Capítulo 21

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"- Você gosta que eu te chupe assim, Chloe?
A língua do Nicolas circundava meu clitóris super sensível, em lambidas profundas, fazendo-me contorcer os dedos dos pés. Não sei se aguentaria outro orgasmo.
- Você é uma delícia, menina.
Agarrei seus cabelos, abrindo totalmente as pernas, empurrando sua cabeça para o meio do meu sexo. Gemi.
Com os dedos, ele abriu minhas dobras encharcadas e chupou com força aquele pontinho que conhecia tão bem.
Espasmos de prazer dominaram meu corpo um segundo depois que seus dentes mordeu de leve meu clitóris, fazendo-me gritar de prazer.
Seus olhos não deixavam os meus, isso era tão..."

Acordei num sobressalto, respirando com dificuldade.
O que tinha sido aquilo?
Podia sentir um pulsar lento no meio de minhas pernas. Tinha certeza que estava molhada, excitada!
Passei as mãos pelo rosto na tentativa de controlar a respiração e as batidas do coração.
Um sonho erótico. Com o Nicolas. Me chupando! Puta merda!
Isso era muito pior que qualquer outro tipo de tortura.

Olhei ao redor do quarto, tentando fixar em algo que tirasse meus pensamentos dele.
Sem sucesso.
Ele estava ali: quando transamos contra parede, na cama, em mim.
Estava por toda parte.
Soltei um suspiro frustrado.

Empurrei as cobertas com os pés, saindo da cama. Caminhei até o banheiro, notando meu rosto no espelho, percebi o rubor espalhar-se em minhas bochechas.
Nunca havia tido um sonho erótico. Nem sei como consegui chegar a esse ponto no meio de tantos problemas, nunca achei que em minha cabeça havia espaço para sonhar com isso.
Com ele.

- Droga!
Puxei as alças de minha camisola e a deixei cair no chão, dando um passo para fora do tecido que se amontoava em meus pés. Entrei no chuveiro.

Quinze minutos depois, acho eu, sai do banho, enrolando-me na toalha.
Voltei para o quarto e enquanto colocava a calcinha, ouvi o celular tocar na sala. Corri para atender.

- Chloe, onde você está? Acabei de falar com a Léa e ela disse que você ainda não havia chegado.
Era meu pai. Fiquei gelada.
Olhei o relógio e levei um susto. Dez da manhã. Porra havia dormido demais.
- Desculpa, pai. Perdi o horário. Já chegou?
- Não, meu vôo sai daqui a pouquinho. Está tudo bem, Chloe?

Merda, eu estava mesmo encrencada. Duas vezes fui chamada de "Chloe" e não de "minha menina" ou "filha", como ele costumava fazer.
Engoli em seco, respondendo:
- Sim.
- Ok, vou ligar e avisar que você chegará mais tarde.
- Certo.
Tá sentindo esse clima frio e estranho? Pois é. Eu também.
- Chloe? - ele chamou com a voz mais cautelosa.
- Hum?
- Eu amo você. Independente de qualquer coisa.
Soltei a respiração. Uau, que mudança de humor.
- Eu também, pai.
Desligamos no mesmo momento, e eu voltei correndo para o quarto para me vestir.

Coloquei uma saia lápis branca e uma blusa de cetim vermelha. Queria parecer uma mulher responsável, profissional diante do homem que eu decepcionaria a alguns instantes.
Peguei tudo o que precisava, colocando dentro da bolsa e rumei para cozinha.

Na porta da geladeira, havia um bilhete da Hanna.

" tem aquele pãozinho de canela que você adora e suco na geladeira. Não esqueça, você está no comando de tudo. Estarei aqui sempre.
Amo você "

Abri um sorriso, embora conseguisse notar um sentido diferente naquele bilhete.
Afastei os pensamentos e abri a geladeira pegando a jarra de suco. Dentro do microondas tinha um pratinho com cinco pãezinhos de canela. Amava pãozinho de canela.
Coloquei tudo em cima do balcão e sentei em um dos banquinhos da cozinha.

Enquanto comia, mais uma vez repassei o sonho que havia tido com o Nicolas.
Só foi necessário uma noite, uma briga, um reencontro imprevisto, para que eu ficasse obcecada por ele?
Que absurdo!

Eu sou o arrepioOnde histórias criam vida. Descubra agora