Boraaa de mais capítulo... Mil beijos e boa leitura!
No caminho para buscar Judhy na escola, me senti como um agente secreto, que estava em uma missão de fuga, cheguei o quarteirão umas três vezes até me dar conta de que o desgraçado não teria a menor intenção de estar me procurando. Fiz tudo como fazia normalmente, passei com Judhy no supermercado e enquanto pegava algumas guloseimas a mais lhe contei que teríamos uma grande surpresa. Ela, óbvio, ficou em êxtase, pulava com determinação cada calçada até nossa casa.
Esperei até que Judhy estivesse dormindo, fiz nossas malas com calma e organizei todos os pagamentos da casa antiga e da nova em Los Angeles. Meu coração batia tão forte dentro do peito que achei que fosse explodir minha caixa torácica. Muito da minha viagem para Los Angeles, se deve ao fato de August ter me incentivado e hoje às pressas eu terminei de lhe contar alguns dos últimos detalhes. Não tinha muito o que fazer, eu precisava sair daqui ou ficaria exposta outra vez.
— Porra, Dominic! — Sussurro enquanto dobro as roupinhas cor de rosa da minha filha. — Eu não queria passar o resto da vida aqui e tinha planos de ir embora em um mês, mas caralho. — Enfio a fantasia de unicórnio na mala. — Você só aparece no momento errado.
Soco tudo na mala com ódio no coração, tenho vontade de gritar e xingar o filhote de demônio aos quatro ventos, mas não posso me dar ao luxo de perder tempo. Já que quero fazer toda viagem com Judhy ainda dormindo. Esse seria o meu maior desafio.
Me sento na cama tentando controlar o turbilhão de raiva que corre pelas minhas veias e é nesse instante que meu celular vibra em cima da mesinha de canto me dando um puta susto, me estico sem querer me levar e atendo assim que vejo o Nome "VELHO GAGÁ".
— Continua por aqui? — Ele pergunta preocupado.
— Sim, tenho muito o que fazer.
— Não entre em pânico, mas o filhote de demônio andou investigando a empresa, acho que conseguiu as informações com algum funcionário do restaurante.
— Tudo bem, em algumas horas eu já não estarei mais aqui.
— Muller, por favor, tome cuidado.
— Vou tomar prometo.
— Mantenha contato ou eu vou para Los Angeles sem pensar duas vezes.
— Sim, senhor. — Falo revirando os olhos. — Já sabe qual desculpa você vai dar na empresa?
— Sou a porra do chefe, não tenho que dar satisfação a ninguém.
— Até parece, você é só mais um dos milhares de funcionários. — Brinco tentando me animar.
— Vou sentir sua falta. — Ouço a voz trêmula dele e preciso segurar meu choro. — Você é uma filha para mim, pode não ter o meu sangue, mas você tem muito mais do que isso.
— Não me faça chorar, seu velho esclerosado.
— Vou para Los Angeles em 3 meses, ai de você se não me receber.
E assim ele desliga sem me deixar falar mais nada e meu coração chega a doer, mas eu precisava seguir em frente mais uma vez fugir, ir pra longe das pessoas que amo devido a um desgraçado que eu deixei entrar na minha vida.
— Vamos lá Cloe, se concentre nas malas! — Dou leves batidinhas em meu rosto e volto ao meu trabalho.
Quando guardo tudo em seu devido lugar é hora de colocar as malas no carro, tenho sorte consigo descer todas as malas em uma só viagem, jogo tudo na mala do carro, de qualquer jeito volto correndo pro apartamento. Vou até o quarto da minha filha que ainda dorme como um anjo e aproveito para lhe enrolar no cobertor com cuidado.
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Cloe Muller - Livro 2 🍇
RomanceGosto de pensar que destino não existe que isso é pura criação de histórinha de contos de fada, porque se fosse verdade o meu foi traçado por um filho da puta que me odeia com todas as forças. "Machucada e desacreditada do amor, Cloe fechou o seu co...