SETE FORMAS DE MEDO

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Odia em que eu mais temia no fim das contas tinha acontecido. Meu pai Leon e eu fomos para acama. Foi inevitável e uma coisa levou a outra. Foi um dia antes de Ralf chegar á Miami. Foram algumas horas antes de meu pai ser morto por um dos atiradores naquele massacre. Eu me lembro do dia e eu sinto que decepcionei meu pau. Nós nem tivemos tempo de conversar. Nós não tivemos a chance de nos acertar. O fato dele ser meu pai adotivo não muda o fato ode que ele é meu pai. Adotivo ou não Leon é meu pai e eu o forcei a fazer aquilo e em alguns momento eu me arrependo amargamente.

Nós três continuávamos deitados na enorme cama de casal no iate de Luke. Zack e Ralf pareciam pensativos depois da minha revelação.

- você fez sexo com seu pai? – perguntou Ralf.

- sim, mas eu meio que não tive culpa dos sentimentos. Eu perdi a memória então ele não era meu pai para mim. quer dizer, na época eu achava que sabia.

- eu te entendo – falou Zack.

- se vocês quiserem eu conto o que aconteceu.

- se você não se sentir desconfortável – falou Ralf.

- você quer que eu conte? – perguntei olhando para Zack.

- sim. Pode contar.

Naquela época eu estava confuso quanto aos sentimentos que tinha por meu pai. Eu estava apaixonado e Dr. Bryan sugeriu que nós ficássemos separados. Por esse motivo meu pai me colocou hospedado em um hotel. Eu estava confuso. Os dias se passaram, mas nada mudava. Eu continuava sentindo as mesmas coisas. Eu amava meu pai. Ia além do amor de pai e filho. Era uma forma diferente de demonstrar.

Nada mudava. Pouco mais de duas semanas se passaram e eu ainda sentia o mesmo. Na manhã seguinte o Soldado chegaria á Miami. Eu devia estar saindo, me divertindo, conhecendo pessoas, mas tudo o que eu fazia era ficar no meu quarto de hotel pedindo serviço de quarto. Hora eu estava na cama assistindo TV e hora eu estava dentro da banheira de hidromassagem. Que um dos melhores momentos do meu dia.

Durante esses dias eu tinha tentado ligar para meu pai, minha mãe e até para Lea, mas eles nunca atendiam. Eles realmente estavam levando a sério toda essa coisa de "incesto". Como prometido eu ia ás consultas com o Dr. Bryan O'Connor duas vezes por semana. Segunda e Quinta. Era minha rotina. Do hotel a clínica e da clínica para o hotel.

As consultas não eram a pior parte. A pior parte era ficar longe do meu pai. A cada dia eu sentia mais vontade de vê-lo. Eu já nem sabia o que eu sentia. Só saberia quando eu o visse. Eu não queria ficar insistindo, mas eu precisava falar com ele. Precisava vê-lo. Peguei meu celular e liguei para ele. Meu pai atendeu. Meu coração disparou ao ouvir a voz dele.

- oi meu filho – falou papai do outro lado.

- oi pai.

- você não desiste de me ligar?

- eu estou com saudades.

- nós precisamos seguir o plano do Dr. Bryan.

- mas está funcionando – falei mentindo – eu não sinto mais nada. Tudo o que sinto são saudades pai. Eu estou cansado de ficar sozinho.

Meu pai não queria falar sobre aquilo. Ele não queria quebrar a promessa. Ele não queria desobedecer as ordens do Dr. Bryan.

- mudando de assunto filho... você vai amanhã ver o herói chegar?

- sim pai. Acho que vou. Já que não tenho nada pra fazer a não ser ficar nesse quarto de hotel.

- eu queria ver você filho, mas Dr. Bryan disse...

- Dr. Bryan isso, Dr. Bryan aquilo... você não me ama?

- claro que amo.

- pois não parece.

Deus AmericanoOnde histórias criam vida. Descubra agora