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ENQUANTO EU SUBIA PARA MEU apartamento, cada passo ecoando no corredor silencioso, senti uma mistura de alívio e frustração

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ENQUANTO EU SUBIA PARA MEU apartamento, cada passo ecoando no corredor silencioso, senti uma mistura de alívio e frustração. Tinha sido uma noite incrível, daquelas que te deixam com a pele formigando e o corpo implorando por mais. Mas também havia aquela maldita complicação que sempre vinha com o Richard.

Eu sabia que ele estava lá embaixo, provavelmente se perguntando o que diabos estava acontecendo. E a verdade era que nem eu mesma sabia direito. Havia algo nele que me atraía como um ímã, mesmo quando minha mente gritava para eu me afastar. Era como se ele tivesse uma chave para todas as minhas vontades mais secretas, e isso me deixava louca.

Assim que cheguei no apartamento, fechei a porta atrás de mim e me recostei contra ela por um momento, tentando acalmar a enxurrada de pensamentos. Richard ainda estava na minha mente, e cada detalhe da noite anterior me fazia sentir um misto de raiva e excitação.

Eu precisava me livrar dessa energia, então fui direto para o quarto, tirando o vestido pelo caminho. Vesti uma regata velha e um short curto, ideais para uma limpeza pesada. Quando passei pelo espelho no corredor, algo chamou minha atenção. Marcas. Marcas dos dedos de Richard no meu pescoço e, ao me virar, na minha bunda também.

- Droga, Richard... - murmurei, mais para mim mesma do que para qualquer outra pessoa. Fiquei puta por não ter lembrado da camisinha na noite passada. Estava tão desesperada para transar com ele que esqueci completamente. O reflexo no espelho me encarava de volta, e eu senti uma onda de frustração.

Voltei para a sala, meus pensamentos ainda girando em torno dele. A química entre nós era inegável, explosiva até. E mesmo sabendo que era uma receita para o desastre, não conseguia evitar me perder nele toda vez. Estávamos presos num ciclo de atração e afastamento, uma dança perigosa que parecia não ter fim.

Eu peguei o telefone, meus dedos pairando sobre a tela. Parte de mim queria mandar uma mensagem, qualquer coisa para manter a conexão. Mas sabia que, se fizesse isso, estaríamos de volta ao ponto de partida, presos no mesmo jogo de sempre.

Então, coloquei o telefone de lado e fui para a cozinha, tentando me concentrar em qualquer outra coisa. Mas por mais que tentasse, sabia que era só questão de tempo até que o Richard e eu nos encontrássemos de novo, prontos para mais uma rodada do nosso vício mútuo.

Eu havia dito para ele que era apenas uma maldita foda, mas acho que disse isso mais para mim mesma do que para ele. Queria acreditar nisso, queria convencer meu coração teimoso de que tudo não passava de um encontro casual. Peguei meu celular, conectei na caixa de som e deixei a música preencher o espaço vazio do apartamento. "Love" da Keyshia Cole começou a tocar, e eu não resisti. Comecei a cantar em plenos pulmões, deixando a melodia e as palavras carregadas de emoção tomarem conta de mim.

Enquanto cantava, comecei a arrumar a casa, tentando dissipar a confusão que Richard sempre deixava para trás. Varrer, passar pano, limpar alguns móveis, cada tarefa era uma tentativa de trazer alguma ordem ao caos que ele provocava na minha vida. A cada lugar que eu limpava, lembranças da noite anterior surgiam na minha mente, como flashes de um filme intenso e apaixonado. Fodemos como dois loucos, e meu corpo ainda sentia as consequências disso. Minha buceta estava assada, e eu sabia que precisaria de uma bolsa de gelo.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora