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A pessoa que bateu na porta continuou, e então ouvi a voz da minha tia Leila

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A pessoa que bateu na porta continuou, e então ouvi a voz da minha tia Leila. Merda. Ajustei o roupão e joguei os cabelos para a frente, tentando parecer o mais normal possível, e em seguida abri a porta.

— Oi, tia — falei, tentando soar casual.

Ela me olhou com uma sobrancelha arqueada, claramente desconfiada.

— Você está bem, Maitê? Eu ouvi alguns barulhos e achei melhor verificar.

Sorri nervosamente, tentando não parecer culpada.

— Sim, estou bem. Só estava... arrumando algumas coisas.

Leila entrou no quarto, seus olhos vasculhando o ambiente rapidamente.

— Arrumando, é? — Ela olhou diretamente para a cama desarrumada. — Parece que você teve uma noite agitada.

Senti meu rosto esquentar e tentei manter a compostura.

— Ah, é só que eu estava tentando relaxar um pouco. O voo foi cansativo, sabe?

Ela me observou por um momento, como se estivesse decidindo se acreditava em mim ou não. Finalmente, suspirou.

— Bem, só queria ter certeza de que você estava bem. Sabe como eu me preocupo.

— Eu sei, tia. Agradeço por isso. — Tentei sorrir de forma convincente.

Ela deu um último olhar ao redor do quarto antes de se dirigir à porta.

— Certo, então vou deixar você descansar. Precisamos estar em boa forma para a reunião amanhã.

Assenti, aliviada.

— Claro. Boa noite, tia.

Ela me deu um leve sorriso antes de sair, fechando a porta atrás dela. Soltei um suspiro profundo, encostando-me na porta por um momento para me recompor. Meu coração ainda estava acelerado, e minha mente girava com o turbilhão de emoções e pensamentos.

Caminhei até a varanda e olhei para o outro lado, onde Richard provavelmente estava rindo da situação. O sentimento de estar cada vez mais envolvida com ele era assustador e excitante ao mesmo tempo. Sabia que estávamos brincando com fogo, mas a atração entre nós era irresistível.

Ajeitei o roupão mais uma vez e voltei para a cama, tentando acalmar meus pensamentos. Amanhã seria outro dia, e eu teria que enfrentar tudo com a cabeça erguida. Mas, por enquanto, tudo o que eu queria era fechar os olhos e deixar as lembranças dessa noite me envolverem.

Fui tomar um banho para relaxar. Já era tarde, mas eu estava nervosa com toda a situação. Minha tia, Leila, não poderia saber que eu estava envolvida com Richard, e ele também não podia descobrir que eu tinha algum tipo de vínculo com a presidente do Palmeiras.

A água quente era um alívio bem-vindo, escorrendo sobre meu corpo e levando embora parte da tensão acumulada. Fiquei ali por um tempo, fechando os olhos e deixando que o calor aliviasse meus músculos. Cada gota parecia lavar um pouco da preocupação, ainda que temporariamente.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora