12 | PARTE 2

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Um grito alto era ouvido por todo o corredor do hospital, um novo bebê estava a caminho, os amigos da futura mamãe que estavam do lado de fora do quarto ja estavam doidos, mas não podiam entrar.

A dor insuportável que a mulher sentia era por uma queda, toda sua gravidezes foi de risco, mas não aconteceu ou sentiu nada, então isso esta resultando em seu parto.

As enfermeiras e o médico faziam de tudo para que o garotinho saísse o mais rápido possível, a anestesia não pegou e a dor que a mulher sentia era demais.

Mas como em um passe de mágica a dor foi embora, e o único som no quarto foi do choro do pequenino, os médicos pegaram os panos e enrolaram o menino, limpando seu rosto o máximo que conseguiram e mostrando a criança para sua mãe.

Os cabelos do garoto foi uma coisa que chamou sua atenção, braços como os de seu pai, a mulher deveria castigar sua melhor amiga por ter julgado tanto seu ex namorado durante toda a gravidez.

Mas finalmente estava ali, seu pequenino estava ali com ela, em outra cidade, com uma casa nova e sem problemas...

3 anos depois...

— YUTA PARE DE CORRER AGORA MESMO — Meu filho parou e me olhou com um sorriso que eu conhecia muito bem, ele havia aprontado alguma coisa — Eu não quero nem saber oque você fez.

— Vamo pa casa mamãe? — Me abaixei e amarrei os cabelos de meu filho, ele cismou que queria deixar crescer.

— Vamos meu amor, hoje vamos voltar para o lugar onde a mamãe morava — Peguei as malas e terminei de colocar no carro — Vai ver sua titia Sakura.

— TITIAAA — Vejo ele correr animado para o carro e sentar em sua cadeirinha, ajeito o pequeno humado e coloco o cinto o prendendo bem, tranco as janelas da parte de trás e entro no lado do motorista

Esta sendo somente nós dois agora, fiquei dois anos namorando com Tanjiro, mas chegou ao fim. Ainda somos amigos e conversamos, fingimos que nada aconteceu.

Ligo a música do rádio e coloco a preferida de meu filho, sua animação surge no mesmo segundo, as perninhas e bracinhos balançam enquanto ele tenta cantar do jeitinho dele.

— Eu obato tinha um itio — Ele pega o máximo de ar que consegue — IA IA OOOOO.

— Filho, poderia cantar sem gritar? Por favor — Minha cabeça doía depois da noite difícil, havia sido demitida de meu trabalho, só porque não quis ficar com meu chefe.

— Eu goto dessa — Seus olhinhos cor de rosa agora me olham — Goto da leta.

— Que bom meu amorzinho, a mamãe também gosta — Arrumo a coberta em seu colo quando o farol fecha.

Foram duas horas de viagem, mas finalmente estou na casa de Sakura, minha melhor amiga, ainda solteira, ainda escandalosa e ainda super estilosa e rica.

— AAAAAA MEU BEBEZÃO — Ela abraça Yuta assim que ele desce do carro — Como você ta enorme.

— Eu ceci — Ele finge mostrar os músculos.

— Eu to vendo, entra na la na casa da tia, tem um presente — Nem deixou que minha amiga terminasse, apenas correu e nos deixou sozinhas — Oi amiga, que saudades — Ela me abraça e retribuo.

— Oi, você ta linda — Sakura da uma voltinha e damos risada em seguida.

— E o Yuta? Sinceramente, esse garoto vai ser enorme, não vai puxar você — Olho seria para ela — É... mas no que ele puxou você? Em nada. E sinceramente, esse cabelo grande dele só deixa ele mais parecido com o pai.

— Ele ta na fase de se descobrir, esses dias ele estava na aula de natação e perguntou para a amiguinha, cadê o seu piu piu? — Sakura começou a rir — É sério, ele poderia pelo menos ser um pouco tímido igual a mim, mas até isso ele teve que puxar o pai dele.

— Meu papai? — Congelei ao ouvir a voz do meu filho, não costumo falar do pai dele para ele, a única coisa que sabe é que o papai dele não morava na mesma cidade que a gente.

— Não... estamos falando do meu papai — Minha amiga fala e pega meu filho no colo — Para de crescer, Yutaaaa.

Os dois riem e começo a tirar minhas coisas do carro, não trouxemos muitas coisas, pretendo ir buscar o restante daqui uns dias, por enquanto vamos apenas procurar alguma casa para comprarmos e um lugar para Yuta estudar.

Trouxe as malas todas para dentro e ia fechar a porta, mas uma cabeleira loira me faz parar.

— Que isso? É assim que minha irmã me trata depois de meses sem me ver? — Zenitsu me olha incrédulo, mas o sorriso continuava.

— Zen — Abraço meu irmão fortemente e ele me tira um pouco do chão — Que saudades.

— Também senti, mas cadê o pequeno Yuta? — O pequeno platinado aparece olhando para o tio, Zen arregala um pouco os olhos — NÃOOOOOO.

— Meu Deus, oque foi? — Me ajoelho ao seu lado.

— O YUTA TA TÃO GRANDE — Lagrimas molhavam suas bochechas — VOCÊ NÃO TEM MAIS CHEIRO DE BEBÊ, TEM CHEIRO DE BOSTA.

— Eu so cheloso — Meu filho cruza os braços e vira o rosto.

— ELE JA ATÉ FALAAAAA — O choro escandaloso me assusta, nunca pensei que fosse ver Zen dessa forma de novo.

— Pelo amor de Deus, ele ja tem três anos, óbvio que ele ja fala — Zen continua chorando enquanto encara Yuta.

— É melhor começar a arrumar seu quarto la em cima, deixa ele ai com esse tio idiota dele — Sakura segura minha mão e me puxa para o andar de cima — Então, como vai a vida? Conversou com Tanjiro nesses ultimos dias?

— Só o básico, ele esta namorando agora, ela é linda — Arrumava as roupas na cômoda que havia no quarto — E eu não estou muito afim de relacionamento agora, prefiro focar em mim mesma.

— E esta funcionando, você ta uma gata — Dou uma voltinha e rimos — Esta fazendo academia?

— Comecei tem pouco tempo, meu corpo ficou horrível depois que tive o Yuta, minha autoestima foi toda embora — Suspirei e olhei para Sakura — Mas esta voltando.

— Tem uma academia aqui perto, pode começar a fazer lá se quiser — Concordo e me deito na cama — E como esta a criação daquele pequeno furacão?

— Yuta é um amor de menino, ele é inteligente, corajoso, ama música e é a cara do pai — Tampo meu rosto com minhas próprias mãos.

— Essa deve ser a pior parte né? — Sakura encarava o teto — Eu vejo o Uzui as vezes, ele sempre esta sozinho, nunca vi com a esposa ou alguma criança.

— Sério? — Um aceno de cabeça em concordância é a resposta que recebo — Bom, isso não importa. Preciso ir no mercado para comprar algumas coisas que o Yuta gosta.

— Tabom, eu vou cuidar dele para você — Pego minha bolsa e desço para o primeiro andar.

— Mamãe vai no mercado, quer alguma coisa? — Yuta para de pular na barriga de Zen e me olha.

— Quelo daone — Ele fala animado pulando novamente.

— Danone, tudo bem... — Fecho a porta e entro em meu carro — Odeio Danone — Falo para mim mesma enquanto tiro o carro da garagem.


Continua...

Som do amor || Tengen UzuiOnde histórias criam vida. Descubra agora