Caso 42: Dizer adeus

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Singha usou a língua para empurrar sua bochecha e reduzir a frustração em seu coração, ele pensou que ele era um tipo de pessoa que tentou viver uma vida normal por conta própria e que tentou não ir embora tão rápido, enquanto que às pessoas que vivem como se estivessem lutando para satisfazer suas ganâncias, não morriam tão fácil. Ele estava com muito frio.

As chamas começaram a queimar a pilha de palha, as paredes de madeira começaram a desmoronar, pois o combustível usado como acelerador fez com que o fogo se espalhasse mais rápido. Bom olhou para o próprio corpo que estava cheio de feridas graves que foram queimando aos poucos através da cortina de lágrimas, então levantou a cabeça e olhou para Singha com uma expressão de ressentimento nos olhos.

"Tudo culpa sua... tudo o que aconteceu é graças a você."

"Você é bom em culpar outras pessoas, não é? Mesmo tendo atuado como em um drama para enganar as pessoas."

"Desta vez vou garantir que você morra."

"Desta vez vou colocar o meu pé na boca de um maluco como você."

Bom correu direto pelo  fogo e para cima de August sem habilidade. Quando o jovem inspetor se abaixou, esquivando-se dele, ele bateu em seu abdômen com a canela fazendo com que ele caísse no chão. As sobrancelhas escuras de Singha se uniram porque ele estava muito ferido e não podia mais sofrer um golpe assim. Esse golpe fez com que o grave ferimento no abdômen abrisse e começasse a sangrar.

Bom respirou fundo antes de se forçar a se levantar e mergulhar novamente sobre August, ele bateu com a perna, mas  August conseguiu levantar o braço a tempo para se proteger. O jovem inspetor contra-atacou o rosto de Bom até sua boca sangrar, mas Bom estava fora de si e não parecia sentir nenhuma dor. O ritual foi quebrado, seu pai estava morto e ele estava prestes a ser preso, então Bom não tinha nada a perder.

A fumaça começou a dificultar a visão e a respiração. O fogo que se espalhava por toda parte começou a irradiar um calor escaldante, August mordeu levemente o lábio enquanto a dor se espalhava por todo o seu corpo, seus olhos penetrantes olharam para o ferimento em seu abdômen e viram que o sangue muito sangue escorria, por causa do movimento muscular que estava muito intenso durante a luta.

Do lado de fora do moinho, carros de polícia e ambulâncias faziam fila, Joss e Mek saíram com os feridos e chegaram aos médicos antes de cairem exaustos no chão.

"Droga, pensei que não sobreviveria." Mek gemeu sem fôlego.

"O Pi Sing ainda não saiu."

"Ele já vai sair. Provavelmente está verificando o status de algum sobrevivente."

"Então o que fazemos agora?"

"O de sempre sempre. Processar os envolvidos restantes, desenterrar todos os casos relacionados e fazer tudo de acordo com o processo legal, esse caso certamente vai ter muita visibilidade."

"Por favor, deixe-me verificar seu status." Duas equipes médicas caminharam na frente deles. No momento em que Joss estava prestes a ajudar, com o canto do olho ele viu uma nuvem de fumaça subindo do telhado do antigo moinho.

"Espere um pouco..." Joss rejeitou o tratamento antes de se levantar para ver claramente. "Não deveria estar assim, tem fumaça... Senhor! Tem muito fogo!!"

"Que!" Mek pulou do chão e olhou para o mesmo lugar que o garoto ao lado dele. "Chamem o caminhão de bombeiros!!! Chamem o caminhão de bombeiros agora!!"

Ele se virou para ordenar aos policiais que se preparavam para entrar no local. Faíscas começaram a se espalhar e podiam ser vistas, o que era um sinal de que a situação interna  era ainda mais grave que o pouco que podiam visualizar.

Goddess Bless you for Death (Edição em português)Onde histórias criam vida. Descubra agora