🥥 · Plantinha surpresa!

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[…]

ⅩⅩⅥ

Inerte e desesperado.

Minho não sabia como passar conforto para o esposo durante o caminho até o hospital.

Seus sentidos estavam apurados enquanto dirigia habilidosamente pelas ruas desertas da madrugada, seus feromônios por mais que tentassem tranquilizar o esposo, estavam dispersos pelo veículo sem um rumo certo.

No banco do passageiro, Jisung grunhia pelos pequenos encômodos crescentes no pé de sua barriga. Respirava fundo, ficando um pouco aliviado com o aroma atrapalhado do marido, mas que ainda o ajudava, embora o alfa estivesse a ponto de desmaiar pela pressão que colocava em si mesmo para chegar o mais rápido possível e assim amenizar a dor do ômega.

A mente bagunçada do mais velho, despertava a cada gemido de dor que o companheiro soltava. Para seu alívio, apenas levou meia hora pra estar estacionado na clínica particular, onde ligou rapidamente pra médica do esposo pra avisar da ruptura da bolsa. Por sorte a mala com roupas pros bebês foram organizadas e deixadas no carro dias antes disso, então depois que se trocaram, Minho pegou o celular, ligando pra obstetra no elevador e seguiram pro hospital.

O caminho todo foi torturante, sua respiração voltou ao normal apenas quando colocou seu esposo sentado numa cadeira de rodas e este foi levado pela médica para fazer os exames precisos antes da cirurgia.

Minho se viu sozinho na recepção, ele não poderia acompanhar o esposo na sua condição atordoada atual, por isso ligou pra mãe do ômega. Agradeceu que não havia esquecido o celular.

Ou tudo se complicaria.

Alô? − A ômega parecia sonolenta ao atender.

ーSenhora Han, os filhotes vão nascer. − Foi direto em dizer, sentindo-se zonzo pela adrenalina.

Que filhotes, Minho? Espera, MEUS NETOS? COMO QUE NÃO DISSE SER DOIS A GESTAÇÃO INTEIRA? − Seu berro o fez perder a sonolência e até espantar a tontura do alfa, conseguiu.

ーEra pra ser uma surpresa, sogra. Agora venha rápido pra cá, Ji ta fazendo alguns exames antes da sesariana. – Limitou-se a dizer, a tontura voltando.

Não diga mais nada. Eu estou indo. − A mulher não esperou uma resposta, deitou na cara do genro. Mas Minho não se importou, nem iria falar mais nada mesmo então apenas sentou numa das cadeiras da sala de espera e permaneceu com a cabeça latejante abaixada, perto das pernas. Largou o celular na cadeira ao lado e suspirou.

Seus sistemas estavam o deixando exausto, dolorosamente ativos, ao mesmo tempo que seus instintos primitivos floresciam, o fazendo imediatamente lembrar do seu rut.

ーEssa porra desregulada tinha que dar as caras logo agora. − Na realidade, um dos motivos de Minho aceitar todo o evento dos encontros no hotel, era para tentar descobrir uma maneira de regular seu período de calor. Estranhamente seus cios não vinham de uma maneira certa, de cinco em cinco meses, ou seis como outros alfas. Seu corpo ficava tranquilo por meses, sem indícios do cio, mas quando este resolvia aparecer, durava sete dias.

Sete tortuosos dias.

Nenhum médico nunca soube dizer o porque disso, então ele vivia em conflito com seu lado indefinido e irresoluto.

Mas bem, o último cio foi calmo. O que era estranho pois já se relacionava com Jisung na época. Ele tomava supressores de dia, para a noite satisfazer-se com o ômega.

E não houve problemas.

Aproveitando do silêncio da madrugada no hospital, a primeira palpitação em seu interior veio e consequentemente seu corpo foi ao chão, se encolhendo pela dor. Não percebia que seus feromônios descontrolados já tomava conta daquela sala toda e o pior, o único ser presente era um ômega, o recepcionista, mas este estava alheio atrás do balcão de atendimento, então não notou imediatamente a situação do alfa.

O casamento arranjado que deu certo! | Minsung AboOnde histórias criam vida. Descubra agora