Novos Anjos Capítulo 9: Tentando voltar ao normal

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Parece incrível como as coincidências acontecem quando menos esperamos ,nosso segundo beijo naquele mesmo lugar e logo que terminamos abatida na porta nos interrompe, dos males o menor, ao menos não ocorreram durante o beijo.

O toc, toc chamou a atenção, se fosse minha tia ou qualquer outro da família não bateria na porta, então... surpresa, respondi para entrar e aparece o Flávio bem na nossa frente junto com sua mãe.

Flávio, você por aqui? Perguntei bastante surpreso- como? Onde? Me disseram que você faltou ontem porque estava com catapora.

Oi, gente- ele respondeu- eca, catapora? Quem inventou essa maluquice?

Bom dia meninos- cumprimentou a mãe de Flávio antes que ele continuasse- Fico feliz de ver que você parece tão bem agora Arthur.

Obrigado tia- respondeu Arthur, como soube que eu estava aqui?

Sua mãe me avisou mais cedo- disse que talvez você não vá poder ir para a escola por alguns dias.

Já estou bem melhor, não sinto mais quase nada. Não quero ter que faltar, adoro sua escola tia.

Eu sei querido, obrigada por isso mas lembre que você está se recuperando, não deve estar sentindo dor por conta dos medicamentos, mas tem que ficar de repouso até estar realmente bem.

Muito obrigado pela visita.

Eu não deixaria um dos meus melhores alunos na mão- sorriu- Na verdade quando o Flávio soube insistiu bastante também, vou deixar vocês uma meia hora a sós para conversarem, tudo bem? Daqui a pouquinho eu retorno- abraçou Arthur e me cumprimentou.

Então...recomeçou Flávio- A minha mãe não me contou nadinha, você está bem?

Tô bem melhor sim, mas... primeiro você- indagou Arthur- Quem foi que te "passou" catapora- riu.

Eu sei lá, foi o Paulo que disse isso agora, eu simplesmente acordei ontem com mal estar e um pouco de febre, nada demais, mas o suficiente para matar aula. Avisei no grupo do zap mas aquele bando de meninas fofoqueiras com certeza foi aumentando até inventar isso.

Ah, só pode- falei- foi a Bruna, aquela menina é um nojo viu? Foi super grossa comigo.

Ela se acha melhor que todo mundo, eu sempre estudei nessa escola, vai por mim, eu conheço bem como é a maioria ali.

Então você sabe o que falam da gente? Perguntei meio com medo da resposta.

Sei um pouco, alguns dizem que o Arthur é nerdzinho que não dá bola pra ninguém e que você é metido a rico porque morou fora, mas juro que não penso assim. Vamos mudar de assunto?

Eu sei Flávio, você foi super legal com a gente desde o primeiro dia. Falei em tom conciliador.

Ah, mas eu confesso que a minha mãe também me pediu pra ajudar os dois meninos novos, mas é que eu normalmente ficaria com vergonha mesmo, mas eu descobri que vocês são legais, além do mais... pausou sua fala.

Além do mais o quê? Perguntei.

Deixa pra lá... é que a maioria lá implica comigo, sabe como é né? Filho dos donos da escola e tal.

Bando de pré adolescentes bobalhões- ressaltou Arthur.

E a gente é o que? Flávio riu ironicamente.

Sou inteligente e muito mais adulto que todos eles juntos- se gabou Arthur com um sorriso.

Bobão humilde- disse Flávio- mas ei... o que foi que te aconteceu afinal de contas? Eu soube que você passou a noite aqui no hospital.

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