Capítulo 37

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Pegou nas malas com a ajuda da sua mãe e do seu pai, enquanto Adam ficava no andar de baixo a ver desenhos animados. Diane colocou a sua bagagem no carro do pai e voltou para dentro para buscar o que iria consigo dentro do avião.

Estava prestes a realizar o seu sonho, iria, finalmente, viver para Los Angeles.

Continha o seu diploma da faculdade dentro de uma das malas - apenas para ficar consigo e lembrar-se de como tudo tinha começado. Não iria ter Adam, não iria ter os pais, mas iria ter Gustav, iria ter os gémeos, iria ter as amigas, iria ter Georg, iria ter Liam, iria ter Peter, iria ter os manos Leto e Tomo, iria estar com todos eles.

Não disseram nada durante a viajem inteira, era demasiado cedo e Diane não sabia como os seus pais haviam conseguido levantar Adam e mantê-lo acordado, durante tanto tempo.

Ela queria estar apresentável quando chegasse a Los Angeles; estava com a sua blusa cor de café com um cinto mesmo por debaixo do peito, calças pretas e uns sapatos a condizer. A viagem foi sem quaisquer problemas, ninguém disse nada, nem mesmo Adam com as suas perguntas.

Diane conseguia ver o rosto triste de Adam por ter de abandonar a irmã e não a ter em outra rua como acontecia e, isso deixava triste o irmão mais novo da rapariga.

Ao chegarem, pegaram num carrinho e Diane colocou lá as suas malas enquanto iam fazer o check in.

Enquanto observava a fila a ficar mais pequena encontrou a rapariga que há meses a tinha atendido quando fora tratar dos seus negócios com David Jost e com Justin, devido à sua carreira. - Olá, lembra-se de mim?

-Oh lembro-me sim, então vai para Los Angeles de novo? - Diane conseguiu ler o seu nome, Lilian. Diane deu o seu bilhete de avião e sorriu para ela. - Bem não me diga que vai mesmo para lá viver?

-Vou. É para continuar o meu sonho, Lilian. - Diane disse sorrindo. Lilian sorriu para ela e logo entregou o passaporte e o bilhete de avião. Diane pagou o porão e colocou as malas que queria e esperou que fosse a hora poder ir.

Fora de encontro a Adam que enxugava as suas lágrimas apressadamente, tentando não mostrar que havia chorado enquanto a rapariga falava com Lilian. - Adam, anda, vamos ao café. - Diane estendeu a mão que foi logo aceite. Clarisse estava preocupada com o filho, Diane conseguia notar isso na mãe, para tentar despreocupar os pais acabou por sorrir.

Diane não disse nada até irem para o café. - Bom dia, o que vão desejar? - A senhora perguntou e Adam apontou apenas para o leite com chocolate, escondendo a sua cara e, a rapariga suspirou calmamente. - E a senhora vai desejar o quê?

-Um café por favor. - Diane pediu. Pagou na hora e sentou-se com o seu irmão ao colo e deixou-se observar a cara dele. - Adam, por favor, fala comigo.

O rapaz não disse nada apenas escondeu o rosto no pescoço dela e chorou. Ficou grande parte do tempo a chorar.

Diane abraçou o irmão com força. Não o queria largar por nada, ele estava frágil. Demasiado frágil. - Desculpa... - Adam disse entre os seus soluços, Diane sorriu para ele e abanou a cabeça beijando-o no topo da testa. - Eu não queria que me visses assim a minutos de ires embora.

-Adam, eu também não quero lembrar-me sempre que quando me foi embora, tu estavas a chorar. - Diane disse limpando-lhe o que restava das lágrimas e deixou-o soluçar durante um pouco até o rapaz conseguir que a sua respiração ficasse estável. - Fazemos assim, quando fores grande e quando tiveres de ir para a faculdade, vens para ao pé de mim. Se quiseres.

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