🥥 · Encontro em Cheongju - Parte 1

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[...]

Han Jisung Point of View_

Quase morto eu fui.

Depois da desgraçada noite que tive com aquele gostoso do caralho, eu preciso xingar por que aquilo ohh aquilo foi muito bom. Muito mesmo. A melhor noite de todas as noites que já tive enquanto estou vivo, desde que nasci eu acho, apesar de eu acordar com o alfa ainda no hotel, com milhares de ligações perdidas da mamãe, do papai, do Jeongin, do Seungmin, de Chan e nem vou continuar citando.

Acontece que acabei dormindo depois de gozar pela sétima vez, sem pôr despertador para acordar nem nada, entretanto, o gostosinho do alfa com quem vivi mil e uma maravilhas naquela cama durante a noite, havia me dado banho. Senti-me honrado ao acordar limpinho, porém, sem calças, grudado no peitoral malhado do alfa, com a camisa dele em mim certamente e de cueca. Já ele nada constrangedoramente diferente de mim, vestia apenas a box preta o deixando sexy pra caramb-

Que isso, eu sou comprometido.

A partir de hoje a noite.

Quando ouvi o celular dele tocar pela manhãzinha, me toquei de onde estava, o que havia feito, onde eu precisava estar e o que eu faria dali umas horas. 

Pulei da cama sentindo o alfa acompanhar meu ritmo, não contando a parte que eu cai no chão e levei-o junto, só que me usando de amortecedor. Doeu pra caramba, só não doía mais do que meu cu arrombado pela noite passada. Precisei de ajuda pra levantar e me vestir, saímos rindo do local.

Infelizmente ele morava do outro lado da cidade, então não poderia me dar uma carona, fora que estava atrasado também.

Suspirei quando entrei no táxi, ouviria muitas e boas de meus pais.

Vinte minutos depois da correria eu paguei o motorista, por sinal uma beta fofa casada, e adentrei o casarão. Silenciosamente tentando passar despercebido, missão que falhei miseravelmente pois ambos os mais velhos estavam com as malas prontas na sala, tomando um chá de camomila - Identifiquei pelo cheiro mesmo. Talvez para controlar a decepção durante o sermão. 

Respirei fundo antes de tentar correr pras escadas mas não deu boa, meu pai usou a voz de alfa só que um pouco suave por sua esposa estar perto, acompanhando no chá e eu tive que ceder.

Adentrei a sala com uma cara tristonha de quem havia aprontado, sabia disso e esperava os sermões, que eu seria que seriam longos.

ーBom dia, Han Jisung. Essas são horas? Sabe o quanto eu e sua mãe nos preocupamos ao saber que você não havia passado a noite em casa? Não deve saber. Ligamos pros seus amigos conhecidos, eles tentaram contato com você, verificamos hospitais e até delegacias, pensamos na possibilidade de você ter sido sequestrado. Han, você é um ômega, puro por sinal. − Meu lobo quis rir da última frase, devia estar falando da minha linhagem, então tive que fingir um choro olhando pro chão enquanto mordia o lábio inferior. O desespero é tudo − Não pensou em como ficaríamos com esse seu sumisso repentino? E se tivesse acontecido algo sério? Quase desmarcamos com os Lee nossa viagem a CheongJu. E então... você aparece como se nada tivesse acontecido. Diga-me onde estava ou com quem! − Irritado ele estava, isso era de longe perceptível, ajoelhado no chão ouvia-o falar repreendedor. Eu sabia que estava encrencado e que minhas saídas livres seriam cortadas. Agora com o casamento. Esta era a primeira vez que eu não avisava que não voltaria pra casa. Quem sabe e talvez se eu tivesse avisado, ambos estariam menos decepcionados comigo agora.

Quase os dei um motivo para experimentar um infarto.

Ousei olhar pra mamãe e ela me olhava com os olhos decepcionados, era chocante já que o vago olhar tomara o doce de todo o sempre.

Mordendo o lábio, volto a encarar minhas mãos que tremiam levemente. A voz do lobo de meu pai estava soando altamente pra mim, mas não era insuportável, pelo contrário, eu sabia que por trás de todas as palavras que haviam acabado de desferir a mim, tinha uma imensa culpa, preocupação e um certo alívio por ver seu filhote a sua frente, aparentemente bem.

ーPapa, e-eu... estava com um amigo. − Falo quase inaudível, mas ele ouviu e suspirou, estava irritado demais para prolongar o questionamento.

Vá imediatamente arrumar suas malas. Viajaremos logo.  Pedi desculpas ao ouvir a voz fria e sai de cabeça baixa até as escadas, pisando com calma degrau por degrau e então me permiti chorar. Não gostava desses momentos, em que feria a confiança imposta a mim para sair. Dessa vez por um deslize de minha parte, quase estrago planos de meus pais. Precisaria ficar mais atento.

                 · 🥥 ·

Não estaria exagerando se dissesse que havia levado mais de duas horas para arrumar minhas malas e aprontar-me para a viagem. Acabei por fazer os mais velhos adiarem mais algumas horas da viagem, que seria de carro mesmo. Levaríamos em torno de uma hora e uns quarenta minutos, dependendo de como iríamos, rápido ou lento.

Quando íamos começar a percorrer o caminho, papai entra em contato com os Lee avisando que demoraríamos um pouco a chegar por causa de uns imprevistos, mas chegaríamos naquele mesmo dia.

O imprevisto era eu, suponho.

Ficou sabendo de um pequeno ocorrido com o filho dos Lee também, mas que já estavam a caminho do lugar a quarenta minutos.

Durante todo o percurso meu pai deixou sua presença dominar o carro, certamente, havia percebido o cheiro de alfa em mim, porém, não quis perguntar, coisa que ocasionou em sua esposa confortável e eu nervoso com o sliêncio.

Without point of view.

Os Lee, apesar de irritados com o filho único deles, haviam se prolongado a chegar em Cheongju antes do almoço. Planos quase acabados pelo Lee mais novo, que havia saído sem avisar que horas voltaria na noite anterior e não voltado a noite, por outro lado, este havia deixado suas malas arrumadas para a viagem e junto ás dos pais, deixando-os menos aflitos por algum atraso.

Claro que, durante o caminho que percorriam a carro, Minho ouviu muito sermão, de sua mãe irritada. Apesar de ser ômega, ela era a que comandava aquela casa. Então a senhora estava irritadiça por ter algo fora dos seus planos. Só não "acabava" com o filho, por que se não, não haveria casamento algum.

De fato, o que mais a irritou foi sentir um aroma ômega no filho, levando a saber que ele passara a noite curtindo.

11:30 

Foi quando os Lee chegaram na propriedade, um local calmo com bastante espaço e com lindas paisagens. Tinham um bom negócio com os Park. 

Fora da casa os empregados que viviam por ali, cuidando já os esperavam postos um ao lado do outro, enquanto eles desciam. Não demoraram a descarregar as coisas e guardar o carro, entrando para esperar os Han. 

ーMinho, arrume seu quarto. Seu futuro esposo logo chegará. − A ômega mandou e ele prontamente assentiu.

Não testaria a ômega fera.

                 Continua... 

O casamento arranjado que deu certo! | Minsung AboOnde histórias criam vida. Descubra agora