Novos Anjos Capítulo 11: A primeira vez

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Finalmente chegamos em casa, Arthur já conhecia o lugar mas Flávio ainda não. A pequena viagem do caminho foi suficiente pra acabar com todo o efeito dos salgadinhos e eu pessoalmente estava terrivelmente faminto, deve ser coisas da tal fase de crescimento. Minha tia estava ficando em casa pelas manhãs para dar instruções para a Dona Roseane, a senhora que começou a trabalhar lá em casa mas eu tinha certeza que logo ela voltaria a trabalhar o dia inteiro.

- Nossa, seu condomínio é muito grande- falou Flávio meio espantado.

- Foi sorte a gente conseguir uma casa aqui- respondi- a minha tia que ajudou pra caramba. No fim de semana que vem você vai conhecer ela.

- Vou? O que vai ter fim de semana que vem?

- Aniversario de meu primo, eu convidei o Arthur, eu ia te chamar também depois de apresentar ele pra você.

- Ih, mas é aniversário dele, ele não vai se incomodar de ficar chamando os seus amigos não?

- Não se preocupa- falou Arthur antes de mim- cara o primo dele é muito gente boa, toda família do Paulo é.

- Deixa de ser bobo Arthur- falei- assim eu fico envergonhado.

- Pensei que você fosse um sem vergonha- gargalhou Flávio.

- Muito engraçado Flávio, quer que eu conte pro Paulo daquele dia que voltamos da educação física?

- Que dia? Perguntou desconfiado.

- Naquele dia que você demorou porque foi tomar banho.

- Nãoooo- pelo amor de Deus, que vergonha- cobriu o rosto.

- Ei, todo mundo é amigo aqui- chamou atenção Arthur, vão ficar de segredinho?

- Claro que não- disse Flávio- mas é vergonhoso.

- Tem vergonha de uma punhetinha Flávio? Quantos anos você tem mesmo? Ri muito dele que ficou vermelho.

- Ahhhh, Flávio, você fazendo isso no banheiro da escola?- Arthur segurou o riso.

- Ah para, eu fico meio com vergonha sabia?

- Não precisa ter Flávio, até parece que todo mundo da nossa idade não faz isso né?

- Sério? Vocês também? Indagou Flávio.

- Meu Deus que menino inocente- apontei pra ele- todo santo dia né?

- Seus punheteiros safados- caçoou Arthur.

- Falou o santinho né? Flávio deu um tapinha nas costas de Arthur.

- Tá bom, tá bom, todo dia antes de ir pra escola, só assim eu acordo de verdade.

Esse caminho entre o portão de entrada até a minha casa tá demorando bastante, essa conversa me deixou meio desnorteado, agora com certeza vou passar o dia inteiro imaginando como deve ser o Arthur todo dia antes de ir pra escola com sua punhetinha maravilhosa, comecei a sentir que o meu pau estava querendo ficar duro, pra minha sorte chegamos na porta de casa.

Deixamos nossos sapatos do lado de fora e entramos, como sempre quando chego em casa parece que não tem ninguém, mas provavelmente devem estar todos na cozinha, que fica um pouco mais pra dentro de casa. Resolvi pedir pra subirmos primeiro até meu quarto mas no caminho encontrei meus tios descendo pela escada.

- Boa tarde meninos- disse minha tia com um sorriso.

- Chegamos agora tia- dei um beijo em sua mão e do meu tio- Esse aqui é o meu amigo Flávio, o Arthur vocês já conhecem.

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