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O "Miranda, ela não aceitou a proposta de trabalho!" ecoou por uma semana inteira na mente da Miranda que se sente culpada por Andreah ter desistido do seu sonho. Era dolorido para a editora chegar à revista e olhar para a mesa da garota e não encontra-la ali com seus olhos brilhantes e atenciosos, com seu sorriso genuíno no rosto enquanto lhe desejava bom dia. Era dolorido não ouvir a voz da Andreah. Tudo parecia ter perdido a graça sem Andreah para se atrever a tirar ela do eixo.

Ela pega o celular e mais uma vez entre as outras milhões de vezes, ela busca o número da garota, mas, dessa vez ela aperta em chamar.

"Alô, Miranda!" a voz que ela tanto sentia saudade entra em seu ouvido de maneira nostálgica. "Está tudo bem? Como você e as meninas estão? Depois da nota e da medida de proteção os paparazzi amenizaram?" Miranda sorrir da tagarelice da Andreah. A jovem não parece com raiva e sim preocupada.

"Estamos bem e aos poucos estão normalizando." A editora puxa o ar "Eu, bem, isso é tudo!" Então a editora desliga o telefone na cara da garota.

Andreah fica olhando para a tela do celular por alguns minutos e sorrir, ela sabe que a Miranda deve ter ponderado muito até ter ligado. Ela deseja que a Miranda esteja realmente bem, que pelo menos uma das duas tenha conseguido parar de pensar tanto sobre a outra.

Miranda chega à sua casa depois de mais um longo e torturante dia cheio de saudades. Ela busca por suas filhas que logo aparece para recepcionar a mãe, depois uma boa conversa de como foi na escola, como foi o dia delas, a editora vai para seu quarto se desmontar do personagem dama de gelo.

A noite está fria, um prato cheio para sofrer de saudade do grande amor da sua vida. Ela caminha até o barzinho e serve uma taça de vinho, enrolada no robe de seda azul marinho, descalço ela caminha para a janela. As arvores balançam severamente, o céu está sem lua, à sombria noite de inverno parece castigar seu coração. Ela morde a lateral do lábio. Em um longo suspiro ela busca pelo seu celular e novamente disca o número da garota.

"Eu não acho adequado uma mulher tão velha ter dificuldade para superar o termino de algo que não era sequer uma relação." Ela reclama depois do oi da Andreah. "Para mim, também não está sendo fácil, Miranda." A garota confessa se sentindo a vontade para ser franca com a editora. "Se eu for a Ohio, você me ouviria? Bem, eu não quero me sentir ainda mais ridícula correndo atrás de uma garota que tem a idade para ser minha filha e ser ignorada." Miranda sorrir para amenizar.

"Não tem como, Miranda, você não me encontrará em Ohio porque eu estou em Nova Iorque." Por um momento o silêncio domina a ligação. "Você não desistiu do seu sonho?" Miranda sente algo como um alivio tomar uma parte do seu coração. "Não desisti, eu disse que iria desistir, mas, eu não tenho medo de voltar atrás, estou trabalhando como redatora no New York Mirror." Andreah fala mexendo na costura do seu cobertor. Ela está nervosa. "Eu posso ir até você?" Miranda vira a taça de uma vez, ela está nervosa. "Não é adequado, está caindo uma tempestade, Miranda. Além do mais, eu não estou disponível para um caso as escondidas, mas podemos ser amigas se você quiser, e nos encontraremos outro dia, talvez assim, a gente consiga superar de uma maneira menos dolorosa".

A ligação foi encerrada, e mais uma vez Andreah fica olhando para tela do celular enquanto um filme passa em sua mente. Os olhos dela enchem de lágrimas, mesmo ela desejando a editora como nunca desejou outro alguém, ela sabe que aceitar ser apenas um caso para Miranda vai fazer estragar o que foi tão bonito entre as duas. A garota se levanta completamente sem sono. É uma quarta-feira de inverno, na manhã seguinte ela tem trabalho, ela não pode perder horas de sono, mas ela sabe que não vai conseguir dormir. Em busca do sono, ela leva o cobertor para sala, liga a TV e coloca uma comédia romântica para assistir e tentar se distrair enquanto o sono não vem.

Miranda toca a campainha da garota, vestida de camisola e coberta pelo casaco longo ela está com cabelos com respingo de chuva. A porta não demora em ser aberta.

— Eu não sei me declarar — Os lábios da editora estão trêmulos, Andreah não sabe se é de frio ou nervosismo, ou talvez os dois. — Mas, eu aprendi muito sobre a vida amorosa com você que fez crescer dentro de mim a vontade de não ter medo de recomeçar. — Os olhos dela brilham em lágrimas. — Você estava certa, eu ainda iria te pedir em namoro. — Miranda tira do bolso do casaco um anel. Não tem caixinha, é apenas o anel de ouro branco e um pequeno diamante. — Eu não vou me ajoelhar, não vou conseguir ser tão piegas assim, mas, você aceita namorar comigo e enfrentar um enxame de paparazzi em todos os lugares que você estiver até surgir outra novidade para eles partirem?

— Esse anel é seu, eu já vi você usando várias vezes. — Andreah comenta rindo entro o choro.

— Eu não tive tempo de providenciar um anel de pedido de namoro tendo em vista que eu criei coragem de fazer isso só agora. — Miranda sorrir de lado.

— Eu desejei tanto que você tomasse coragem, só você não percebia o quanto é louca por mim. — Andreah estende a mão para Miranda colocar o anel.

— Você é muito atrevida, garota. — Miranda coloca o anel no dedo dela.

As duas chorosas se encaram sorrindo de alivio. Miranda invade a casa enquanto agarra Andreah pela cintura e a beija com saudade. O beijo é intenso e profano.

— Eu senti tanta falta do teu gosto. — Andreah sussurra no ouvido da Miranda entre amassos enquanto elas caminham para algum cômodo que Miranda não sabe qual é.

— Pouco menos de duas semanas, não dá de sentir tanta falta assim. — Miranda puxa a camisola da garota deixando-a completamente nua.

— Mas, senti, parecia que eu ia morrer da dor de amor. — Andreah abre e tira o casaco da Miranda. — Você tem que parar de sair por ai apenas de casaco e camisola. — Andreah sorrir tendo o lábio inferior mordido por Miranda.

— É um novo habito que você colocou em mim. — A editora a empurra na cama.

— Vou te colocar o habito de me dá bem gostoso. — A garota aperta a bunda da editora que se esfrega em cima do corpo dela.

— Eu vou dá, estou louca para sentir sua boca me chupando, An-dy! — Miranda morde o lóbulo da orelha da garota. Miranda sempre quis verbalizar o apelido da para garota para ela ouvir.

— Repete. — Andreah sorrir fazendo Miranda olhar para ela.

— Andy! — Miranda sorrir e beija amorosamente a boca da sua doce e atrevida garota.

Elas se amam em uma noite de quarta-feira de inverno como se não houvesse o amanhã, elas se amam por horas entre juras de que vão conseguir enfrentar tudo para viverem esse amor, e elas vão conseguir, porque elas individualmente são maravilhosas e juntas são incríveis.

ISSO É TUDO!


Cair em tentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora