O clima dentro do carro até a delegacia era calmo e tenso ao mesmo tempo.
O silêncio era tão desconfortável que Thup mal conseguia respirar. Principalmente quando Singha saiu do carro e abriu caminho entre as pessoas em direção ao prédio, sem sequer parar para esperar por ele. Isso fez seu coração apertar ainda mais.
"Say, o que você encontrou?" August entrou no laboratório do departamento forense. Sentou-se na cadeira ao lado do amigo e colocou as três bonecas sobre a mesa.
"O resultado do exame referente a comida no estômago da vítima que recebi esta manhã." Ainda ocupado olhando o microscópio, apontou para a pasta sobre a mesa sem levantar os olhos, mas percebeu que o amigo estava de mau humor hoje.
"Então, eu peguei os pedaços de carne presentes na amostra e examinei o muco do estômago em busca de substâncias."
"Setenta e cinco por cento de correspondência?"
"Fora os vários temperos. Descobri que havia partes semelhantes no estômago de algumas das vítimas, mas alguns cadáveres já estavam mortos há mais de dois dias e é difícil encontrar resultados satisfatórios. Os corpos em que detectei similaridades foram da criança chamada Kaew e Khun Tee. O que mais quer que eu encontre nos corpos?"
"Não há progresso nenhum?" August jogou o arquivo na mesa novamente. "Vamos nos aprofundar mais." Ele olhou para sua mão antes de olhar para a pessoa sentada ao lado dele e disse: "Então para onde foi que esse menino que fica vendo fantasmas na frente dele?"
"Você discutiu com ele?"
"Não."
"Você acha que se os fantasmas pegarem ele, ele morrerá?"
"Você fala demais, Say. Aqui estão as bonecas, pode verificar também se há impressões digitais, sujeira ou algo mais. Tenha os resultados esta noite."
"Se você não estiver contente, não desconte no meu trabalho." Say chutou a perna de sua cadeira antes de movê-la e sentar-se na mesa atrás dela para pegar um pedaço de papel e recuar agilmente: "Você ficará surpreso ao ver isso."
"O que?"
"Eu já verifiquei a sujeira que estava grudada no cadáver e na corda. Sabe à sujeira que você tirou de baixo do cubículo na casa do abade? Eu também examinei. Você sabe qual foi o resultado?" Say ergueu as sobrancelhas para a pessoa sentada à sua frente. E o que Singha fez foi simplesmente olhar para o amigo em silêncio, esperando a resposta da outra parte. "É o mesmo tipo de solo. O solo veio da área onde ocorreu o o crime."
"A Terra do cemitério." August murmurou baixinho.
"Ah, você não disse que havia um cemitério, você precisa me iluminar aqui Sing, estou perdido. O que mais há para encontrar?" Singha e Say são o mesmo tipo de pessoa. São pessoas com uma mente forte e que se encontrarem algo que valha a pena acreditar, eles acreditarão, mas não acreditam cegamente em nada.
"Verifique também a terra das bonecas. Eu já volto."
"Espere um minuto, Rin ainda não chegou."
"Para onde ela foi?"
"Ele foi ao templo, ela me disse que ela viria."
"Qual templo?"
"É o templo que fui da última vez. Você já trouxe todos os itens de proteção para nós?" Singha foi até a sala de espera e encontrou uma estátua de Thao Kuvera em sua mesa.
"Está aqui, mas onde está a pessoa que trouxe?"
Um lindo par de olhos olhava para o céu da manhã. Ele estava sentado no chão e abraçado aos seus joelhos. Ele estava perto de onde ele viu Singha e King conversando da última vez. Um suspiro soou novamente, porque ele não sabia como deveria se desculpar com August. E ele ainda não sabia como seria dali para frente. E se ele ainda estivesse com raiva?
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Goddess Bless you for Death (Edição em português)
FantastiqueUm jovem que pode ver fantasmas e um detetive cético quanto ao sobrenatural se envolvem em uma trama sombria e assustadora para descobrir o que está por trás de uma série de assassinatos envolvendo rituais de magia negra, fantasmas e pessoas reais. ...