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                              Lua


Alguns dias depois....


Entro no quarto no porão e bato a porta com raiva, como minha vida conseguiu ir de mal a pior? Eu não consigo acreditar que assinei aquele contrato, já fazia alguns dias que estava na casa de Nate, Casa que ele comprou logo quando saiu da prisão minha função aqui era ser empregada de todos eles, ninguém falava comigo, não me olhavam, não me davam notícias sobre Margô e Rosa.
Eu não podia ficar aqui trancada nessa casa sem saber delas e muito menos ficar dando bobeira para Gabriel acabar comigo.
Eu precisava fugir dessa casa agora,aproveito o momento em que eles estão trancados no escritório e saio pela portas do fundo da cozinha  indo em direção ao portão de entrada e saída dos funcionários quando sinto um puxão no meu braço.
- aonde você pensa que vai? Sinto o medo subir pelas minhas pernas e me deparo com os olhos verdes de Travis
-o que você está fazendo aqui?
Ele ergue a sombrancelha desconfiado
-Vim trazer a Lexy mais já estou de partida, aonde você está indo ?
-Eu preciso sair dessa cidade, eu preciso saber aonde Margô está. Não posso ficar aqui Travis.
Digo dando um olhar tristonho.
- eu te levo. Ele diz com um pequeno sorriso
-Não, eu não posso colocar mais ninguém em perigo por minha causa Travis.
-Pessego você não vai se livrar de mim tão fácil. Entro no banco do passageiro de seu carro ele  segue rumo a estrada principal
-Ainda Podemos nos casar!
Travis disse, sua voz sempre tão leve e divertida, agora com um toque mais sensual
-Nem mesmo um marido seria capaz de me proteger deles trav.
— Ah, merda. Ele suspira
— O que foi? Digo olhando para trás e vejo um carro de polícia Bem atrás.
-Policia? Estávamos dirigindo por alguns minutos apenas. Digo — As luzes deles estão ligadas, nem chegamos perto da ponte da saída da cidade, não pare.Você nem estava correndo,Eles não têm motivo para nos parar. — Tenho que parar! Ele não parecia preocupado, mas enfiei as mãos cerradas dentro do bolso frontal do casaco com medo. Policiais só vinham por essas bandas quando eram chamados. Alguma coisa estava errada. — Por favor, não pare. implorei. — Está tudo bem, pêssego.Senti o carro diminuindo a velocidade e ele para no encostamento.
-Somos adultos, e não estamos fazendo nada de errado.   Boa noite! uma voz masculina disse.
-Como vocês estão hoje? Reconheci o policial ,Nossa cidade era pequena, havia poucos policiais, e ele estava no hospital no dia que fui espancada como fazia muito tempo não recordava seu nome. — Ah, pois é, estamos bem, Tem alguma coisa errada? Acho que eu não estava acima da velocidade! Travis diz olhando para ele houve um momento de silêncio e ele caminha em volta do carro como se estivesse checando os pneus ,Travis e eu Permanecemos imóveis dentro do carro.
-Está um pouco tarde para estarem fora de casa, não? — o policial finalmente retrucou, ignorando a pergunta anterior. Um arrepio percorreu meu corpo,Aquilo não deveria ser da conta dele.
Lua? o policial falou.
— Está tudo bem? Sinto minha visão ficar embassada Ele havia colocado a luz da lanterna direto em mim. Assenti rapidamente.
-Sim, estamos bem.Minhas mãos estavam trêmulas. Não deveríamos ter parado. Se tivéssemos ao menos atravessado a ponte…
-Será que você pode abrir o porta-malas para nós?
Travos se virou no assento.
— Isso é estranho. Ele retruca.O porta-malas se abriu e ouvi o suspiro do meu amigo enquanto aguardávamos em silêncio, ainda sentindo a luz da lanterna sobre nós. O carro balançou um pouco à medida que o outro policial  vasculhava o porta-malas. Entrelacei minhas mãos. -Não sabíamos que tinha retornado a cidade, todos pensamos que estivesse morta.
-Parece que a sua sorte está melhorando depois doque houve com sua família,Você deveria estar agradecida. Cerrei os lábios, irritada. — Então, para onde os dois estão indo? — sondou. — Para o meu apartamento, na cidade. Travis respondeu. Houve uma pausa e a luz que incidia sobre o meu rosto se afastou, então ele prosseguiu: — Planejando ficar por muito tempo fora Lua, mais logo agora que voltou?questionou. Engoli em seco, sentindo o coração martelar no peito. Até que o ouvi dizer em um tom baixo e debochado: — Tsc, tsc, tsc… Dominic não vai gostar disso. Virei meu rosto para a janela. Merda. Eu sabia. — Como é que é? — Travis interveio. No entanto, ele foi interrompido
quando o policial gritou para o que estava atrás: — Encontrou alguma coisa? — O quê? — Travis disparou. Inclinei a cabeça na direção deles. — Desça do carro, Sr. Petrovec.
-Não.O que é isso? O que está acontecendo?  Travis quis saber. Quando me dei conta, sua porta foi aberta e o policial o tirou para fora do carro — Travis... Grito sem saber o que falar  ou fazer em seguida enquanto ele é arrastado para a parte traseira do carro.
-O quê? Isto não é meu! Ele grita alterado
-Cocaína.  um dos policiais disse.
- Isso é crime. Arqueei as sobrancelhas, confusa. Cocaína? Como assim? Soltei meu cinto de segurança e abri a porta indo até eles
- Vocês só podem estar de sacanagem, Vocês plantaram isso aí! Travis grita — Opa, opa… — um dos homens debochou. — Você está sob efeito de entorpecentes? -O que estava acontecendo? Parem! Ele nunca usou drogas. O que vocês estão fazendo? -Então olhe aqui, Encontramos pelo menos quinze papelotes. o policial informou. - Isso já classifica como tráfico de drogas. -Seu filho da pu…  Travis grunhiu, mas foi obrigado a se calar. — Esperem! disparei.
— Por favor, parem. Isso é culpa minha. Aquilo ali era uma armação, De forma alguma ele estaria com aquelas drogas no porta-malas. Esses policiais nos pararam por uma única razão, e não foi por causa de uma luz de freio queimada. Aproximei-me com cuidado. -Eu pedi ajuda pra ele.  informei, assumindo a culpa.
-o que vocês querem que eu faça? Por favor, só… por favor, não façam nada com ele. O silêncio pairou por alguns segundos, até que o policial pega seu telefone e disca enquanto aguarda ser atendido. — Senhor?. um dos policiais diz
— Estamos com ela. Dominic, era para ele que os policiais haviam telefonado ele caminha em minha direção e entrega o telefone. Meu medo e confusão desapareceram e foram substituídos pelo ódio. Inspirei com força, tentando me controlar enquanto rangia os dentes ao colocar o telefone no ouvido. -Estou desapontado por você ter realmente pensado que seu plano daria certo. uma voz áspera disse.
- Embora esteja surpreso por você ter conseguido fugir deles novamente.
Não era nenhum deles
-Gabriel?  praticamente sussurrei, chocada. O pai de Dominic havia armado tudo isso? Eu tinha quase certeza de que ele não sabia sobre mim, mais Sabia que ele devia estar apoiando os planos do filho, mas não imaginava que o ajudaria dessa forma Ele estava me vigiando mesmo depois de tentar me matar.
-Tente não se preocupar, Vão soltá-lo amanhã cedo.
Nao.Eles vão soltá-lo agora! — rosnei.
Eu não deixaria meu amigo sofrer daquela forma por minha causa, Foi uma idiotice. Eu deveria ter pensado melhor. Mesmo que conseguisse fugir, acabei envolvendo Travis ao colocá-lo no caminho de deles novamente.
-Ou podemos mantê-lo preso enquanto aguarda julgamento, A escolha é sua.
-Ele também é seu filho! Digo rangendo os dentes, com tanta raiva que mal conseguia pensar.
- O que você quer?
- Quero que você leve essa sua bundinha de volta para a casa aonde está e vá para sua cama. ralhou Sacudi a cabeça, reconhecendo que eles haviam me vencido por enquanto. Mas não para sempre.
-Você acha que serei fácil assim? desafiei.
-É claro que não.  Seu tom suavizou, divertido.
- E é por isso que eles te querem tanto, Apenas tente não ser tão previsível na próxima vez.
-Por que você se importa com isso?
-Mesmo fazendo de tudo, eles ainda são obcecados por você, e estão com raiva então estamos deixando eles brincarem. Ele diz com o  tom de voz agora mais sinistro e que fez com que arrepios se espalhassem pelo meu corpo.
-Você é apenas cereja do bolo.

Olá pessoal, espero que estejam gostando do livro.
Por favor vamos interagir isso ajuda a autora ter mais ideias para escrever.
Obrigada, até o próximo capítulo 🖤

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