto nas mãos de um rei cruel e...