CAPÍTULO 16 - Obscuridade Gotti's

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VICTÓRIA GOTTI (EMILY GHOST)

Quando senti a lâmina gélida no pescoço, pressionando um lugar sensível, achei que morreria ali mesmo.

Droga.

Como foi que isso aconteceu?

- Quem é você? É dinheiro que você quer? Eu pago, mas por favor não me mata! - É ridículo me ver numa situação como essa. Eu odeio implorar as coisas, mas acho que pela minha vida eu sou capaz de fazer isso.

- Hora, hora. O que temos aqui? É isso mesmo que ouvi? Você não quer morrer? Hahaha - Espera, eu conheço essa voz.

Eu vou matar VOCÊ.

- Taylor? TAYLOR?!! O que é tudo isso? - Sinto a faca ganhar força, aumentando a pressão no meu pescoço. Mais uma vez, meu querido irmão me aparece com suas surpresas.

Quando me despedi de Sophia, disse pra ela não perder a oportunidade de trepar com o gostosão do seu chefe, rimos da situação e logo em seguida ela entrou no carro e rumou para o Aeroporto com Lorenzo. Entrei no meu carro e dei uma carona para Felícia até o seu apartamento, depois dirigi pra casa. Já era tarde da noite e eu estava morta de cansada. Quando tirei a chave da bolsa para destrancar a porta do apartamento, alguém pressionou um pano contra meu rosto com algum tipo de substância química que me fez ficar inconsciente.

Quando acordei, meus olhos estavam vendados e uma porra de faca estava roçando meu pescoço.

Quem mais me amaria ao ponto de fazer essa surpresa?

Taylor.

Maldito.

EU - QUERO - MATAR - ELE

- Cala boca, sua vadia. Por que simplesmente você não fez o seu trabalho? Tem que ficar andando por aí, transando, bebendo e curtindo com as suas amigas como se estivesse de férias? Papai está furioso com seu atraso. Ele quer novidades.

Meus olhos são desvendados, finalmente estou livre da faca. Mas isso terá um troco, um filete de sangue desceu e sujou meu blazer branco e o lugar onde estava sendo pressionado está com uma ardência insuportável. A sala é escura e cheira a porão velho podre. Estou amarrada a uma cadeira de ferro, totalmente enferrujada e desconfortável. E bem a minha frente o demônio em pessoa. Os cabelos vermelhos são grandes e caem sobre os olhos, que em dias normais seriam verdes como o meu, mas estão escuros, olheiras visíveis e não parece nada bem da cabeça. Apesar de todo o lugar está um lixão total, como a cara dele, ele está bem vestido, com roupas de couro preto.

- Eu tô fazendo meu trabalho, nunca estive tão perto de Lorenzo como agora. Eu juro. - Eu juro que vou te destruir, é isso que eu queria dizer, mas não vou me arriscar, não com esse psicopata segurando uma faca afiada.

- É mesmo? Então me explica o porquê que você está aqui e o Ricc está nos Estados Unidos com aquela outra? Você só tinha um trabalho, que era seduzir o Lorenzo, roubar a porra do documento e voltar pro Clã. Isso não é difícil, é? Você é uma puta, consegue fazer um homem como Lorenzo gozar.

É nojento a maneira como ele fala, como se eu fosse apenas um objeto a ser usada.

- Ele odeia qualquer coisa que seja vermelho, eu sou ruiva. Não é difícil de associar, é? Eu tenho um plano, Sophia, aquela outra que você se refere, é o tipo de mulher ideal que Lorenzo gosta, Matteo me disse uma vez sobre o gosto do primo. Se eu conseguir juntar os dois, sendo melhor amiga de Sophia, poderei ter acessos a casa dela, onde ela guarda informações do Lorenzo. Também posso entrar no escritório dele, mas na casa dele já é outra coisa. Posso convencer Sophia de me levar lá, ela já dormiu lá uma vez.

Maldito DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora