🥥 · Situações.

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ⅩⅩⅠ

Point of the view by Minho_

     ‘Quarto do Jiji’

Era o que tava escrito na porta do quarto dele, ou melhor, seu antigo quarto.

Agora era casado comigo, dividia a cama, o edredom, o banho, minha atenção, minhas roupas e o mais importante, meu cheiro. Ele adorava cheirar como eu, acho que isso era bom.

Pois eu também amava o aroma dele.

Doce e suave.

E maravilhoso.

Eu observei seu quarto todo, era infestado com seu cheiro, pra todo e qualquer canto. Estava tudo organizado, nem parecia mexido, acho que não mudaram nada desde que Han se mudou quando casamos, pois gostavam das lembranças.

Minha mãe deve ter deixado o meu intocado também, ou não.

Numa parte do quarto estava cheio de ursos de pelúcia, todos arrumadinhos na estante branca, de diversas cores e tamanhos. O cômodo era cheio de detalhes, cores pastéis, entre rosa, verde, amarelo e azul, os móveis brancos. Tudo delicado, bonito e confortável, lembrava o Ji. Nas paredes não tinham mais nada que lembrasse sua juventude, o meu tinha pôsteres antes de eu tirar, no dele tinha decorações que combinavam com o quarto, tinha um ar suave mas era sério.

Nada que não lembrasse tranquilidade estava ali. Eu diria que para dormir no quarto era uma maravilha, pois energias negativas passam longe dali.

Algo certamente puro predominava no ambiente.

Entretanto, apenas a mesa de estudos era marrom, da madeira, onde tinham desenhos de, ironicamente, nozes e esquilos.

Pacífico.

Permaneci em silêncio observando tudo com cuidado, até a senhora Han sentar na cadeira de estudo e indicar a cama pra mim, ela era grande e era perfeita para aproveitar do cheiro do Ji, me sentei e esperei a sogra começar a falar.

Ela olhou dos ursos de pelúcia, no outro lado do quarto, perto de uma porta - diferente da que entramos - para mim, sobre um sorriso genuíno.

ーO quarto trás paz né? − Assenti, sorrindo doce. − Ao contrário do dono, que é emocionado e espuleta, porém, também, tímido e cheio de amor. − Enquanto dizia, seu sorriso aumentava, recordando de algum momento bom em sua mente.

Queria poder ler mentes pra saber o que se passava na cabeça dela, pois a vendo, parecia que eu estava perdendo um bom entretenimento clichê com Jisung.

ーEle consegue ser vários num só né. − Comento mais pra mim, do que pra ela, pensando nos nossos vários momentos juntos, onde conheci um pouco de cada de tudo dele. − Cada pedacinho é maravilhoso.

ーEsse é o nosso Jiji. O esquilinho. − Estávamos presos, mas separados, em nossa bolha de lembranças, e ao perceber isso a ômega levantou, caminhando até uma porta - das três no lugar - abrindo, entrando e voltando com algo nas mãos. − Esse era o gorro favorito do Jisung. − Me entregou, tratando-o com carinho, eu peguei segurando delicadamente. − Ele é especial, pois é a imitação de um gato, o que difere dele, porque lembra um esquilo. Jisung comprou e nunca usou, foi numa viagem que fizemos pro Japão, não sei o porque e nem o que ele viu nessa touca, mas desde que comprou, nunca realmente usou, acho que gostou apenas. Não sei explicar, apesar de ser algo que ele adorava, não compreendo o motivo de enchê-lo de feromônios e nunca usá-lo na cabeça. − Ela dizia tentando entender a história do gorro, mas nada vinha a mente.

O casamento arranjado que deu certo! | Minsung AboOnde histórias criam vida. Descubra agora