O papo da noite estava cada vez melhor, acabei tomando um pouco de cerveja para acompanhar Veiga e o Arrascaeta que já estavam cantando as músicas em cima de uma cadeira abraçados. Kaique estava um tanto bêbado, mas ficava em silêncio ao meu lado quase dormindo.
Eu não podia deixar de olhar de canto de olho para Gabriel que estava tomando cerveja muito rápido e eu estava com medo de ele ficar bebendo, então, por isso, estava de olho nele. Vi que faltava comida em cima da mesa então fui até a cozinha para pegar um pouco mais, porém acabei ficando um pouco mais de tempo lá já que me concentrava na cólica que havia voltado.
– Tudo bem com você? – ouvi a voz de Gabriel e olhei para ele – pensava que tinha acontecido alguma coisa com você, já que estava demorando
– Está tudo bem. Eu só estava com uma pequena dor, mas já passou – ele se aproximou do balcão – eu só vou tirar alguns salgadinhos e já vou para lá
– Deixa que eu tiro, você está com dor. Não consegue fingir que está tudo certo – ele pegou a bandeja e começou a tirar alguns salgados de uma caixa – não entendo como vocês, mulheres, conseguem aguentar essas dores todo mês
– Tem algumas mulheres que são sortudas, não sabem o que é uma cólica normal de todo mês – ele colocava devagar no prato
– Teve uma época que fiquei desesperado com a minha irmã. Ela chorava de dor e eu não conseguia fazer nada para ajudar ela – ele terminou de colocar os salgadinhos, os deixou em cima da mesa e se virou para mim – você, eu estou vendo que, é mais tranquila
– Eu já estou acostumada com isso, mas de vez em quando me bate um desespero por conta da dor – ele ficou de costa para o balcão – vamos lá para dentro. O pessoal vai dar falta da gente
– Espera. Deixa eu tinha um negócio do seu rosto antes
Ele veio na minha direção e colocou suas mãos sob meu rosto, com um gesto, tirou algo que estava nele, mas nós dois não nos movemos, ficamos lá parados, um de frente para o outro. Seu rosto estava próximo ao meu, assim como no dia em que ele foi para a minha casa depois de ficar bêbado na balada, onde nossas interações se tornaram constantes e chegaram a esse ponto.
– Você mexeu comigo de uma forma – ele falou baixo acariciando meu rosto – eu só queria…
Em menos de um milésimo, ele encostou minha testa na sua e continuou com as mãos em meu rosto. Por mais que eu quisesse sair de lá, eu não conseguia, parecia que eu estava hipnotizada por aquele homem, cada palavra que ele pronunciava era tão boa para os meus ouvidos.
– Você não pode ir no treino, eu não consegui me concentrar enquanto você não foi embora
Nossas respirações eram uma só, eu mantinha meus olhos fechados. Não tinha mais como fugir, era apenas eu e ele grudados, mesmo se quisesse sair, um movimento e nossos lábios se encostariam. E, assim, aconteceu, Gabriel, depois de muito esperar, havia tomado uma atitude e colando nossos lábios, ele fez o nosso beijo acontecer.
Eu estava nervosa, meu coração estava a mil e não sabia o que fazer, afinal, esse era meu primeiro beijo. Sim, meu primeiro beijo foi aos 24 anos de idade. Por isso, esperei que ele tomasse a frente do beijo e só ia acompanhando aquilo, mas de repente, ele parou e ficou me olhando.
– Desculpa, eu não deveria ter te beijado. Eu acabei me empolgando…
Peguei a sua gola e puxei ele para outro beijo. Dessa vez, envolvi meus braços em seu pescoço para que ele ficasse um pouco mais baixo para que conseguisse beijar ele direito. Ele, por sua vez, tirou sua mão de meu rosto e desceu, percorrendo cada parte da lateral do meu corpo parando em minha cintura. Não demorou muito para o nosso beijo se aprofundar e ele me pressionar minha cintura contra o seu corpo. Tudo estava perfeito, mas a culpa de estar fazendo algo de errado fez com que parasse o beijo na hora.
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Detalhes | Imagine Gabriel Barbosa
RomanceUma história de um relacionamento proibido entre Victória, uma funcionária do CT do Ninho do Urubu, e Gabriel Barbosa.