Capítulo 39

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Assistimos a um filme chamado 'A Nova Cinderela', longa metragem que via muito quando era mais nova e, posso falar que, ainda tive a mesma sensação de quando vi pela primeira vez. Gabriel nunca tinha assistido e Dhiovanna havia dito que precisava rever o quanto antes, pois tinha gostado dele.

Após a conclusão do filme, ficamos conversando um pouco mais e fomos para a varanda para beber e continuar a conversa. Ao olhar no relógio vi que já eram quase meia noite e me lembrei que amanhã teria que acordar cedo. Dhiovanna dizia que estava cansada, também, então cada um foi para o seu quarto para dormir.

- Está indo aonde, senhorita Victória?

- Eu estou indo para o quarto de hóspede. Sua mãe vai ter um infarto se vê a gente dormindo juntos - ele se levantou e veio na minha direção

- A dona Lindalva exagera um pouco. Não liga para a minha mãe - ele pegou o travesseiro da minha mão e colocou em cima da cama - quero dormir com você. Abraçadinho

- Acho que tem alguém carente aqui no quarto, não é mesmo? - ele sorriu e se deitou na cama - mas é sério, Gabriel, eu vou dormir no quarto de hóspede, não quero confusão com a sua mãe

- Quem disse que vai ter confusão? Minha mãe não é de entrar no meu quarto para ver o que eu estou fazer ou o que eu deixo de fazer. Deita aqui logo

- Gabriel...

- Vem, eu me responsabilizo por qualquer coisa. Eu já estou acostumado - ele deu um pequeno sorriso e, então, fui na direção da cama e me deitei ao seu lado

Me aconcheguei na lateral do corpo dele que não esperou muito para me abraçar e depositar beijos em minha cabeça. Ficamos um tempinho em silêncio trocando olhares até ele olhar para o teto e desfazer o sorriso.

- O que foi?

- Só pensando nas coisas que a mamãe falou quando estávamos na mesa - ele respirou fundo - eu não acredito que ela chegou a fazer isso na sua frente

- Ela ia fazer isso de qualquer jeito. Ela vai querer me testar saber a minha índole com você. Minha tia vivia fazendo isso com as namoradas do Kaique

- Ele tinha tantas meninas ao redor dele? - balancei a cabeça positivamente - ele não parece ser esse tipo de homem que vai pegando geral

- Ele namorava. Acho que pegar, ele pegou umas cinco, incluindo a Thainá só que ele pediu ela em namoro, mas ela não aceitou

- Por falar em Thainá, eu ia perguntar para o Kaique, como está o bebê (?) e quando vai nascer o bebê (?), mas ele está sem tempo quase

- A cabeça dele é só jogo agora, depois vai ser Thainá e bebê, mas é por esses tempo agora que vai nascer - senti a mão de Gabriel percorrer minha costa de forma carinhosa - que carinho gostoso

- Você quer ser mãe um dia? - olhei para ele um pouco assustada e ele gargalhou - só perguntando mesmo, já que estávamos nesse assunto

- Tenho, assim como eu tenho medo

- Como assim?

- Muitas coisas aconteceram quando eu era pequena, a começar que eu não tive pai presente, então eu tenho medo de isso acontecer comigo, também, de ser uma mãe solo e meu filho sofrer com isso - respirei fundo e ele depositou um beijo em minha cabeça

- Pode ter certeza que isso não vai acontecer. Você é uma mulher incrível e, o homem, que fizer isso vai ser um grandíssimo filho da puta - mordi levemente minha boca para conter o sorriso que insistia em abrir - eu estou falando sério. Eu me apaixonei por você de uma tal maneira

- Gabriel...

- Não vem colocar aqui as coisas que você me falava antes sobre o trabalho, não quebra o clima agora. Tá tão bom assim com você - ele me abraçou novamente - essas horas estaria em uma balada curtindo a vida com bebida, mas a minha vontade maior é está aqui

- Vamos dormir, que está ficando tarde

- Sim, senhora. Vamos dormir

...

Acordei bem cedo na manhã seguinte e fiquei encarando por um tempo o rosto de Gabriel e me arrisquei a beijar sua testa sem fazê-lo acordar, o que foi um sucesso. Escovei meus dentes, tomei um banho e coloquei uma rosto quentinha, já que aquela manhã estava um pouco frio.

Fui até a cozinha e comecei a fazer o café da manhã com as coisas que achei na geladeira para deixar pronto para todos. Enquanto fazia o café ouvi passos se aproximando de mim e, logo, senti as mãos de Gabriel envolvendo minha cintura.

- Você gosta de um trabalho, não é? Acordou cedo para fazer o café da manhã - virei meu rosto para ele que selou nossos lábios

- Costume de fazer isso - peguei o prato e coloquei em cima da mesa de estar - pega o café para mim, por favor. Ele está na garrafa térmica - me sentei na mesa e fiquei esperando ele voltar - será que a sua mãe vai ficar com raiva se eu comer o café antes?

- Não sei. Não sei se ela vai acordar por agora, também. Mas, você tem coisa para fazer?

- Tenho. O Luís quer uma reunião para ajeitar algumas coisas e eu tenho que ajeitar planilha - ele pegou uma xícara e encheu de café - se eu estivesse no Rio, ele não iria pedir nada

- Pior. Essas coisas só aparecerem quando a gente está se divertindo. Não tem nem como falar para adiar, né? - neguei - imagina os estagiários com isso

- O pior é que tem que pagar as horas deles quando ter reunião fora do período - respirei fundo - mas acho que a reunião é uns 30 minutos ou até menos, por que não podemos resolver muita coisa

- Vocês já estão acordados - ouvi a voz de dona Lindalva e olhei para ela

- Bom dia, dona Lindalva. Pode se sentar a mesa. Desculpa por não esperar vocês para comer, eu tenho uma pequena reunião para ver

- Não se importe com isso. Comam, depois eu volto. Vou me arrumar. Achava que ainda estariam dormindo - ela deu meia volta e foi para o corredor

- Deixa eu comer rápido para ajeitar as coisas - tentei fingir que não estava incomodada - come isso aqui. É muito bom

- Está bem - ele abriu a boca e coloquei a comida na mesma - nossa, que delícia - antes de eu piscar, ele me deu um beijo - bora comer que isso está incrível!

Detalhes | Imagine Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora