Richard Ríos, astro do futebol do Palmeiras, tem uma noite de paixão com uma mulher misteriosa, sem saber que ela é a nova fisioterapeuta do time. Sem saberem suas identidades naquela noite, o destino os une novamente quando descobrem que terão que...
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A semana passou em um turbilhão de emoções e afazeres. Evitei Richard com todas as minhas forças. Eu precisava de espaço, precisava pensar. Cada vez que o celular vibrava com uma ligação ou mensagem dele, meu coração acelerava, mas eu simplesmente não conseguia responder. Era um misto de raiva, confusão e... algo mais que eu não queria admitir.
Mergulhei no trabalho, atendendo aos jogadores, ajustando planilhas de exercícios e revisando os planos de tratamento. Abel estava insuportável com os treinos puxados, e isso pelo menos servia de desculpa para evitar qualquer interação prolongada com Richard.
No entanto, cada dia sem falar com ele parecia mais difícil. A preocupação e a ansiedade me corroíam. Será que ele estava bem? Será que ainda estava bravo? Essas perguntas martelavam na minha cabeça, mas eu me forçava a ignorá-las. Precisava de um tempo para me entender antes de confrontar essa situação.
Então, a segunda-feira chegou. Sabia que era o dia da viagem para o Equador. Acordei cedo, antes do sol nascer, e comecei a arrumar minhas coisas. As lembranças de todas as nossas conversas e momentos juntos não saíam da minha mente.
"Será que ele ainda está bravo?", pensei enquanto dobrava algumas roupas e as colocava na mala. "Será que ele percebe o quanto tudo isso está me afetando?"
Tentei afastar esses pensamentos e me concentrei no trabalho. Era importante manter a profissionalidade, especialmente com uma viagem internacional pela frente. Cheguei ao CT mais cedo do que o habitual, esperando evitar Richard até o último minuto, mas sabendo que em breve não teria escapatória.
A viagem estava à nossa frente, e com ela, a necessidade inevitável de finalmente encarar Richard e resolver o que quer que estivesse pendente entre nós.
Cheguei ao CT às sete, desci do carro e respirei fundo. Eu estava vestindo um conjunto de moletom preto, um boné escondia parte do meu rosto, e meus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo. Abri o porta-malas e peguei a mala, torcendo para que Richard ainda não tivesse chegado.
Na entrada do CT, já havia alguns ônibus estacionados, prontos para nos levar até o aeroporto. Avistei os meninos, Veiga, Piquerez, Endrick, Menino... e Richard. Meu coração deu um salto quando nossos olhares se encontraram. Ele começou a andar em minha direção com aquele olhar determinado que conhecia tão bem.
Mas, para minha sorte ou azar, minha tia Leila apareceu na minha frente, me cumprimentando como sua funcionária.
- Bom dia, Maitê. Tudo pronto para a viagem? - disse ela, com um sorriso caloroso.
- Bom dia, tia... digo, dona Leila... - respondi, forçando um sorriso. - Tudo pronto, só preciso colocar minha mala no ônibus.
- Ótimo. Precisamos de você em perfeita forma para garantir que nossos jogadores estejam no seu melhor. - ela disse, dando uma olhada rápida em Richard, que parou a alguns passos de distância, claramente frustrado.
