XXXIV

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O nosso final de semana seguiu exatamente como havíamos planejado: preguiçoso; assistindo a coisas aleatórias em algum streaming e cochilando abraçados no sofá em meio ao filme; comigo cozinhando para ele uma receita de minha mãe pela primeira vez; com amassos entre um episódio e outro e com nós dois fazendo amor lentamente de noite antes de dormir. Eu não fazia ideia do significava estar em um relacionamento, mas se isso consistia em finais de semana como aquele, eu não hesitaria em cair de cabeça em um.

Com ele, obviamente.

No domingo, por algum milagre, eu havia conseguido acordar antes de Guilherme e conseguindo também preparar o café da manhã, mas não sendo bem sucedida na parte de acordá-lo com beijos visto que ele adentrou a cozinha usando apenas uma boxer e reclamando que eu não estava em seus braços na cama. Na parte da tarde, nós concordamos que seria uma boa ideia abrir uma garrafa de vinho após o almoço enquanto ouvíamos algumas músicas em italiano e enquanto ele me contava sobre suas férias na Itália quando criança e adolescente.

Nós bebemos em meio a risadas gostosas pelas histórias contadas por ele sobre suas artes com Marcelo e o tanto que eles conseguiam se meter em encrencas juntos. Sobre seu primeiro porre de vinho, durante suas férias para Itália, escondido da família por ele ser menor de idade, mas que eventualmente acabou sendo pego por conta de uma discrepância de estoque.

Porém, foi após algumas frases ditas por ele em italiano, com aquele sorriso fácil e levemente embriagado e a goles e mais goles de vinho que eu me vi montada em seu colo, beijando sua boca daquela mesma maneira indecente de sexta-feira à noite e pedindo com a minha voz de Nina para que transássemos ali mesmo com ele por cima de mim, cobrindo meu corpo. Meu Doutor, como sempre, não precisou de um segundo pedido para que retirasse o vestido leve e curto que eu usava, devorando minha boca e então meus seios conforme eu me arqueava em seu colo, atordoada em meio a tanto desejo.

Nós tínhamos uma pressa que descabia da situação, em um contraste absurdo da calma com que havíamos feito amor na noite anterior ou como havíamos nos explorado na sexta-feira. Naquela tarde era como se o mundo fosse acabar em poucos minutos e tão repentinamente quanto o desejo por ele me bateu, mais rápido ainda ele havia me colocado deitada no sofá, apanhado um preservativo de minha bolsa e encontrado caminho para o meu interior que escorria em desejo.

– Você é uma bela de uma safada, sabia disso? Aposto que já tinha imaginado fazermos isso aqui assim e que as camisinhas na bolsa foram pensadas... – ele falou com aquela voz ofegante e de tesão que me fez arrepiar por inteiro, não apenas pela sua voz gostosa em meu ouvido, mas principalmente pela forma com que ele se referia a mim.

Ora ora, se não era uma Flávia descobrindo que talvez gostasse de ser chamada por nomes durante o sexo?!

– Do mesmo jeito que você nos imaginou na sua mesa de jantar? – eu respondi sob meu fôlego, agarrando sua cintura com uma de minhas pernas. – Não posso controlar minha mente quando se trata de você, Doutor.

– Então me fale o que mais você imaginou, gostosa... – ele pediu, segurando minha perna que o abraçava enquanto se apoiava com o cotovelo sobre minha cabeça.

A princípio não foram preciso palavras uma vez que eu me ajeitei sob ele, erguendo a outra perna no encosto do sofá para que ele tivesse ainda mais acesso e profundidade.

– Só continua assim, firme assim... – eu vociferei após me ajeitar sob ele da maneira que eu desejava, praticamente sumindo sob seu corpo.

E como sempre ele fez do trivial algo incrível, segurando minha perna e se apoiando nos braços do sofá de forma que criava a angulação perfeita para suas investidas. Nosso sexo foi rápido, mas intenso como sempre, de forma que acabamos suados e ofegantes depois de termos conseguido um orgasmo perfeito juntos, sem nenhum esforço, depois de ele ter sussurrado um "vem, goza comigo, meu anjo".

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