EU AMO LOS ANGELES

6 1 0
                                    

Durante e depois do jantar eu meio que tentei evitar Gray. Ele e Griffin parecem ter se entendido e eu não queria me intrometer. Eu só vou ficar o fim de semana porque eu prometi a Gray. E por mais que me doa eu já tinha me decidido. Não iria mais voltar. Aquela vida não era minha. Aquela não era a minha história. Acho melhor cada um seguir com sua vida. É bom saber que a busca por meus familiares biológicos tinham acabado já que foi por causa dessa procura que eu sofri o acidente que me fez perder a memória. Acho que Gray também tinha tirado um grande peso de sua consciência sabendo que eu estava bem. Que tinha sido criado em uma família amorosa. Pelo menos em teoria. Eu tive um pai que me amou.

Mais ou menos uma hora depois de termos jantado Gray desapareceu. Ele sumiu. Eu meio que procurei por ele e não encontrei. O carro dele também não estava na garagem e é claro, Griffin também tinha sumido. Pelo menos agora eu ia precisar ficar evitando os dois. Um pouco depois te ter descoberto que Gray e Griffin tinham ido embora todos se sentaram na sala de Eve para conversar. Eu queria evitar as perguntas que com certeza todos fariam sobre a minha vida então eu simplesmente despistei todo mundo, peguei um copo de vodca e desci as escadas da casa de Eve até a praia. A areia estava gelada e molhada. Sim, eu fui descalço. Estava escuro e a brisa estava gelada. Eu caminhei o mais perto do mar que consegui até senti a água em meus dedos.

- boa noite – falou uma voz feminina se aproximando de mim.

- boa noite – falei olhando para a linda mulher. Assim como eu a mulher estava descalça – ela tinha cabelos ruivos e olhos claros.

- é bom ver que eu não sou a única louca que gosta de caminhar na praia descalça.

- pois é – falei rindo. Eu tremi um pouco ao sentir o vento gelado passar por mim.

- sou Alegra, muito prazer – falou ela estendendo a mão.

- sou Mason – falei apertando a mão dela.

- nome bonito – falou ela com um meio sorriso – pode me de Ally

- tudo bem, Ally – falei tomando um gole do meu copo.

- o que está bebendo?

- vodca – falei tomando um gole e fazendo cara feia.

- você não aprece gostar muito.

- realmente – falei jogando o resto no chão – tem um gosto horrível.

- sabe o seu nome não me é estranho.

- sim, acho que Mason não é um nome estranho.

- Não é isso é que eu sinto que esse nome me foi dito algumas vezes.

- talvez seja coincidência.

- em qual casa você mora?

- eu? Não. Eu não moro aqui. Na verdade eu fui convidado para um jantar na casa da Eve.

A mulher rui ao me ouvir dizer aquele nome.

- o que foi?

- eu já sei porque seu nome não me é estranho.

- porque?

- Eve é minha irmã. Ela me falou sobre você. "Mason, o filho de Gray"

- é sério? – falei rindo – parece que vocês estão me perseguindo.

- você está fugindo de algo?

- sim. Das perguntas e dos olhares.

- eu imagino que eles tenham muitas perguntas, mas porque está fugindo dos olhares?

- porque eu disse a eles que essa é a minha primeira e última visita.

- porque? Alguém te tratou mal?

Deus AmericanoOnde histórias criam vida. Descubra agora