Capítulo 27

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Consegue me ver ali, com o cabelo todo bagunçado na frente do rosto, os pés descalços, as pernas coladas junto ao corpo do Nicolas, meu rosto grudado em suas costas?
Estamos de moto, ambos sem capacete, em meio a uma avenida completamente movimentada.
Ele corta entre carros e ônibus, fazendo meu coração vir na boca. Perdi as contas de quantas vezes fechei os olhos com força e rezei em silêncio, pra chegarmos logo em sua casa.

- Se você puxar um pouco mais minha camisa, vai acabar rasgando-a.
Nicolas falou por cima do ombro, enquanto esperavamos o sinal abrir.

Apoiei meu queixo em seu ombro, mordendo de leve seu pescoço, antes de dizer:
- Eu juro por Deus, que quando eu descer dessa moto, vou te matar!

Ele riu e apertou o acelerador, fazendo o motor roncar e a Ducati pular para frente, mantendo a velocidade constante.
Fechei os olhos outra vez e permaneci assim até pararmos em frente à sua casa.

Soltei a respiração e desci da moto, arrumando o cabelo com os dedos.
Meus pés estavam gelados por causa do vento frio. Caminhei até a porta, rencostando-me no batente, esperando o Nicolas se aproximar.
Ele tirou a chave do contato da moto, e pegou a chave de casa no bolso de sua calça.
Destrancou a porta e agarrou minha cintura, levando-me para dentro, enquanto me beijava com urgência.

Minhas mãos apertaram sua camisa, enquanto ficava na ponta dos pés para ter o acesso perfeito para sua boca.
Enquanto sua língua busca espaço em minha boca, nós caminhamos para o interior de sua casa, tropeçando no sofá, na mesa de centro, no corredor da cozinha.
- Por que estamos indo pra cozinha? - perguntei em meio ao nosso beijo desesperado.
- Porque eu quero comer. - respondeu chupando meu lábio inferior, fazendo tudo abaixo da minha cintura virar gelatina.

- Comer? Agora?
- Comer você, Chloe!
Afastei minha boca da sua, mas minha virilha roçou em sua pélvis sem que eu percebesse. Notei sua ereção quente e dura contra minha barriga.
- Na cozinha? - perguntei segurando o riso.
- Em todos os lugares dessa casa.

Suas mãos apertam meu quadril contra seu corpo, e eu deixo escapar um gemido ao sentir o atrito de seu jeans contra o meu moletom.
Meus dedos enrolam-se em seus cabelos, e eu puxo-o com força, fazendo-o arfar contra minha boca.
Uma de suas pernas enfia-se no meio das minhas, e seu joelho faz um movimento delicioso em meu sexo.
Só nesse momento, percebo que estou de costas para a geladeira, os olhos do Nicolas fixos nos meus.
Meus dedos deslizam de sua cabeça, para os botões de sua camisa, e completamente sem paciência para desabotoá-los, puxo o tecido com força e os pequenos pontinhos tamborilam no chão.

- Por que demorou pra me responder? - perguntei enquanto minhas unhas arranhavam de leve seu peitoral e seu abdômen.
- Você me desconcentra, Chloe. Quer que eu seja demitido?
- Achei que não queria mesmo me ver.
Suas covinhas apareceram em cada lado do seu sorriso. Se eu já me sentia molhada, depois daquilo, poderia jurar que estava derretendo.
As mãos do Nicolas agarraram a barra da minha regata, puxando-a pela cabeça. No mesmo instante, abriu meu sutiã com destreza, liberando meus seios. Seus olhos brilharam com malícia.
- Eu sempre quero te ver. Especialmente se estiver quase nua.

Seus dentes capturaram um dos meus mamilos, enquanto seus dedos apertava e acariciava o outro, numa tortura lenta e deliciosa.
Minha cabeça pendeu para trás, quando senti o toque de sua língua aveludada sobre minha pele sensível.
Meus quadris ganharam vida própria, apertando-se contra seu joelho, enquanto só ouço o som de nossas respiração ofegantes.

Sua boca pousa no meu outro seio, dando a mesma atenção com a lingua e os dentes, do seio anterior.
Não consigo controlar o gemido que sai do fundo de minha garganta.
Eu o quero.

- Quero você dentro de mim, Nic. - falo apertando os dentes em meu lábio.
Sua boca abandona meu peito, e dando um selinho em meus lábios, suas mãos deslizam até minha calça de moletom. Ele enfia uma delas dentro da calça, e arregala os olhos de surpresa.

Eu sou o arrepioOnde histórias criam vida. Descubra agora