Kim estava a ver um filme com os três amigos e já era de noite. Gustav não tinha dado novidades nenhumas desde que tinham chegado a casa; possivelmente porque a rapariga estava demasiado sedada para falar. Estava sentada ao lado de Bill.
Durante algum tempo, Kim apenas prestou atenção ao telemóvel devido à mensagem que Peter tinha enviado, depois disso ficou a divertir-se com os três rapazes.
-Passa-se alguma coisa? – Bill perguntou dando-lhe mais algumas pipocas para a mão. Kim abanou a cabeça e sorriu para ele enquanto guardava o telemóvel. Por muito que custasse, Kim não podia ficar mais tempo do que já tinha ficado. – Tens de ir já para casa? – Bill perguntou quando a viu a levantar-se e a preparar-se para ir embora.
-Tenho Bill... daqui a nada fica demasiado tarde e eu não quero que o meu amigo venha tarde. – Kim disse. Pegou no telemóvel e telefonou a Peter que possivelmente ainda estava acordado para a ir buscar. Suspirou e pegou no seu casaco. Quando estava quase a desligar, Peter atendeu o telemóvel. – Estavas a dormir? Eu disse-te que iria querer boleia.
-Não, estava no quarto e o telemóvel estava na cozinha. - Peter disse, Kim entendeu a voz que a voz de Peter estava abatida. Possivelmente por não saber nada de Diane. Ambos suspiraram ao mesmo tempo. – Confesso que é um pouco estranho quereres boleia, afinal a casa dela é tão perto da nossa... manias... até já.
- Até já. – Kim desligou o telemóvel e voltou-se. Acabou por estabelecer contacto visual com Bill. Kim sorriu para ele e avançou para se despedir. Antes de ir embora pediu para a informarem de qualquer coisa que Gustav dissesse sobre Diane. – Desculpem ter ficado pouco tempo.
-Não faz mal, miúda. – Tom disse e piscou o olho. E deu um grande abraço antes de voltar ao seu lugar. Quando se sentou retirou a taça de pipocas das mãos de Bill e continuou a comer. Kim abraçou Bill e sorriu para ele. – Bill, não sei porquê nem como, mas as tuas pipocas já estão quase a terminar.
No momento em que se ouviu o resmungo de Tom, ouviu-se a buzina e logo a seguir o telemóvel de Kim tocou. Era Peter. Kim abraçou mais uma vez Bill e saiu da casa e foi ter com Peter que já estava encostado ao carro à sua espera.
Kim abraçou Peter quando ele abriu os braços. Não se conteve no riso quando viu a careta dele quanto Kim o apertou demasiado. Beijou-o na bochecha e entraram dentro do carro. Antes de arrancarem, Kim olhou para a porta de entrada e viu Bill. Sorriu para ele e acenou. – Então alguma novidade da Diane?
-Nem uma. Ficou lá o Gustav e o Adam, mas até agora nada. Deve ser por causa dos sedativos, deve estar ainda a dormir ou uma coisa assim. – Peter assentiu com a cabeça, e ele voltou a suspirar. Estava tão preocupado como todos os outros amigos por causa de Diane. Kim conseguia ver nos olhos dele.
Entraram dentro de casa e Kim entrou dentro do quarto. Despediu-se de Peter quando ele passou para a divisão da sala e ficou a ver filmes, a ver se o sono vinha. Kim deitou-se na cama aninhando-se. Queria ficar aquecida o mais rapidamente possível para conseguir dormir.
Suspirando pegou no telemóvel e ficou a jogar cartas. Talvez com a luz do telemóvel pudesse vir o sono. Kim apenas conseguiu adormecer quando o relógio em cima da mesa-de-cabeceira assinalou que eram 6 da manhã. Ainda bem que era o seu dia de folga.
Gustav estava com Adam no seu colo a dormir, depois ter ficado grande parte da noite acordado na esperança de ver a sua irmã acordada. As enfermeiras tinham falado entre elas sobre o estado de Diane, mas nada de preocupante era dito.
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City of Angels
RomanceNunca pensei que de um momento para o outro a minha vida mudasse radicalmente. Eu era uma simples rapariga, com um grande sonho, com um irmão de 7 anos que amava imenso, um namorado que amava… eu era amada e tinha uma família fantástica. Agora… bem...