Novos Anjos Capítulo 30: No topo da torre

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-A gente tem que correr agora- eu gritei- Rápido Arthur a gente tem que correr.

-O que houve meninos? Minha tia notou imediatamente.

-Tia , Meu Deus, o Flávia tá lá em cima, no telhado do outro prédio, temos que ir lá- gritei.

-Calma , calma, como assim? Vocês tem certeza.

-Temos sim tia, olha lá- apontei enquanto já corria com o Arthur até a porta de saída e chamava o elevador.

-Meninos, calma, voltem aqui, meninos... ouvi minha tia gritando enquanto entramos no elevador que para nossa sorte estava parado naquele andar ainda.

-Calma Paulo, calma- Arthur tentava me tranquilizar nos infinitos segundos que o elevador demorava para chegar no térreo.

-Você sabe qual é aquele prédio? Perguntei desesperado.

-É o mais afastado bem em frente a esse, a gente se localiza assim que estivermos no chão.

Corremos a toda velocidade até o bloco, eu imaginava como minha tia e principalmente a Dona Edna estavam desesperadas correndo também, mas não dava pra esperar. Chegamos até a torre e fomos a todo vapor alcançar os elevadores, apressadamente apertei o notão do último andar.

-Chegamos no último andar, e agora? Me virei para o Arthur.

-Ali, as escadas, ele apontou- provavelmente a gente vai alcançar os teto do prédio por ali.

Corremos e subimos as escadarias até chegar em uma porta de metal onde havia um alto barulho.

-Que barulho todo é esse? Indaguei.

-Aqui deve ser a sala de máquinas do elevador. Cadê? Tem que ter uma escada por aqui- Arthur procurava quase perdendo o fôlego.

-Bem ali Arthur, encontrei. Tem uma porta ali e parece que está aberta.

-Se está aberta só pode ter sido por ali que o Flávio subiu, vamos depressa. Arthur gritava para superar o barulho dos elevadores.

-Que droga, essas portas não deviam estar muito bem trancadas? Falei enquanto subia.

-O Flávio deve ter dado um jeito, não adianta pensar nisso agora. Disse Arthur.

Abrimos a pesada porta de metal e nos deparamos com toda a luminosidade do céu aberto naquele lugar, ventava bastante provavelmente por causada altura, haviam várias antenas em um canto e uma espécie de muro baixo de proteção em torno de todo o terraço, lá num cantinho entre o muro e as antenas estava o Flávio.

-Flávio- eu gritei- Flávio pelo amor de Deus saí dai por favor.

Ele nos olhou bastante espantado, seus olhos estavam fundos como quem tivesse chorado todas as lágrimas do mundo, ele parecia um bichinho acuado que não sabia para onde fugir.

-Vão embora daqui- ele gritou.

-Flávio não faz nenhuma besteira por favor- Arthur disse desesperado indo até ele.

-Para, para, não chega perto senão eu vou subir- ele disse se agarrando na antena e fazendo menção de subir na mureta.

-Não faz isso Flávio, a gente quer te ajudar, nós somos seus amigos, lembra? Arthur disse.

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