Capítulo 4: O ataque à beleza

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  A Invasão à Naboo era algo que padmé se recusava a acreditar. Assim que viu os representantes da federação do comércio desembarcando em Naboo, ela soube o que estava por vir. Antes de qualquer coisa, chamou suas damas e pediu para que uma delas fingisse e assumisse a identidade dela.
  Logo depois disso, androides surgiram e as prenderam sem cautela alguma. A apreensão em seu peito cresceu. Seria ela um fracasso? Lutara tanto para ser rainha e trazer a paz e honestidade, ganhou a confiança do povo e quando finalmente chega ao trono fracassa e os decepciona?
  Andavam pelos salões, desciam pelas escadas do Palácio, cercadas por androides. Ela jamais imaginou que chegaria aquele ponto. Desgraçados. O que fariam a naboo... ela não poderia nem imaginar.
– Como explica esta invasão ao senado?
O governador perguntou.
– A rainha e eu vamos assinar um tratado que será legitimado esta ocupação.
Padmé ouviu um deles dizer.
– Tenho garantias de que será ratificado pelo senado.
– Eu não vou cooperar.
A dama -a que fingia ser a rainha-, respondeu.
– Ora vamos, majestade. Com o tempo o sofrimento do seu povo irá forçá-la a aceitar o nosso ponto de vista.
Padmé quase parou de respirar. Desgraçados. Desgraçados.
– Eu...- a dama tentou falar.
– Apenas aceite.
Ele olhou ao redor, fazendo um sinal de cabeça para um droide.
– Comandante.
A máquina prontamente veio.
– Sim, senhor?
– Prenda todos.
O androide concordou e virou-se para outro.
– Capitão, leve-os para o campo quatro.
– Sim, senhor.
E assim, foram escoltados. Andaram pelos gigantescos corredores do castelo. Padmé se mantinha sem expressões. Olhava para todos os lados, procurando uma forma de acabar com aquilo tudo. "Devo sair gritando e atacá-los? Claro, se quiser morrer. Mas se for para o bem do povo, faço isso sem piscar."
Ela respirou fundo.
"Mas não deixa de ser uma ideia impetuosa e ansiosa."
Olhou para a dama logo a frente, ela parecia nervosa. E obviamente tinha motivos para isso. A dama respirava lentamente e mantinha a cabeça meio abaixada.
De repente, dois homens surgiram. Jedis, padmé pensou assim que viu os sabres de luz tão famosos pelo universo. Eles batalhavam com velocidade e agilidade. Ministravam suas armas com destreza e eliminavam os androides um a um. Parecia uma dança de tão confiante.  
– Devemos sair da rua, majestade.
Um deles, o mais velho dos dois, falou para a dama.
E sem contestar, todos começaram a andar.
– Recolham as armas. Rápido.
Ela pôde ouvir um dos guardas reais falar.
– Somos embaixadores do supremo chanceler.
– Suas negociações falharam, embaixador. - o governador disse.
– Elas jamais aconteceram.
O jedi mais velho retrucou, mantendo a calma.
– Temos que fazer contato urgente com a república.
– Eles destruíram nossas comunicações.‐o guarda respondeu.
– Vocês tem veículos?
– No hangar principal, por ali!
   E assim, os fugitivos continuaram a correr. Torcendo para não serem vistos. Chegaram a plataforma principal com certa rapidez, padmé não sabia que a fama dos jedis era tão certeira assim. Claro, sabia da destreza deles em batalha, mas vê-los de perto era impactante.
– Eles são muitos! - o guarda se mostrou apreensivo.
– Isso não será problema. - o jedi respondeu.- majestade, se me permite,  sugiro que venha para Corustant conosco.
– Obrigada, embaixador. Mas o meu lugar é com o meu povo.- a dama prontamente disse.
– Vão matá-la se ficar.
– Não ousariam. - o governador pontuou.
– Necessitam dela para assinar o tratado que legaliza a invasão. Não correriam esse risco.
–  Há algo por trás de tudo isso, Vossa Majestade. Não há lógica na ação da Federação aqui. Eu tenho um pressentimento de que querem te destruir.- o jedi disse.
– Nossa única esperança é o apoio do senado. O senador palpatine vai precisar da sua ajuda. - o governador falou.
– Todas as soluções trazem grande perigo, para todos nós. - a dama se pronunciou.
Padmé olhou de relance para ela.
– Nosso povo é valente.- ela ouviu-se dizer
– Se for sair, majestade. Tem que ser agora.
A dama concordou.
E assim seguiram em direção à plataforma. Depois de uma rápida luta dos jedis contra os androides que estavam fazendo a guarda da plataforma, eles finalmente conseguiram entrar na nave.
– Fique aqui e sem fazer bagunça.
Padmé viu o jedi mais novo falar com uma criatura que ela logo reconheceu, era um Gungan, natural de naboo, não sabia o que ele estava fazendo com eles.

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– Está tudo bem? - sussurrou padmé para as damas - Vocês estão bem?
Todas confirmaram, demonstrando alívio pela fuga. 
De repente, entrou na sala um androide um pouco sujo, acompanhado pelos jedis e o guarda real.
– Como vai, majestade? - perguntou o guarda. 
– Estou muito bem. E minhas acompanhantes também.- respondeu a dama. - E esse androide?
–Bem, é um androide muito bem feito, majestade. Sem dúvidas, ele salvou a nave e nossas vidas.
–Ele deve ser recompensado. Qual é o número dele?
–R2-D2, majestade.
–Muito bem, R2-D2. Você demonstrou grande lealdade. Muito obrigada. – disse a dama gentilmente, virando-se.– Padmé!
E ela prontamente se levantou. 
– Limpe o androide da melhor forma possível. Ele merece nossa gratidão.
  Padmé começou a caminhar, seguida pelo pequeno androide branco e azul.

𝙁𝙤𝙧 𝙮𝙤𝙪 - 𝐀𝐧𝐚𝐤𝐢𝐧 𝐒𝐤𝐲𝐰𝐚𝐥𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora