CAPÍTULO 19 - Trevo-de-quatro-folhas

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Sophia Ferrari

Eu não posso dizer que estava pelo efeito de álcool depois que eu mesma quebrar minha própria promessa.

Mas quem liga? O Lorenzo é...hmm... como posso dizer? Ele é diferente.

Eu estava na foça quanto ele chegou na minha casa, não que eu não esteja agora porque isso que eu sinto é insuperável, mas mesmo assim ele estava lá tentando me distrair.

E agora aqui está eu, dentro de um taxi chegando na empresa para trabalhar. Eu sou uma pessoa bem tímida se for olhar, mas a que eu estou sentindo agora supera todos os níveis possíveis.

Pago o motorista e saio do carro, vou andando bem devagar e torcendo que eu não encontre ninguém no elevador, mas é só passar pela portaria e passar meu crachá que eu vejo o Lorenzo dentro do elevador e então eu despisto e ando mais devagar ainda. Ele não me viu e eu ate pulo de alegria mentalmente, depois que o elevador se fecha eu caminho ate ele e espero ele abrir novamente e quando abre eu ate perco a pressão.

Que merda.

Entro no elevador e fico prendendo a respiração, eu estou nervosa.

— Sério que você queria fugir de mim? — Lorenzo estava parado no meio do elevador e com os braços cruzados olhando para mim.

— Eu? Eu não estava fugindo, eu estava conversando na portaria com uma colega de trabalho. — tento ser o mais convincente possível.

— Sério? E qual é o nome dela?

Que merda, como eu vou saber o nome dela? Pensa Sophia, você é boa mentindo e ele vai acreditar.

— Vanessa. — falo simples e nossa saiu ate natural.

— Jura? Se eu me lembre bem o nome dela era Abigail. — agora ele fala com o tom irônico dele.

— Deve ter se confundido. — falo ainda sem olhar para o rosto dele, eu posso sentir minhas bochechas queimando.

Ele apenas concordou com a cabeça e voltou a posição normal, e eu agradeço muito por esse dialogo ter terminado, eu estava começando a ficar nervosa.

Mas foi só um beijo, nada demais, um beijo... e esse beijo foi bobo, certo?

Errado.

Eu estou surtando mentalmente, mas não pelo beijo e sim porque eu quero beijar ele de novo.

Chegamos no nosso andar e último, sento em minha mesa e começo a separar os papeis que estavam em minha mesa que eu xeroquei, separo alguns que precisavam passar para o ipad e separo os outros que precisavam de assinatura.

Depois disso eu fico no meu ipad preparando uma apresentação para uma reunião que acontecerá hoje com uma empresa de marketing, eles me passaram o que pretendiam e eu montei tudo para repassar durante a reunião para ficar tudo organizado.

E aqui está eu novamente, fugindo das minhas melhores amigas porque eu não quero contar o que está acontecendo comigo, só pelo meu olhar mostra que eu estou acabada mentalmente e eu odeio falar sobre meu pai e o outro assunto é o nosso chefe.

Por isso eu apenas vou para uma sala vazia que eu achei e me sento no chão e fico repassando tudo o que estou vivendo.

Mas especificamente a dor que eu estou vivendo, eu não estou sendo dramática certo? isso dói e uma hora eu tenho que falar disso para alguém mas eu odeio falar minhas fraquezas para as pessoas.

Eu sempre gostei de ler, principalmente o que William Shakespeare colocava em palavras é o que justamente sentíamos, a dor das palavras sempre me faziam refletir.

Maldito DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora