ALICE

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Meu coração batia rápido. Ainda estava em choque com o noticiário. Ava tinha perdido os dois olhos graças ao um ladrão de órgãos. Não pude evitar de me sentir culpado. Afinal eu tinha desejado que algo de muito ruim acontecesse com ela. Por outro lado eu estava nervoso pelo o que aconteceu nas escadas. Tenho quase certeza de que o pai de Ralf nos viu. A expressão dele não era a mesma. Ele parecia surpreso, chocado e eu me atrevo a dizer que até um pouco chocado. As horas se passaram e eu continuei trancado dentro do meu quarto. Não tinha coragem de sair e encarar Randy. Não tinha coragem de sair e encarar Ralf. Era tanta coisa em minha mente nesse momento, não dava para descrever nem escolher com o que eu ficaria preocupado.

Cochilei um pouco durante a tarde. A TV ficou ligada, mas aquilo não me incomodou. Até gostava. Era relaxante e me ajudava a dormir. Meu celular despertou ás quatro horas da tarde. Era hora de tomar os meus remédios. Fui até o banheiro do meu quarto e peguei os quatro frascos e retirei quatro comprimidos. Tomei os quatro com um pouco de água da torneira. Olhei para o espelho e ouvi alguém batendo na porta do meu quarto.

- Mason?

- só um segundo – falei jogando uma água no rosto tentando não parecer que tinha acabado de acordar.

Sai do banheiro e fui sequei meu rosto com a toalha. Em seguida abri a porta. Era Ellen.

- desculpa te incomodar Mas, tem um alguns policiais ali na porta. Eles querem falar com você.

- policiais?

- sim.

- o que será que eles querem?

- não sei – falou Ellen me seguindo enquanto ia até a porta.

Ellen foi para a cozinha e eu caminhei até a porta. Ao abri-la eu vi dois policiais.

- boa tarde – falou um deles.

- boa tarde – falei bocejando – no que posso ajuda-los?

- podemos entrar?

- claro –falei saindo da frente.

- você é Mason Rutherford Loudorn?

- sou sim senhor – falei indo até a sala e os policias me acompanharam – sentem-se – falei me sentando me um sofá enquanto os outros dois policiais sentaram logo á minha frente.

- obrigado – falou um dos policiais

- então... no que posso ajuda-los?

- desculpe atrapalhar – falou Ellen chegando até nós com um sorriso e algumas xícaras de café.

- obrigado senhora – falou um dos policiais. OS dois pegaram uma xícara e eu fiz o mesmo. Tomei um gole do café amargo e saboroso de Ellen. Tinha sentido falta do seu café.

- vou deixar vocês a sós – falou Ela saindo com a bandeja de prata na mão.

- bom... não queremos tomar muito do seu tempo – falou um dos policiais – estamos aqui para falar sobre...

- sobre o roubo de órgãos? – falei respirando fundo – eu vi no noticiário que eles encontraram uma nova vítima.

- na verdade não é sobre isso – falou o Policial Kümmel. Estava escrito em seu uniforme.

- desculpa é que aconteceram tanta coisas na minha vida que envolvem vocês policiais que eu confundo.

- na verdade nós recebemos uma ligação do departamento de policia de Chicago.

- sobre?

- eles encontraram o homem que estava com você quando sofreu seu acidente.

- sério? E quem ele era? – perguntei curioso. Nem me lembrava mais que havia alguém no carro comigo.

Deus AmericanoOnde histórias criam vida. Descubra agora