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QUANDO MAITÊ ME LANÇOU AQUELA pergunta inesperada sobre dormir em seu apartamento, confesso que fiquei completamente surpreso

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QUANDO MAITÊ ME LANÇOU AQUELA pergunta inesperada sobre dormir em seu apartamento, confesso que fiquei completamente surpreso. Afinal, só alguns minutos atrás, estávamos praticamente à beira de uma guerra declarada.

Não pude evitar pensar se ela estava tramando alguma armadilha para me pegar desprevenido. Eu já conhecia bem o lado estratégico dela. Mas, como sempre, Maitê era uma caixinha de surpresas. Com um ar de confiança, ela simplesmente me convidou para dormir em seu apartamento, como se nada tivesse acontecido entre nós minutos antes. É claro que aquilo me deixou ainda mais intrigado.

Tentando manter o tom leve e descontraído, eu respondi com uma mistura de surpresa e curiosidade, meio sem acreditar no que estava acontecendo.

Afinal, quem imaginaria que uma discussão poderia terminar assim, com um convite para dormir na casa da outra pessoa?

Mas, por mais estranho que parecesse, eu não podia negar que aquilo era típico de Maitê. Ela sempre surpreendia, sempre encontrava uma maneira de contornar as situações mais complicadas com uma calma impressionante. Era uma das coisas que eu mais admirava nela, mesmo que às vezes me deixasse completamente desconcertado.

Então, enquanto nos aproximávamos da porta do apartamento, eu não pude deixar de me perguntar o que mais Maitê tinha na manga. Era como se estivéssemos prestes a entrar em um jogo de xadrez, e eu estava curioso para ver qual seria o próximo lance dela.

Enquanto nos aproximávamos da porta do apartamento, uma pergunta surgiu em minha mente: como Maitê abriria a porta sem sua chave?

Parecia uma situação digna de um filme de comédia.

— Como você vai abrir a porta? — perguntei, tentando manter o tom leve e descontraído, embora estivesse genuinamente curioso.

Afinal, ela havia deixado sua chave na bolsa durante a festa na casa do Veiga.

Maitê não se abalou com minha pergunta. Com um ar de confiança, ela se aproximou da porta e, com um movimento rápido, levantou o tapete do lado, revelando uma chave de reserva estrategicamente escondida ali. Soltei uma risada discreta diante da simplicidade da solução.

— Que clichê! — comentei, enquanto ela destrancava a porta com a chave encontrada.

Sua resposta foi rápida e direta, como sempre.

— Se funciona, não há motivo para mudar, certo? — ela disse, abrindo a porta e me dando passagem para entrar primeiro.

Admirei sua habilidade em resolver problemas de maneira tão prática e eficiente, era mais uma prova de sua inteligência e determinação, características que eu admirava profundamente. À medida que Maitê me dava passagem para entrar, deslizei pela porta e me vi imerso em seu apartamento.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a decoração, que refletia claramente sua personalidade, as cores suaves das paredes contrastavam com os móveis modernos e elegantes, criando um ambiente acolhedor e sofisticado ao mesmo tempo. Um tapete macio e fofo cobria o chão da sala de estar, enquanto almofadas coloridas adicionavam um toque de alegria aos sofás.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora