CAPÍTULO 27 - Volte para mim...

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Sophia Ferrari.

5 semanas depois...

Minha vida estava como sempre eu queria que estivesse: estável psicologicamente.

Neste último mês, a reforma da empresa havia ficado pronta e estava um ambiente mais calmo, em minha perspectiva ou talvez seja porque eu sempre ganho um selinho de bom dia, eu e o Lorenzo continuamos os mesmos com o trabalho pesado mas sempre com beijos em horas vagas, até agora não atrapalhou nada em nosso trabalho, mantemos o profissionalismo nas reuniões como sempre e em sua casa mantemos como dois casal de coelhos no cio.

Em meu apartamento, eu e o Matteo criamos um laço ainda maior, ele virou meu motorista particular e me leva em todo lugar que eu o obrigo, sempre assistimos os nossos filmes e series, na empresa em meu horário de almoço sem o Lorenzo saber, eu ajudo ele com os documentos e na organização porque ele se recusa a contratar outra secretária e eu ate gosto disso, não sei se estou preparada para ver outra pessoa no mesmo lugar que a Felicia sempre esteve.

Eu e a Emily depois da morte da Felicia ficamos com ainda mais receio de perder uma a outra, quando eu não durmo na casa do Lorenzo ou no meu apartamento com o Matteo, eu estou na casa dela bebendo vinho e sempre conversando coisas pecaminosas como sempre fazíamos, nossa amizade nunca teve baixos, sempre foram altos, nos conhecemos e automaticamente nossa ligação foi como um fio elétrico passando pelo nossos corpos.

Neste ultimo mês eu fiquei ainda mais bem psicologicamente porque meu pai deu uma melhora, o medico disse que ele está recebendo o tratamento muito bem e que se tudo der certo daqui alguns meses ele poderia voltar para casa. Meus avós passaram a me ligar todos os dias me implorando para morar com eles e em todas as vezes eu falo a mesma coisa: que a Italia é meu lar. Eu ainda devo uma visita para eles, depois que voltamos a nos falar eu vejo um brilho imenso nos olhares deles porque eu e meus pais nos mudamos quando eu era uma criança de oito anos e para eles foram um baque tirar a netinha deles, me sinto uma mimada com eles.

E agora pensando na visita que eu tenho que dar aos meus avós, eu olho para o Lorenzo e me remexo na cama, estamos deitados na cama do seu quarto e ele está mexendo em seu celular e fazendo carinho com a outra mão em meu cabelo, ele está apenas com uma calça de moletom e o peito nu e eu estou com uma blusa preta sua e apenas uma calcinha por baixo.

— Porque não visitamos meus avós? — indago, e ele desliga o celular e coloca na escrivaninha ao lado da cama. — Um final de semana e depois voltamos...

— Para seu avô me fazer levar uma caixa de charutos italianos para ele? — ele arqueia a sobrancelha. — Ele quer me extorquir.

A duas semanas atrás enquanto eu estava em ligação com meus avós, o Lorenzo apareceu acidentalmente na chamada e aquilo causou um alvoroço enorme, ele teve que aparecer na chamada e meus avós encheram ele de perguntas, o italiano dos meus avós era excepcional porque se dependesse do Lorenzo para falar português estaríamos ate agora na chamada. E nisso quase todas às vezes que meus avós ligam e o Lorenzo também está presente eles conversam por horas, o meu avô começou a falar que gosta de um bom charuto e inevitavelmente o Lorenzo disse que iria levar quantos ele quisesse para o Brasil, e desde então meu avô indiretamente cobra a presença do charuto e do Lorenzo.

— Ah ele nem fala muito disso. — minto, porque realmente meu avô sempre fala disso, meu avô infelizmente conversa mais com o Ricc do que com a própria neta! — Então?

— No primeiro final de semana do próximo mês minha agenda vai estar praticamente livre, podemos fazer uma visitinha. — ele sorri para mim.

Na hora que eu iria falar mais alguma coisa sobre a viagem sinto uma fincada na barriga, como se fosse uma facada me rasgando, choramingo e coloco a mão em cima dela.

Maldito DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora