Capítulo 26

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Oieeeeee, cheguei com mais um capítulo!
Mil beijos e boa leitura 😘🥰

Acordo e me remexo devagar sobre a cama, Judy ainda está dormindo e não quero acordá-la agora os analgésicos lhe deixaram sonolenta e ela precisava descansar. Passei a noite inteira colocando gelo em seu pé e cochilando vez ou outra.

Agora eram 6:00 da manhã e ela tinha aula às 8:00, porém se nada lhe acordasse ela poderia ficar em casa de repouso.

Levanto da cama devagar na intenção de desligar o despertador e beber um pouco de água, mas no instante em que piso os pés no colchão sinto a cama se mexer.

— Bom dia, mamãe! — Ela fala sentando. 

— Bom dia, minha tempestade. — Lhe puxo para um abraço apertado.

— Gente precisa levantar ou vai se atrasar. — Ela fala quando percebi que demorei para lhe soltar.

— Judhy, hoje não é um bom dia para ir à escola, filha você…

— Mamãe eu consigo, não quero ficar parada. — Ela levanta colocando o pé com todo cuidado no mundo no chão. — Eu consigo, eu juro! 

— Judhy, você se parece tanto comigo que chega a ser assustador. — Digo me recordando de quando quebrei o pé. — Vamos então. — Digo sabendo que nunca ganharia essa briga. — Oba! — Ela grita e começa a sair do meu quarto.

Preparo seu café da manhã e vou com ela até o banheiro, depois do banho Judhy se vestiu e calçou a bota imobilizadora minúscula que ficava muito fofa em seu pequeno pezinho, lhe ajudei a entrar no carro e logo seguimos até a escola, que se tornou ridiculamente mais perto.

— Ela vai ficar bem, Cloe pode ir tranquila. — A professora me encoraja a ir embora e eu coloco Judhy no chão com cuidado.

— Pode ir trabalhar mamãe. — Ela diz me dando um tchauzinho fofo.

— Judhy, você precisa me prometer que não vai tentar fazer nenhuma estripulia.

— Eu prometo, no recreio vou ficar sentada só olhando. — Ela me mostra o dedo mindinho e eu selo nossa promessa.

— Me ligue se precisar de qualquer coisa. — Digo para a professora que caminha com ela. — Eu venho correndo. 

Quando Judhy desapareceu eu consegui me mexer e sai da porta da escola indo em direção ao meu carro, dei um tchau simpático para as mães que encontrei ontem e fiz meu caminho para casa. Sem minha pequena tempestade aqui tudo parecia terrivelmente vazio e ficar dentro de casa sem ela era até assustador.

Faço uma exagerada quantidade de café e vou pra varando com a 1° caneca fumegante nas mãos, essa está sendo a manhã mais nublada de todas desde que cheguei aqui. No mesmo instante em que tomo o primeiro gole de café, meu celular vibra na mesinha de vidro e corro para pegar, me sinto aliviada ao ver que não é o número da escola.

Na verdade, é um número desconhecido, ela se apresentou como Jenny e perguntou se a entrevista com Eva Williams poderia ser agendada para hoje no mesmo horário na empresa, sem pensar duas vezes respondo que sim e me desculpo por ontem.

Bloqueio o celular com um sorriso no rosto e antes mesmo que eu lhe coloque na mesa ele vibra em minhas mãos, sorrio ao ver que se trata do velho esclerosado.

— Como estão? — Ele pergunta assim que atendo.

— Bem, sua aventureira favorita torceu o pé jogando futebol…

— Vou pegar o primeiro avião…

— August! — Grito fazendo ele calar a boca. — Ela tá bem, já fomos ao hospital e ela está na escola, não precisa se preocupar. 

Cloe Muller - Livro 2 🍇Onde histórias criam vida. Descubra agora