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                        Lua

   Quando acordo a última coisa que me lembro é de Dominic sobre mim me segurando com Noah ao seu redor, fixo meus olhos em volta e o imaginável está em minha frente o último lugar aonde acharia que poderia estar, o covil eles me trouxeram para o lugar onde fui deles a primeira vez o nosso lugar.
Então era isso quando disseram que estávamos indo para a casa, realmente eles estavam dizendo sobre Thaney Bay, eu não poderia estar aqui novamente..
Não sabendo que as pessoas que mataram minha família estão vivendo aqui como se nada tivesse acontecido, se bem que nesse momento eu não sei se estou segura ou não do lado deles, me levanto e começo a olhar ao redor da antiga casa que parece está abandonada a bastante tempo, algumas coisas da nossa época ainda estão aqui como ingressos dos jogos de futebol, embalagem de comidas ,me lembro de como me sentia segura ao lado deles, e de uma certa forma eles ainda estão aqui dentro.
a porta abre chamando minha atenção e vejo os quatro entrando em minha frente em silêncio, vestidos com jeans casual e seus moletons preto como antigamente enquanto eu estou com meu pijama preto.
-Porque estou aqui ? Pergunto logo sem rodeios.
-apenas terminando o que começamos! Noah fala e coloca um papel que mais parecia um contrato em cima da velha mesa que está a minha frente isso é a única coisa que separa nossos corpos.
-Esse é seu contrato, nosso acordo ainda está valendo basta só você assinar! Nate diz apontando a caneta em minha frente.
-Eu já disse que não vou assinar nada !
-A gente sabe que você é teimosa, por isso levamos Margô e rosa embora! Dominic fala rindo e acende um cigarro instantâneamente meus olhos se cruzam com os deles.
-Você mesma que começou esse jogo, se tivesse assinado desde o primeiro dia talvez  Erick tivesse seu emprego. Calebe fala
-Seu prédio não teria sido vendido e várias pessoas não perderiam suas casa  por sua culpa! Noah agora quem fala
-E você saberia aonde sua filha está nesse momento! Nate agora quem diz seguro minha respiração para não deixar minhas lágrimas caírem.
-Porque vocês estão fazendo isso? Pergunto e finalmente deixo um lágrima cair.
-Porque você é uma mentirosa e merece sentir tudo o que sentimos naquele lugar.
-Então vocês vão me machucar? Finalmente pergunto -Você diz… mais do que tomar tudo o que você possuía e te deixar dependente da gente para sempre? Noah diz Ou machucá-la tipo… -Humm, isso é o que você quis dizer, não é mesmo? Não magoá-la. Nate questiona — Você tem noção de quantas vezes Calebe sangrou na prisão? Dominic pergunta
— Você sabe quantas vezes o Nate teve que se esforçar para não vomitar as tripas por causa do estresse e do medo de ter que olhar por cima do ombro constantemente?
O olhar sério deles permaneceu conectado ao meu.
— Você sabia que não importava o tanto de dinheiro que Noah usou para subornar as pessoas lá dentro, ainda assim, havia um monte de gente que queria ver os filhos riquinhos da elite de Thaney Bay sofrendo na cadeia? Dominic prossegui.
— Você faz ideia do tanto que os dois adoeceram por causa da privação do sono e de comida, enquanto tentavam lutar contra o medo e o sofrimento por você?
— Sim, você não sabe… e nem eu! Dominic admitiu
— Porque eu não estava lá.
ergo a minha cabeça confusa e o encarou ele anda de um lado ao outro pela sala enquanto continuava a dizer:
— Três andares abaixo do prédio prisional número 6, no porão, no final de um corredor abafado e debaixo de mais de um metro de concreto, era lá que eu estava lua. Ele grita com raiva
— Por três anos. Você não sabia disso, não é? Os olhos deles me encaram penetrando minha alma. — Lexy achou que estava me fazendo um favor e Gabriel concordou com ela, já que ele possuía muitos inimigos com seus comparsas ali dentro. Eu corria mais risco do que Nate e Calebe, então fui confinado na solitária.
Ele expira o ar com força e fica em minha frente.
— Vinte e três horas por dia, sete dias por semana; todo maldito dia… por cento e sessenta semanas. Isso dá um total de mil cento e vinte dias. Trinta e seis mil e oitocentas e oitenta horas, Lua. Meus dedos formigaram com a vontade insana de arranhar minha pele, mas me controlei. — Eu tinha permissão de sair para o pátio por uma hora durante o dia, mas mesmo assim, Eu comia, andava e sempre fazia tudo sozinho. Meu pai não queria que eu fosse morto ali dentro, então me isolou de tudo e de todos. Ele Começa a  andar em circulos a minha volta até que finalmente para sinto sua respiração quente em meu pescoço e um calor escaldante pelo meu corpo.
-No primeiro dia, você fica só imaginando o que está acontecendo . Ele explica
— Ninguém te diz nada. Ninguém responde às suas perguntas. Você não consegue ver nada além daquele seu caixote de cimento. E, depois da primeira semana, você começa a falar sozinho, só porque você não tem mais nada para fazer e está ficando entediado pra caralho.
-Eu estava aborrecido, Ninguém ia me visitar. Onde você estava? Você deveria estar lá por nós.
-E aí eu ficava pensando por que a estavam mantendo longe de mim?
- Mas aí você percebe que consegue lidar com isso. Consegue suportar qualquer merda que eles te lançarem. Calebe estava bem e Nate também.
-Mas depois de um mês lá, você começa a sentir a sua cabeça pesada,ficando sem fôlego com a lembrança. Pesada pra caralho, Lua. Me viro delicadamente tentando buscando seu toque mais Dominic se afasta.
-Então você começa a fazer coisas para se livrar disso, como bater a cabeça na parede uma vez atrás da outra. Ele Passa perto de um vaso antigo e o joga diretamente para o chão de madeira, era como se ele estivesse vivendo novamente naquela cela outra vez, enlouquecendo enquanto dava voltas pelo o espaço. -E sua pele começa a parecer apertada demais, os muros começam a se fechar contra os seus pulmões, e você não consegue respirar; e o seu cérebro começa a ficar enevoado, porque o mundo agora é totalmente diferente do que você estava acostumado. Calebe agora quem fala como se tivesse tentando tirar Dominic do loopin em que estava ele inspira profundamente e fecha os olhos por um momento enquanto Calebe coloca a mão em seu ombro.
-E tudo o que você mais quer fazer é sair correndo dali. Fugir mesmo. E respirar. Porque a gente começa a se sentir rastejando por dentro. Você não quer mais simplesmente sair da cela. Quer sair da sua própria pele. Calebe termina eu estremeci  tento puxar o ar, sentindo um aperto no peito enquanto as lágrimas correm sem que eu consiga controlar. — E quando você finalmente recebe uma visita… quatro guardas que seu pai pagou para te darem uma surra no primeiro mês, de forma que você não fique muito acostumado com a solitária, eu fiquei até feliz de finalmente ter conseguido sentir alguma coisa. Então respondendo sua pergunta, sim nós vamos te machucar. Dominic fala
-Então assinei a merda desse contrato, porque você não vai mais vê sua filha enquanto não tiver seu nome nele. Nate diz e vem em minha direção com ele em mãos pego a caneta de sua mão e assino o contrato entregando para ele.
-Boa menina! Vem vamos te levar para sua nova casa.
-e a Margô ?
-Você vai vê ela quando começar a ser obediente.
Caminhamos para o lado de fora e Noah abre a porta de seu carro entro no banco de trás e flashback de antigamente invadem minha mente com Noah ao volante, Nate ao seu lado no banco da frente e Dominic eu e Calebe atrás mais dessa vez não estamos indo a caminho de algo divertido como antes, estamos indo para minha destruição eu estava sendo crucificada por arruinar a vida dos quatros herdeiros de ouro da cidade, tinha perdido minha família, casa, emprego e minha filha tudo pelo amor que eu me permite sentir por cada um deles.

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