Ohm Pawat se torna o maior empresário do mundo da noite para o dia. Preso em uma vida luxuosa e indesejada, ele se vê sem saída quando se dá conta de que o amor de sua vida é seu maior inimigo.
Nessa história, ser vulnerável é o maior pecado que al...
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Longos beijos e longas carícias encerraram aquela noite. Com a sensação de que finalmente tudo ficaria bem, Ohm e Nanon adormeceram abraçados em sua maneira preferida, como nos velhos tempos. Enquanto Ohm se assegurava de manter o corpo alheio junto ao seu o abraçando por trás, Nanon tinha a garantia de sua presença pelo calor de seu corpo e a respiração em seu pescoço, o provocando sorrisos entre arrepios até ceder ao sono.
O mais novo foi o primeiro a acordar, se dando ao luxo de permanecer na sensação do toque alheio. Se colocou de frente para o corpo robusto e agora nu e observou desde sua cintura coberta pela cobertor branco a seus ombros encolhidos deixando em evidência sua vulnerabilidade. Desejou tocar seus braços definidos mas temeu que o fizesse despertar, então se conteve a admirá-lo com os olhos. Nanon se perguntou, mais uma vez, como aquele homem, com toda sua fragilidade e simpatia era capaz de amar alguém tão cinza como si. Sabia que nunca teria a resposta e isso o fazia deixar a pergunta de lado ao ver o homem abrir os olhos como se sentisse que era encarado. Como esperado, sua primeira reação foi sorrir.
ㅡ Bom dia... dormiu bem?
Perguntou numa voz manhosa que fazia o mais novo se derreter por dentro. O turbilhão de sentimentos em Nanon fazia parecer que a noite em claro não havia sido suficiente para deixar explícito o quanto amava cada detalhe sobre o homem em sua frente.
ㅡ Você me deixou dormir? - perguntou com um sorriso bobo nos lábios, sendo respondido com um gesto de negação.
ㅡ Estava com saudade... - argumentou, escondendo o rosto na curvatura do pescoço alheio mais uma vez, aproximando seus torsos ainda mais.
ㅡ Eu também. - sussurrou como se fosse segredo, acariciando seus fios macios e bagunçados pelo sono pesado seguido da longa noite.
ㅡ Agora que... não temos nada nos impedindo vamos passar mais tempo assim, não vamos?
Pawat indagou ao levar os olhos ao mais novo. Ele quis negar, mas os dois sabiam muito bem que mentiria se o fizesse.
ㅡ E vai precisar de muito esforço para me recompensar por todos esses anos perdidos, você sabe disso, não sabe?
ㅡ Você não me conhece? Tenho mil e um planos esperando o momento certo, senhor Korapat.
ㅡ Então agilize. Está perdendo tempo. Você sabe que minha lista de pretendentes é grande!
ㅡ Não seja por isso. Eu compro você deles.
ㅡ Quantos milhões para cada?
ㅡ Milhões? Você vale minha fortuna inteira.
Respondeu, afundando o rosto em seu pescoço outra vez, provocando arrepios e uma risada no menor.
ㅡ Idiota.
ㅡ Será que... o velório já começou?
ㅡ Provavelmente. Deve ser uma festa e tanto.
ㅡ Tenho certeza que lá tem mais pessoas felizes do que tristes nesse exato momento.
