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Estava caminhando pelo corredor do hotel, e não havia quase ninguém, já que a maior parte do hotel estava ocupada pela equipe do Palmeiras e todos já estavam descansando para o jogo de amanhã. Passei por uma porta que dizia "sauna" e decidi entrar antes de ir para o meu quarto. Seria bom relaxar os músculos, e assim que entrei, senti uma mão possessiva na minha cintura me virando para ele e outra no meu pescoço. Richard, com todas as suas tatuagens, pele, cabelos úmidos, trancou a porta antes que eu pudesse dizer qualquer coisa e me beijou ferozmente.

O beijo de Richard era intenso e cheio de desejo, seus lábios pressionando os meus com uma urgência que me fez esquecer onde estávamos. Sua mão deslizou pelo meu corpo, cada toque provocando uma onda de calor que se espalhava pela minha pele.

Eu tentei protestar, mas minha voz se perdeu no som da respiração pesada dele. Ele me pressionou contra a parede da sauna, o calor do ambiente aumentando ainda mais a intensidade do momento. Eu senti sua respiração quente contra meu pescoço enquanto ele sussurrava:

— Eu precisava te ver. Não consegui esperar até amanhã.

Minha mente estava em um turbilhão, uma mistura de surpresa, desejo e uma pitada de medo. Eu sabia que Richard era intenso, mas nada me preparou para a força desse encontro. Mesmo assim, havia algo irresistível nele, algo que me puxava para ele, apesar de todas as minhas reservas.

Suas mãos exploravam meu corpo com uma familiaridade que me fez arrepiar. Eu sabia que ceder a esse momento poderia ter consequências, mas ali, naquele instante, tudo o que eu queria era ele.

Com uma última tentativa de racionalidade, olhei nos olhos dele, tentando encontrar alguma resposta, algum sinal do que estava por vir. Mas tudo o que vi foi o mesmo desejo ardente que eu sentia.

E então, eu me entreguei.

O calor da sauna era quase insuportável, mas o que realmente fazia minha pele arder era a proximidade de Richard. O toque dele, as mãos firmes e decididas, o hálito quente que sussurrava segredos proibidos ao meu ouvido. Seus olhos, profundos e cheios de um desejo conflituoso, me encaravam como se fossem me devorar.

— Você sabe que isso é loucura — murmurei, tentando manter um mínimo de sanidade.

Ele sorriu, aquele sorriso arrogante que sempre me irritou, mas que agora fazia meu coração acelerar.

— Loucura? Talvez. Mas você gosta, não gosta? — Sua voz era um desafio, e eu não podia negar a verdade. Nós nos provocavamos, mas havia algo inegavelmente magnético entre nós.

Richard me puxou para mais perto, nossas respirações se misturando. Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, explorando cada centímetro com uma posse que me deixava sem fôlego. Senti um arrepio quando ele pressionou os lábios contra meu pescoço, mordiscando suavemente antes de sussurrar:

— Ninguém pode nos ver aqui. E mesmo se pudessem, não conseguiria parar.

Nossos lábios se encontraram, e dessa vez o beijo foi ainda mais feroz, cheio de desejo reprimido e raiva mal contida. Eu sabia que aquilo era errado, que havia tanto em jogo, mas não consegui resistir. Minhas mãos estavam nos cabelos dele, puxando, enquanto nossas línguas se provocavam em um ritmo frenético.

Eu empurrei Richard contra a parede da sauna, invertendo os papéis. Ele arqueou uma sobrancelha, surpreso, mas claramente gostando da minha ousadia. Nossos olhares se encontraram, um desafio silencioso. Suas mãos agora estavam na minha cintura, puxando meu corpo contra o dele, e eu podia sentir cada linha de seus músculos tensos contra mim.

— Você adora essa provocação, não é? — ele sussurrou, com os olhos faiscando.

Eu respondi com um beijo, mordendo seu lábio inferior, arrancando um gemido de surpresa e prazer. Minhas mãos desceram pelo seu peito, sentindo a pele quente e úmida, os músculos firmes debaixo das tatuagens.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora