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Miranda estava saindo da sua casa para ir trabalhar, enquanto isso, Andreah e Emily já estavam na revista. Na primeira oportunidade, quando tudo já estava organizado para chegada da Miranda e era só esperar a mulher. A ruiva arrasta Andreah para a copa.

— Você vai ter que me explicar. — Ela inquire quase ameaçando a garota. — Você está tendo um caso com a Miranda, eu vi muito bem. Isso é um absurdo, nem nos meus mais loucos pesadelos aconteceria isso. A Miranda é a Priestly.

— Calma Emily. — Andreah pede com gesto de rendição.

— Calma nada, por isso ela agora joga casaco e bolsa na minha mesa, por isso divide o elevador com você e atura você azucrinando no ouvido dela, é porque você é amante dela.

— Você acha? — Os olhos da garota brilham. Ela sorrir de orelha a orelha.

— Não se faça de sonsa, Andreah, você chegou aqui com aquele discursinho que era temporário que não queria fazer carreira aqui, apenas queria uma carta de recomendação, e foi comendo pelas beirada, pois saiba que eu odeio você e ela nunca vai me levar para Paris. Por isso que ela te levou para Paris... Aaaah que ódio, minha chance acabou porque você é amante dela.

— Qual a catástrofe para nenhuma das minhas assistentes estarem na suas respectivas mesas? — A voz da Miranda sai branda.

Andreah e Emily arregalam os olhos e correm para a antessala da Miranda. Miranda apenas arqueia uma das sobrancelhas e joga o casaco e bolsa na mesa da Emily e arrumando seu cinto vermelho na cintura, caminha para sua sala. E como Miranda deduziu que suas assistentes estavam muito dispostas, encheu as duas de muitas tarefas.

Enquanto todos na Runway estão na maior agitação por ser a última semana do mês, Stephen está mais uma vez ligando para a Runway, agora para outro departamento em busca da Samira, jornalista freelance que presta serviços para a revista. Depois de mais uma resposta frustrante o homem se ver pensativo.

Passa pela cabeça dele a possibilidade da Miranda ter contratado uma garota de programa e mentiu sobre a mesma por vergonha, porque daria a certeza para ele da incapacidade dela de conseguir alguém tão linda como a Samira sem ser pagando. E mesmo com essa possibilidade, ele sente necessidade de ter a garota na cama, apenas os dois.

(...)

— Andreah! — Miranda chama concentrada nos papéis em sua mão.

— Sim, Miranda? — O sorriso travesso não sai dos lábios da jovem que se lembra da Miranda na noite anterior se tocando com ela e para ela.

"Com que cara eu vou te olhar amanhã?" Vem na mente das duas e elas trocam um olhar intenso e ao mesmo tempo vergonhoso, instigante e quente. Mas, Miranda limpa a garganta e retoma a postura inabalável.

— Sua matéria foi aprovada — Miranda fala e ver Andreah encolhendo os ombros e perdendo toda a pose de garota atrevida. — Você precisa assinar esses documentos e colocar no final a maneira como você quer que apareça seu nome como autora.

— Obrigada, Miranda! — A garota morde o lábio inferior nervosa — Você não está fazendo porque nós...

— Por favor, An-dre-ah! — Miranda interrompe a garota com o levantar de mãos — Eu jamais submeteria minha revista a uma coisa desta — Miranda revira os olhos. — Você fez faculdade para isso não? Você não está em busca de carreira como jornalista? Levantando isso, você está se desrespeitando como profissional e me desrespeitando e eu não admito. — A fala é séria dura e cortante.

Andreah balança a cabeça em concordância, ela fecha os olhos com força se achando uma idiota.

— Se eu não tivesse achado aceitável, eu não teria problema em falar e eu jamais colocaria algo ruim.

— Me desculpe. — O rosto da Andreah está vermelho.

Miranda nada diz, apenas observa a garota, é curioso para a editora essa mudança brusca da Andreah quando o assunto é sobre algo que só ela pode entregar no profissional, como ela pode ser tão segura no amoroso e tão insegura no profissional?

E então Miranda tem um estalar na mente, percebendo que ela não é tão diferente da Andreah, apenas os papeis que é invertido; ela é segura no profissional e insegura no amoroso. Falar em insegurança amorosa, Miranda suspira.

— O que você e Emily estavam fazendo na copa que não se preocuparam com a minha chegada? — Miranda eleva a sobrancelha.

Ela queria ter perguntado isso desde as primeiras horas que chegou, mas com muitos compromissos importantes ela não teve oportunidade.

— Ela apenas está revoltada porque acha que você vai me levar para Paris novamente e não ela.

— Pelo amor de Deus — Miranda revira os olhos em descrença — Paris Fashion Week é final do ano, estamos longe.

— Sim, mas ano passado era ela que ia e você me levou.

— Ela não comentou mais nada sobre o que viu?

— Só disse que o motivo de você dividir elevador só comigo é porque a gente tem um caso e não por eu ser a melhor assistente.

Miranda faz um bico tentando conter um sorriso e balança a cabeça em negação: — Eu dividi elevador com você desde aquela apresentação pavorosa do James Holt, e eu dividi porque estava satisfeita e surpresa com seu potencial, não tínhamos nada.

— Ah! Então temos um caso. — Andreah comenta sorridente.

— Nós não temos um caso. — Miranda profere palavra por palavra separando as sílabas. Ela revira os olhos logo em seguida. — Você entendeu o que eu quis dizer.

— Então você é o meu mais novo um quase algo? — O atrevimento da garota faz Miranda semicerrar os olhos desacreditada.

— Saia da minha sala agora! — Miranda se levanta e arruma o cinto olhando para a mesa da Emily.

— Eu estou brincando. — A garota fala travessa.

— Saia! — O pescoço e rosto da editora estão ficando rosado.

— Eu queria te beijar. — Andreah se aproxima, mas não tanto a ponto de levantar suspeitas. — Vamos nos encontrar novamente? — A voz da garota está carregada.

— Vai atrás do seu quase algo. — Miranda revira os olhos e olha em direção a janela tentando ser indiferente.

— Mas eu já estou aqui atrás dela. — Andreah olha para a porta e percebe que não ver Emily e deduz que ela também não às veja. Então tenta beijar a boca da Miranda que vira o rosto recusando.

— Você é muito atrevida, garota! — Miranda belisca as costelas da Andreah.

— Ai... — A garota reclama. — Vamos? Hein, só nós duas, num quarto, com bastante privacidade para fazermos o que quisermos?

— Não! Saia! — Ela ordena se afastando.

O coração da editora já estava acelerado, seu corpo quente não só pelo ciúme, mas também por causa da proposta da garota estava começando a fazer perder a cabeça e por receio e uma Emily tão próxima, ela achou melhor não deixar Andreah provocar mais, pois ela ia ceder.

Cair em tentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora