Capítulo 34

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Acordei de madrugada com uma sede muito grande e, então, com um pouco de coragem me sentei na cama e olhei para o relógio que marcava duas e meia da manhã. Muito provável, Gabriel, tenha me deixado aqui antes de ir embora para casa. Ao sai do quarto vi a luz do cozinha acessa.

- Kaique, esse horário e você na... - Gabriel estava sentado na mesa com uma lata de cerveja a sua frente e olhando o celular - Gabriel, o que ainda está fazendo aqui em casa?

- Kaique me mandou mensagem falando que vai dormir na casa da Thainá - ele me olhou e desligou o celular - achei melhor ficar. Estava com medo de acordar e não ver ninguém aqui

- Então está aqui na cozinha por quê? Não era para estar no quarto comigo?

- Fiquei com receio de deitar junto de você, então vim para cá para a sala, mas ainda não consegui dormi nem um pouco - me sentei ao seu lado

- Se precisa de um convite para se deitar junto comigo, então, Gabriel Barbosa, vulgo Gabigol, que tal você ir para o meu humilde quarto para se deitar e dormir junto comigo? - falei e ele começou a rir

- É por isso e por outro motivos que eu estou começando a gostar de você, senhorita Victória - os ficamos nos olhando e ele deu um pequeno selar - se você está me convidando, eu aceitou, madame

- Só vou pegar uma água e vamos para lá - ele concordou e me levantei. Por sorte a água estava geladinha e logo matou minha sede - vamos para os meus apostos reais, senhor Barbosa - ele veio na minha direção e segurou minha mão

- O que foi?

- Saudade de segurar sua mão - ele sorriu e beijou a mesma - eu sei que parece meio brega isso, mas é verdade

- Eu não disse nada. Vem, vamos logo dormir que amanhã tenho que ir para o CT de manhã

Andamos até o quarto e, logo, nós deitamos na cama e nos cobrimos com o lençol, pois estava muito frio no quarto. Não demorou muito e me virei de lado, ficando de costa para ele que não esperou e me abraçou por trás.

- Não era para ser o contrário? - falei virando um pouco a cabeça para ele

- Você virou de costa para mim, então te abracei. Agora vamos ficar assim que bateu um sono agora - dei um pequeno sorriso e ele selou os nossos lábios

- Boa noite, príncipe. Dorme bem

- Boa noite, princesa

...

- Victória, está na hora de acordar, são sete da manhã - abri meus olhos devagar me acostumando com a claridade - bom dia - fiquei sentada na cama e me arrumei meu cabelo

Senti sua mão em minha nuca, o que me deu um pequeno arrepio e fiquei olhando para ele que me deu um selar rápido. Me levantei e fui até o banheiro para fazer minha higiene matinal e tomar um banho rápido. Ao sair vi que ele estava na cozinha pegando uma panela para lavar.

- Agora sim, bom dia! - abracei ele por trás - como você dormiu?

- Por incrível que pareça, dormi muito bem essa noite. Fazia tempo que eu não dormia assim - ele fazia as coisas e eu continuava abraçada a ele - e você como dormiu?

- Eu sou uma pedra dormindo, não sinto nada. Só acordo no outro dia - sai do lado dele e fiquei olhando para ele - quer ajuda com alguma coisa?

- Não, pode deixar que eu faço aqui as coisas rapidinho - me sentei na mesa - o café já está aí na garrafa

- Acordou tão cedo assim?

- Acordei umas seis e meia com o barulho do meu despertador - coloquei um pouco de café na minha xícara - como eu vi que não tinha muita coisa para comer, eu comprei uma cesta de café da manhã

- Não acredito que fez isso. Eu ia comprar as coisa em uma padaria aqui perto que é barata - olhei para a cesta que estava em cima do fogão - quanto foi essa cesta para dividir com você

- Victória, não acredito que falou isso. Não é nada, mano. Fica tranquila - ele foi até o fogão, pegou a cesta e se sentou junto comigo - isso aqui é para a gente tomar café, meu agradecimento põe um noite boa de sono

- Se você diz isso - abri a cesta sentindo o olhar de Gabriel sobre mim, o que foi confirmado ao virar para ele

- Eu juro que estou começando a achar que estou apaixonado por você

- E se eu te dizer que eu também estou achando isso - ele se aproximou e me beijou - eu não acreditava que iria me envolver com alguém agora. Iria esperar um pouco mais para isso - falei assim que paramos o beijo e segurei em seu rosto

- Você não me atiça, senhorita Victória - dei um pequena gargalhada e olhei fiquei olhando para ele

- Vamos comer que tenho algumas coisinhas para fazer no CT de fechamento, vulgo planilha - tomei um pouco do café que o Gabriel tinha feito

- Como está sendo ser diretora de um dos maiores clubes do Brasil?

- Está sendo puxado, mas muito satisfatório. Ainda estou esperando eles acharem um diretor de marketing para sair

- Eu acho que no próximo ano, você será a diretora de marketing efetiva. Como sempre dizem, jogador bom se faz dentro de casa

- Ih, viajou. Tadinho, tão novo, mas já entregue ao mundo alternativo - falei assim que comi um pedaço de pão e ele começou a gargalhar

- Você e os meninos do CT iam se dar muito bem. Eles são iguaizinhos a você

- Não sei se eu fico honrada com isso, mas o Werton que me converteu a ser assim, outro, também, que fez isso foi o Joshua

- O Joshua? O menino do sub17?

- Esse mesmo. Recentemente, ele estava lá na frente do CT agoniado com um bando de coisa e ele veio comigo e me perguntou se eu não poderia deixa-lo perto da casa dele

- E você levou ele?

- Sim. Nesse dia, por incrível que pareça, eu ia para o shopping e ele me pediu para ficar lá próximo. Hoje vou falar com ele que o Werton disse que o meu passatempo é ser psicóloga, então vou ouvir o menino

- Não basta ser diretora, tem que vivenciar o cotidiano dos atletas - apenas balancei a cabeça - bora comer que daqui a pouco tem CT

Detalhes | Imagine Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora