Capítulo 45

152 12 0
                                    

Thainá teve uma melhora significativa no seu quadro, assim, passando a ser estável, o que alegrou tanto a mim quanto Kaique que ao contrário de três dias atrás estava quase saltitando enquanto andava pelos corredores do hospital.

Arthur estava cada vez mais esperto e mais dando trabalho para mim e para meu primo que estava mais cansado que o normal. Por minha parte, eu estava com a cabeça cheia e com muitas coisas para fazer e isso debilitou minha saúde de uma forma muito rápida

– Victória, você está bem? – perguntou Nara após me vê

– Mais ou menos, estou cansada. Ontem fiquei acordada junto com o Kaique, por isso eu estou um pouco inchada e com olheiras

– Não acredito que o bebezinho está dando trabalho para vocês dois – olhei para ela que desviou o olhar

– Você está convocada para ir lá para casa e dormi lá para você vê – dei um sorriso sem graça – eu estou só o resto agora

– Kaique não está dando conta de cuidar da criança? – neguei – falando sério agora. Se vocês quiserem, eu posso ir ajudar vocês, eu tenho experiência com crianças

– Com os seus sobrinhos?

– Sim, e olha que eles são gêmeos. Cuidei deles desde pequenos até agora, então posso ajudar vocês

– Então você vai para lá amanhã. A última vez que o Gabriel foi lá para casa, o Arthur estava berrando e ele foi até ele e começou a conversar meio sonolento – ficou um silêncio e Nara se aproximou de mim

– Como tá o relacionamento de vocês dois? Eu tô ficando com um pé atrás com isso. Ele ainda nem te pediu em namoro e vocês já estão há um tempo juntos

– Nós estamos bem, eu acho. Esses dias ficamos um pouco afastados, mas é por conta do trabalho, por conta da Thainá e do Arthur

– Victória, ele voltou a vida de festa e farra. Faz três dias que ele não para de postar fotos com os amigos nos storys

– Eu sei, ele me falou que ia para algumas festas, mas tem umas que eu não sabia. Enfim, a gente não está em um relacionamento. Ele pode fazer o que ele quiser

– Não acredito que está falando uma coisa dessas, Vi. Mesmo que vocês não tenham nada, ele tem que ter respeito. Vocês dois estão com ações que não são só de ficante

– Eu sei, mas eu não tenho nada o que fazer. Nós não temos uma relação de namorados e nem nada como eu falei. Eu vou conversar com ele depois das festas de fim de ano para resolver essa situação

– Victória, hoje é dia 18, para o Natal está faltando 7 dias mais 6 dias para o ano novo, só aí são 13 dias, fora o dia 1° que você não vai resolver com ele pela ressaca que vai estar, então ou você decide logo ou pode se arrepender mais tarde

– Nara, mas eu não tenho o que falar agora, é, literalmente, perda de tempo – respirei fundo olhei para frente sem encarar minha amiga

– Eu não vou mais me meter nessa situação. Eu quero que você resolva logo para eu não falar aquela frase que você sempre diz que é "eu te avisei" – ela se afastou de mim e pegou um copo que estava perto dela – sabe que eu falo isso para o seu bem, não é?

– Eu sei, Nara. Eu vou tentar falar com ele sobre isso em um momento que dê. Não vou chegar já falando sobre – ela respirou fundo e concordou

– Enfim, você que sabe. Se arruma logo para irmos para a reunião juntas

– Eu já estou pronta. Não quis me arrumar tanto assim, ainda mais que vai ser rápido

– Beleza. Eu vou só lavar esse copo e pegar as minhas coisas e vamos – fiz o sinal de positivo

...

Dois dias se passaram e eu não conseguia ao menos falar com Gabriel pelo telefone, era quase que impossível de ele atender e quando mandava mensagem era tempos depois. Dizendo ele estava em reuniões constantes com marcas e com os agentes e não tinha muito tempo, mas a noite aproveitava para sair e ir para as baladas sem me responder.

Raphael e eu combinamos o melhor dia para nós dois para sairmos, que no caso, seria hoje. Eu me arrumei da melhor forma possível para reencontrar meu amigo de infância além de manter minha alto estima lá em cima. Esse mini encontro entre nós dois seria mais uma reunião natalina, já que estávamos no dia 20 de dezembro. Combinamos de ir no shopping, local esse, que iríamos escolher os presentes para ambos e dar de presente no jantar que iríamos fazer.

Fazíamos isso há anos atrás quando era apenas eu e ele e mais ninguém junto com a gente. Relembrar os velhos tempos é a melhor coisa que eu poderia fazer agora. Espairecer a cabeça no meio de toda essa confusão e indenização que estava rondando a minha cabeça.

– Olha como ela está chique para uma "reunião natalina" – ele dei um sorriso e me abraçou – que bom te ver

– Digo o mesmo, caro amigo Veiga – sai do abraço e dei um pequeno sorriso – vamos lá as regras que tínhamos antes

– Não pode ser um presente tão caro; Não pode zoar o amiguinho com o presente que for comprar; e, acima de tudo, tem que ser um presente dado de coração para o outro – fiquei alguns segundos segurando meu sorriso, mas não consegui e dei uma gargalhada

– Como consegue lembrar disso ainda? Juro que nem me lembrava mais

– Como eu iria escrever algo que está guardado na minha gaveta – fiquei surpresa com a sua colocação – vai me dizer que não tem o papel que a gente fez

– Eu não sei onde está o papel, acho que deve estar em uma caixa de lembranças – fiquei tentando me lembrar onde tinha colocado

– Enfim, vamos as comprar que eu quero acabar logo, por que tô morrendo de fome! – ele passou a mão na barriga e eu concordei

– Você que manda onde a gente vai primeiro e qual loja

– A eu vou aproveitar para ir em algumas para comprar outros presentes para algumas outras pessoas, mas fica tranquila que é só para minha mãe e para o meu pai

– Se for para os dois está liberado! – nós rimos e fomos as compras

...

Detalhes | Imagine Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora