obsessão

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                        Nate

Não sou mais o mesmo,  desde de quando sai da prisão minha vida resume em antes e depois de tudo o que eu perdi durante a prisão.
Será que eu teria terminado a faculdade? Lua ainda estaria junto conosco?
Será que ela conseguiria ser feliz sem nós?
Será que ela ainda nos amaria quando saíssemos da prisão?
Sempre fui uma pessoa que teve controle de tudo, sempre tive tudo como eu queria.
Se as coisas não estivessem do meu jeito, ficava ansioso, se eu estivesse ansioso ficava com raiva, se estivesse com raiva queria bater em tudo.
Desde dos meus doze anos fui diagnosticado com  transtorno explosivo intermitente(TEI) as única pessoas que sabiam disso era os meninos e depois Lua, eles sempre me ajudavam com minhas crises quando Noah viu que apenas lutar no Dojo não adiantava ele teve a ideia das lutas depois do jogo, para ele e os outros era só uma diversão um jeito de bater nos idiotas do time e pegar garotas. mais para mim aquilo era descarregar toda energia e adrenalina que sentia depois do jogo.
Quando fomos presos, cada um ficou isolado no seu canto até que coisas começaram acontecer,Dominic todo dia era tirado de sua cela, Gabriel pagava homens para bater nele como forma de punição por não abrir mão de Lua, não adiantava nada ele mais batia doque apanhava deixando Gabriel com raiva cada vez mais.
Calebe começou a fumar e usar algumas drogas exageradamente, uma vez quase o perdemos por overdose, se não fosse eu e Dominic com certeza estaria morto.
eu sempre me metia em brigas, queria sentir e causar dor, eu tinha que tirar toda essa raiva que me dominava o que me fazia ir para solitária quase sempre, depois de um tempo as pessoas começaram a ter medo de mim e quase ninguém era burro o suficiente para revidar minha provocações.
Tirando minha mãe que sempre ia me visitar, só recebiamos visitas de Noah, ele era o único que vinha todos os finais de semana.
Quando fomos presos ele foi o único que ficou ileso porque estava no hospital com Lua na hora do homicídio, então seu pai o obrigou a sair da cidade por três meses.
Ninguém nunca dava nenhuma notícia ou resposta relacionada a ela ou a família, o que me deixa puto, até que um dia Noah apareceu e deu a notícia que me matou por dentro " Ela está morta" essa foi a frase que Ecou em minha cabeça por três malditos anos.
Me lembro perfeitamente quando Noah disse aquelas palavras, que sua casa tinha sido assaltada e toda família estava morta, tudo o que fizemos por ela foi em vão.
Noah foi embora porque seu pai disse que mataria Lua se ele voltasse a vê-la, eu e os meninos tivemos também nossa escolha "nossa liberdade ou ela", óbvio que escolhemos ela, e agora estava morta.
Quando sai da prisão, a primeira coisa que fiz foi levar flores em seu túmulo, voltei para a casa de meus pais e comecei a tocar os negócios da família assim como os outros ,da cadeia para homens de negócios como se nada tivesse acontecido .
até que um belo dia  Noah nós chamou para um conversar e ele disse que  Gabriel Petrovec era dono de todos os imóveis da família Alencar, o que fez parecer suspeito já que todos  foram assassinados em um assalto, e geralmente todo os bens vão direto para o governo.
então Noah nós convenceu que talvez alguém ou até mesmo Lua poderia estar viva, então começamos uma investigação por conta própria até que descobrimos que a mulher de nossas vidas estava viva ,vivendo em outra cidade como se nada tivesse acontecido.
Ela estava viva, tinha construído uma família e esquecido de nós todo o amor e devoção que tinha por ela virou ódio, tudo o que mais queria era que ela sofresse.
Começamos a seguir Lua, sabíamos tudo sobre sua nova vida onde morava, trabalhava, quem se relacionava e até a hora em que iria dormir. O que mais me matou foi quando um dia eu a vi atravessando a rua com vestido verde todo esvoaçante junto com seu par de tênis branco e ao seu lado segurando sua mão uma pequena menina com duas Maria chiquinhas com laços e uma mochila de borboleta logo elas se encontram com um homem que aparentava ter nossa idade ,os três andavam felizes pela rua enquanto tomavam sorvete, eles seguiam de mãos dadas com a pequena menina no meio pulando alegremente, lá estava a merda de uma de uma família feliz que logo estaria acabada.