Algo como paz

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Kyojuro tinha acabado de terminar a última história de seu livro quando Akaza abriu a porta da frente para anunciar alegremente seu retorno.

Alívio instantâneo inundou o espadachim, tanto pelo retorno de Akaza quanto pela grande melhora em seu comportamento. Infelizmente, esse alívio foi rapidamente sufocado pela culpa quando ele percebeu por que estava feliz; Akaza tinha acabado de matar alguém e a primeira reação de Kyojuro foi de gratidão pelo demônio estar de volta ao que era antes.

“Não fique tão triste, Kyo,” Akaza disse enquanto se ajoelhava na frente do loiro para lhe entregar um saco de aniagem. "Tenho boas noticias!"

Kyo? Akaza sempre se sentiu confortável com o nome de batismo de Flame Hashira, mas isso era ridículo.

“E que novidades são essas?” Kyojuro perguntou, decidindo que o que quer que Akaza pensasse ser uma boa notícia era mais importante do que o novo apelido que o demônio deu a ele.

Akaza sorriu brilhantemente e os olhos de Kyojuro focaram no movimento de seus lábios. “Iremos para a cidade antes que as lojas fechem amanhã à noite. Abra a bolsa. Tem roupas de inverno para você - mas não aquela com o obi em flor de cerejeira. Isto é para mim."

Kyojuro olhou para Akaza por um minuto inteiro antes de conseguir forçar um incrédulo: "O quê?"

“Não posso ir à cidade com minhas roupas normais nesta época do ano, Kyojuro”, explicou Akaza. “As pessoas saberão que algo está acontecendo.”

Kyojuro deixou a sacola de roupas de lado e balançou a cabeça violentamente. "Não. Isso não! Você disse 'nós'?”

O sorriso de Akaza se alargou. "Sim. Eu disse que levaria você para escolher novos livros, não foi?

Ele fez isso ? Kyojuro não conseguia se lembrar muito daquela noite, mas assentiu como se lembrasse. Ele não iria perder essa chance.

Talvez Akaza finalmente cometesse um deslize o suficiente para ele fugir!

Kyojuro mal conseguiu dormir naquele dia devido a toda a excitação que sentia pela noite que se aproximava.



Era estranho ver Akaza vestido como uma pessoa normal, mesmo que Kyojuro o tivesse visto com roupas normais nem uma semana antes. Akaza o pegou olhando e deu-lhe um sorriso insuportável.

A vaga lembrança de quão macios eram os lábios do demônio forçou os olhos de Kyojuro a se desviarem do rosto de Akaza com um rubor envergonhado.

"Vamos sair?" Kyojuro perguntou, olhando para qualquer coisa, menos para o outro homem.

"Sim. Como você quer ser carregado?

Kyojuro virou a cabeça para Akaza. "Com licença?"

Akaza teve a decência de parecer arrependido. “É uma longa caminhada para um humano. As lojas estarão todas fechadas quando chegarmos lá. Você pode voltar andando, se quiser.

“Eu não acho que você aprecia o quão rápido eu posso correr quando me dedico a isso,” Kyojuro argumentou antes que pudesse pensar melhor nessas palavras.

Akaza apenas sorriu. "Talvez. Mas está escuro e você não conhece o terreno. Não vou arriscar que você caia e quebre o crânio.

Kyojuro respirou fundo para protestar antes de se lembrar do nível de teimosia com que estava lidando. Esta era apenas mais uma daquelas situações das quais ele não escaparia com seu orgulho intacto... a menos que...

“Por mais rápido que eu seja, tenho certeza de que você é mais rápido. Se eu cair, você me pegará. E! Se você estiver certo e as lojas fecharem antes de chegarmos, ficarei lhe devendo um favor”, declarou Kyojuro com toda a confiança que seus anos de experiência com prazos apertados lhe concederam.

Crescer Fortes Juntos é Envelhecer Juntos (AkaRen) - | TRADUÇÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora