[...]Ⅷ
Depois que saiu de casa, Minho passou o caminho todo pensando no ômega.
Sabia que havia sido um idiota sem coração ou consideração quando disse aquelas palavras ao esquilo fofo. Se arrependia, ainda mais por ter experimentado de camarote como era ser tratado friamente e com desinteresse por quem você mais ama. Depois ainda de ter compreendido seus sentimentos em relação a ele. Vagando em pensamentos assim que percebeu que não havia ganho nenhum beijo ou carinho do ômega, se bem que era o esquilo que precisava de atenção agora.
Com toda certeza.
Quando chegou na empresa, foi direto pra sua sala, ainda era cedo então se ele quisesse voltar pra casa e dar atenção ao seu noivo, teria que pelo menos deixar algumas coisas adiantadas no trabalho. O que não demorou a fazer com a determinação pegando fogo para sumir daquele escritório.
Após terminado uma parte urgente e importante, avisou a beta que trabalhava em sua casa, por mensagem, que estava livre até terça da próxima semana e que ele iria cuidar do seu noivo no cio. Ela, no entando, respondeu que esperaria ele chegar para ser mais seguro ao ômega que estava se divertindo em seu ninho. Também avisou Changbin que era diretor de um setor com os Lee, que tinham negócios juntos então vivia ali na empresa, que precisaria sair cedo e ficaria um pouco afastado. O amigo concordou imediatamente, dizendo para ele tirar o final do mês a descanso. Mesmo relutante ele concordou com o Seo, confiando em suas mãos os assuntos urgentes.
Trancou sua sala, deixando a chave com o amigo e encaminhou-se calmamente até o elevador principal, entrou junto de outra moça ômega e ambos desceram até o térreo. Ignorou a presença, completamente inerte. Não demorou ao chegar no carro, partindo logo pra casa. Esperava que quando chegasse Jisung estivesse sóbrio ainda e bem, especialmente. De certa forma, temia que algo ruim acontecesse com ele nesse período.
Contudo, achava incrível em como estavam se dando tão bem em tão pouco tempo, embora já se conhecessem, adorava como se entendiam não somente na cama.
Podia dizer que estava feliz por encontrar alguém que amava estar na companhia, fazia-o obedecer e entender, sem nem se esforçar e o seu lobo já havia escolhido o ômega como seu companheiro definitivo, então isso o relaxava.
Passado meia hora, estacionava no prédio que moravam, se lamentando por ainda ter um prédio inteiro pra subir até sua casa, desvantagens de morar na cobertura. Pacientemente, foi pro elevador e subiu sozinho, agradecia por ter mais de um evlevador naquele local e não precisasse dividir sempre que precisava sair.
Quando chegou no seu andar, se despediu da beta que esperava na porta, aguardando-o como uma segurança e enfim entrou no apartamento. Ouvindo um total silêncio na entrada. Suspirou, sentindo o cheiro do ômega que já tomava o lugar completamente, afrouxou sua gravata e caminhou lentamente - depois de trancar a porta - até o quarto que ficava o ninho de Ji. Parou na porta assim que escutou grunhidos vindo de dentro daquele armário, dentre esses grunhidos vinham rosnados e choramingos, até que Minho se preocupou ao ouvir soluços e um choro baixo. Impulsivamente se aproximou, ficando de joelhos na frente do local e deu batidas leves na madeira, esperando alguma resposta do menor.
ーMi-Min? − Uma voz falha e baixa foi ouvida, deixando-o nervoso.
ーSim Ji, sou eu. Está tudo bem? − Questionou tentando controlar a impulsividade que o fazia querer arrancar aquela portinha, mas não podia destruir o cantinho do ômega.
ーA-alfa. − A voz dele pareceu vacilar, tendo tudo que precisava para o Lee abrir aquela porta calmo e se deparar com o ômega sentado encolhido, agarrado a uma camisa e outra em sua cabeça, fora que ainda vestia um moletom do alfa. − Ta doendo, alfa. − Choroso ele disse, só então o maior notou os respingos de sangue que estava embaixo de si. Desesperou-se, tentando saber de onde era, as mãos trêmulas decidindo se o tocava ou pedia permissão antes.
ーOh meu deus, ômega. Como se machucou? − Se debruçou pra dentro, invadindo o ninho enquanto procurava vestígios de algo cortante.
Ninhos não eram pra ser inofensivos?
ーE-eu tentei... eu tentei fazer aquilo~ − Balbucionou tímido, gesticulando algo estranho com os dedinhos enquanto mordia o lábio inferior. − Só que não deu muito ce-certo.
ーAquilo o quê? − Tentando entender, olhou o sangue que escorria dele, porém, grunhiu ao ver que era de sua entrada, um local sensível e que não deveria machucar assim.
Ah não droga! Deve doer.
ーAquilo! − Mostrou embaixo de uma camisa o vibrador que ele viu mais cedo na caixinha de prazer e algo a mais, porém, comprido o que levou a pensar que era um... pênis? Sentiu vontade de rir, mas dadas as ações e consequências daquele ato do mais novo, resolveu manter o foco. − Eu tentei usar os dois... − Okay ele tentou se aliviar, então como...? − A-Ao mesmo tempo. − Explicado.
“'Tava tão necessitado assim?”
Por um lado, até tinha razão se for de lembrar do tempo que foi ignorado e se manteve afastado do alfa. Antes viviam transando sempre que podiam antes da pequena discussão.
ーDeveria ter pensado duas vezes antes de fazer isso, era certo que iria se machucar. Posso ver? − Repreendeu suave, preocupado enquanto analisava o local machucado, sem tocá-lo. Suspirou ao terminar de falar.
ーMas dói, Min. − Viu a expressão dele e podia jurar que sentia sua dor.
ーVou passar um cremezinho pra sarar, Jiji. Vai ser rapidinho. − Disse tentando convencê-lo.
ーEntão me leva. − Disse com a expressão triste. Minho até pensou se ele não estava se aproveitando, até porque aquela expressãozinha não o convenceu totalmente. Mas sem comentar, ajudou ele a sair e pegou-o no colo. Andando pro quarto deles, enquanto ouvia as lamúrias de dor do menor.
Foi uma ideia realmente brilhante enfiar dois objetos no ... naquele lugar sensível.
· 🥥 ·
Jisung havia se deitado na cama, deixando o quadril quase pra fora do colchão, enquanto o alfa escolhia um creme de menta para seu machucado, no banheiro. Engraçado que, relaxaria a pelezinha do machucado.
Voltando pro menor, ajoelhou-se de frente a ele, no meio de suas pernas tendo a visão do leve machucado na pelezinha sensível. Se aproximou pra aplicar o gelzinho e suspirou, sem querer batendo com a respiração na pele quentinha, se desculpando quando ouviu o grunhido do ômega, devia estar um pouco frio pela reação que teve, de encolher as pernas e fechá-las. Ou estava envergonhado de estar daquele modo ao alfa, mostrando tudo de baixo pra dentro.
“Tão exposto!” O lobo queria fazer uma festa com o ômega.
ーTudo bem?
ーSi-im. Pode continuar. − Corado, evitou olhá-lo. Achando muito constrangedor se machucar num local tão íntimo e receber a ajuda do alfa pra tratar disso.
Nem fora planejado, mas as provocações planejadas seriam.
Continuando, o alfa espalhou o creme geladinho pelo local reparando que não era tão grave. Terminando de pressionar levemente o local que recebia o tratamento, paralisou ao ouvir os gemidos manhosos que se arrastavam pelo local que vinham do ômega.
Um flashback de todas as vezes que transaram no hotel, vendados, passaram rapidamente por sua mente, o fazendo sentir uma vontade imensa de atacá-lo naquele mesmo instante.
Todavia, suspirou fundo espantando isso da cabeça, não estavam numa boa hora para tais divertimentos. O machucado poderia piorar caso tentasse algo mais alargador no local.
Ao terminar se levantou e foi guardar o potinho do creme, se batendo por insistir na ideia de tirar uma lasquinha daquele corpinho indefeso. Voltando pro quarto enquanto tirava a gravata, viu o menor dormindo fofamente, largado do jeito que foi deixado. Sorriu, desceu o olhar e notou que ele estava pelado. Quis gritar por uma criatura gostosa daquela estar dando sopa, mas também estar com o que interessava machucado. Colocou ele pra cima da cama e cobriu-o, indo tomar um banho e depois comer, cansado.
Precisava descansar antes que o cio do mais novo iniciasse.
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O casamento arranjado que deu certo! | Minsung Abo
Fanfiction┊˚ 。˚ 🥥┆ Dois jovens viviam sua vida de maneira libertina e despreocupada, aproveitando ao máximo suas noites em encontros sem compromisso sério para desfrutar do mais puro prazer que os possibilitava ter. Mas não contavam que o último en...