Capítulo 37

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Oi meus amores, disponibilizei a música "Demons" do Imagine Dragons aí acima e meu único pedido é que leiam o capítulo ouvindo ela.
Espero que gostem, pois foi o capítulo mais difícil de escrever. Não deixem de comentar. Um beijo.

Acordo ao que parece ser 20 ou 30
minutos depois de ter apagado e tento juntar as peças de tudo o que aconteceu.

Estou agora sentada em uma cadeira, com dois paramédicos finalizando o que parece ser um curativo atrás da minha cabeça. O chão à minha frente tem uma enorme mancha de sangue, ninguém que eu conheça está na sala e o pânico se instala em meu estômago.

- Alguém m-morreu? - direciono a pergunta ao médico que está medindo a minha pressão.
Seu olhar para em meu rosto e um sorriso tranquilizante escapa de seus lábios.
- Não srta. Sandler, todos estão bem. Apenas uma vítima do disparo e o mesmo já foi encaminhado para o Hospital. Ele ficará bem.

Pisco meus olhos algumas vezes e consigo me lembrar de algumas coisas antes de desmaiar.
O Hélio segurando meus punhos, o Gabe com uma arma, a Léa no banheiro, meu pai em pânico parado à porta e o Augustus...

- Eu fui empurrada? - olho para meus punhos com marcas de dedos roxas e levanto uma de minhas mãos para tocar o possível corte. Mas tudo o que encontro é um pequeno curativo.
- Sim e com muita força - diz o médico de cabelo grisalho - Não machucou muito, mas a pancada fez com que você dormisse por alguns segundos.

Olho para o senhor em minha frente e reviro os olhos. Como se fosse normal levar uma pancada na cabeça todos os dias e logo depois "dormir".
- Tem uma... - tento me levantar da cadeira mas o mesmo médico que falou a pouco instante comigo, me impede - Tem uma garota no banheiro!

- Está tudo bem, senhorita. Ela está sendo examinada bem aqui do lado - ele aponta para parede e eu estremeço.
- Quero ver o meu pai - digo e sei que devo está parecendo uma garotinha de 4 anos, mas não me importo. Só preciso ver o meu pai.
- Ele já está vindo. A polícia está aí fora recolhendo alguns depoimentos.
- Tem polícia aqui?
- Tem sim, senhorita - o médico mais novo sorri para mim e guarda seus instrumentos. Por algum motivo, sua concentração me faz lembrar do Nicolas.
- Prontinho. Tudo está sob controle agora - ele diz e se afasta.
- Você pode sentir um pouco de dor de cabeça, mas irei receitar alguns analgésicos para isso, ok? - o médico de cabelo grisalho olha em minha direção como se esperasse a minha aprovação.
- Tudo bem - digo.

Olho para o outro lado da sala no exato momento em que o Henry entra e sorri vindo em minha direção.
- Minha menina... - ele diz e se ajoelha em minha frente - Você está bem? Sente alguma dor?

- Estou bem, pai. Onde está a Léa?
- Na sala ao lado. Um policial está fazendo algumas perguntinhas a ela.
- E o Hélio?
- Foi para o Hospital. O Gabe nos deu um susto do caramba disparando aquela arma. Por sorte, só atingiu o ombro do Hélio. Conseguimos amenizar o escândalo que tudo isso se tornaria.
- Sinto muito por tudo isso, pai...
- Por que está se desculpando? Sei que não planejou que fosse assim mas, você conseguiu Chloe. Já pode começar a pensar em planos para o futuro da empresa.
- Preciso falar com o Gabe - digo e me levanto.

No mesmo momento, a porta da sala é escancarada e a Hanna entra tropeçando em seus sapatos. Antes que eu possa piscar, seus braços estão ao redor dos meus ombros me apertando tão forte que tenho a impressão de parar de respirar.
- Oh meu Deus, você está bem? Se machucou?

Dou dois tapinhas nas costas da Hanna e tento me afastar, balbuciando algo ilegível.
- Você nem consegue falar. O que aquele psicopata fez com você? - ela diz e de repente me solta, examinando meu rosto.

Solto uma longa respiração e mexo meus ombros para aliviar a dor.

- Eu... Eu estou bem - digo - Você só exagerou no abraço.

Eu sou o arrepioOnde histórias criam vida. Descubra agora