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O DESPERTAR FOI ABRUPTO, como se um tornado tivesse invadido meu quarto e arrancado as cobertas de cima de mim

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O DESPERTAR FOI ABRUPTO, como se um tornado tivesse invadido meu quarto e arrancado as cobertas de cima de mim. O zumbido ensurdecedor em minha cabeça competia com o som estridente da colher batendo na panela, como se estivessem em uma batalha pelo título de "ruído mais irritante do mundo".

— Hora de acordar, velhotes! — a voz de Endrick cortou o ar, enquanto ele brandia a panela e a colher de pau como se estivesse liderando uma orquestra do caos.

Abri os olhos com dificuldade, tentando entender o que estava acontecendo. E então, a visão surreal diante de mim se revelou: Endrick, o maestro do barulho, em pé ao lado da cama, parecendo se divertir como uma criança em uma festa de aniversário.

E então, a verdadeira surpresa: Veiga, Menino e Piquerez, esparramados na minha cama como se fosse a coisa mais natural do mundo. Uma mistura de incredulidade e indignação tomou conta de mim.

O que diabos eles estavam fazendo na minha casa, no meu quarto, na minha cama?

A dor de cabeça causada pela ressaca começou a se manifestar lentamente, como se o universo estivesse decidido a me punir por cada gole de álcool que ingeri na noite anterior. Os gemidos de dor dos meus amigos ao meu redor indicavam que eles também não estavam em sua melhor forma.

Endrick continuava a fazer seu espetáculo particular, parecendo não se importar com a nossa desgraça matinal. Os outros começaram a despertar lentamente, expressões de desconforto e arrependimento estampadas em seus rostos. A ressaca havia chegado para todos nós, e não era nada bonita de se ver.

Com um suspiro resignado, levantei-me da cama, sentindo o chão girar sob meus pés. Era hora de enfrentar mais um dia de ressaca e arrependimento, com a promessa solene de nunca mais permitir que Endrick e sua panela invadissem minha privacidade dessa forma novamente.

O barulho estridente da panela de Endrick cortava o silêncio da manhã como uma serra elétrica, e eu só conseguia pensar em uma coisa:

Como aquele cara conseguia ser tão irritante logo cedo?

— Para com essa porra, Endrick! — grunhi, colocando a mão na testa para tentar conter a dor de cabeça que martelava dentro dela. Parecia que até meus ossos estavam protestando contra aquele alvoroço matinal.

— Endrick, pelo amor de Deus, para com esse barulho! Estamos todos de ressaca aqui! —  Piquerez protestou, esfregando as têmporas com os dedos.

— É verdade, cara! Tenha piedade de nós... - Menino acrescentou, com uma expressão de sofrimento estampada no rosto.

Endrick apenas riu, como se estivesse se divertindo com nosso infortúnio.

— Pelo amor de Deus, Endrick, para com esse barulho! - exclamou Menino, esfregando os olhos com um misto de irritação e sono.

— É, cara, estamos todos de ressaca aqui, não precisa piorar as coisas! - concordou Veiga, soltando um longo bocejo.

Endrick, sempre o provocador, não perdeu a chance de responder às nossas queixas com seu típico humor.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora