Capítulo 8

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Depois de redigir o relatório a pedido do o seu Luís e entregar o mesmo, me despedi de Lucas e Gisela e fui ao supermercado comprar alguns petiscos e algumas latinhas de cerveja para tomar. Ao chegar em casa percebi que Kaique ainda não tinha chegado e ele nem havia mandado mensagem, achei meio estranho, mas me lembrei que tinha chegado mais cedo que o normal em casa. Aproveitei para arrumar as comprar e fazer algumas tarefas de casa que estavam acumuladas como a louça que Kaique havia deixado na pia e colocar algumas roupas para lavar. Tempos depois, tomei meu banho, vesti um pijama folgado e peguei uma latinha, logo em seguida, sentei na frente da televisão, assim assistindo o jogo do flamengo.

– Chegou mais cedo que o normal, Victória – Kaique falou assim que abriu a porta – tu já jantou?

– Fiz só um lanchinho para não tomar cerveja de barriga vazia, por quê? – olhei para ele e ele estava com algumas sacolas plásticas

– A mãe do Jaú mandou isso aqui para você. Eu acabei comendo lá – ele veio até mim com a comida – ainda está quentinho, vou pegar o talher

– Agradece para mim. Tem cerveja no freezer, pega uma para mim? Se quiser pode pegar também – ele veio com o talher e a lata

– Você não é de beber, o que aconteceu lá no CT? – ele se sentou do meu lado com uma latinha de refrigerante e me entregou a lata e o talher

– Luís me deu folga de duas semanas depois desse tempo sem sossego e teve o sucesso do media day, você até comprou pizza para nós – ele me olhou confuso – o que foi?

– Eu comprei pizza? Para vocês? – concordei e ele ficou meio sem jeito – então, não fui eu que comprei isso aí

– Kaique do que você está falando? Você me perguntou ontem qual era o meu sabor de pizza favorito e, hoje, uma delas era aquela – vi ele engolindo seco e se virando para mim

– Eu acho que eu sei quem mandou, mas se eu te contar, tenho medo que me mate – ele deu um sorriso falso e eu respirei fundo – foi o Gabriel, ontem ele me perguntou e eu não sabia

– Por que diacho o Gabriel iria comprar uma pizza para o departamento com meu nome? – falei pausadamente sem tirar o olho do jogo – Kaique, que história é essa?

– Eu estava conversando com ele sobre pizza e ele me perguntou. Eu acho que foi ele, não sei, pode ter sido outra pessoa

– Kaique! Que outra pessoa iria comprar uma pizza para a gente pelo amor de Deus? – ele ficou pensando

– Pode ter sido o seu chefe, não sei

– Ele me deu o aval para comprar as pizzas, por que ele iria comprar? – ele ficou sem argumento e ficou olhando o jogo – enfim, vou mandar mensagem para o Gabriel para tirar essa história a limpo

– Vai ficar com raiva de mim? – olhei para ele meio séria – vai, né?

– Por que eu ficaria com raiva de você, primo? Não tem o porquê disso. Eu só quero saber quem mandou as pizzas, só isso

– Ou isso vai servir de pretexto para você falar com o Gabriel – arregalei meus olhos – qual é, Victória? Eu já sei de tudo

– Sabe de tudo o que, menino? Se nem eu tô sabendo – ele começou a rir

– Victória, a Nara me contou que você e o Gabriel, no dia do meu aniversário, vocês estavam lavando a louça juntos olhando de canto de olho um para o outro – ele tomou um gole do refrigerante

– Kaique, não inventa história. Isso aí não foi nada. Nara inventou isso da cabeça dela – tomei um pouco de cerveja para engolir essa história e essa conversa

– Vou ter que te lembrar mesmo? Do quanto era apaixonada por ele há dois anos atrás? – respirei fundo fechando meus olhos

– Isso foi a muito tempo, foi uma fase que eu tive, agora estou focada no meu trabalho, senhor Kaique – ele gargalhou – agora me deixa comida, beber e assistir o jogo em paz

– Sim, senhorita Victória

Ficamos em silêncio assistindo o jogo, algumas vezes comentamos sobre o jogo, mas era em momentos específicos. Ele sabia que o jogo do flamengo para mim era um momento de alívio de um dia cansativo, então ficou apenas do meu lado tomando seu refrigerante.

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📍 Gávea, Rio de Janeiro
☀️ 32° C

– Bom, então está tudo encaminhado para essas duas semanas, tanto a questão de divulgação quanto a de planejamento das parcerias e o gerenciamento de crise – Luís recapitulou toda a reunião – obrigada, departamento de comunicação e ao de marketing também. Todos liberados – ele sorriu e pegou suas coisas

– Victória, boa folga. Aproveita o tempo para descansar – disse João se aproximar de mim – aproveita pela gente essa folga

– Pode deixar, eu vou aproveitar bem. Bom, tenho que ir que ainda vou falar com o Lucas e a Gisela – me despedir dele e de Nara e fui até a sala de marketing – gente, eu já vou indo para casa, não tenho mais nada a fazer, então boa sorte

– Já vai abandonar a gente? – Gisela disse com uma cara de tristeza – não quer ficar mais um pouco e ajudar a gente nisso aqui?

– Gisela! Ela está de folga agora, deixa ela ir para casa tadinha – ele olhou para mim e sorriu – boa folga para você, Victória. A gente vai ficar te esperando aqui

– Já está indo embora, Victória? – Júlia falou ao entrar na sala com seu copo café preto na mão – que bom, tenha ótimas férias, eu vou cuidar de tudo como sempre

– Meninos, se caso alguma coisa acontecer, só se for de extrema urgência, me mandem mensagem, está bem? – ignorei completamente a existência de Júlia naquela sala

– Eles não irão precisar, eu vou cuidar deles – olhei para ele rapidamente e peguei minha bolsa

– Você deveria ter cuidado e atenção  com o seu trabalho, não só com os estagiários que estão aqui – coloquei minha bolsa – tchau, meninos, qualquer coisa é só me mandar mensagem – ele acenaram para mim sorrindo e fiz o mesmo saindo da sala

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Oi, gente! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim! 💕

Bom, eu estou vindo aqui dizer que essa folga aí vai ser boazinha para a Victória, hein...

Detalhes | Imagine Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora