Caso 34 : Segredo abaixo

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O corpo de Darin caiu no chão ao mesmo tempo em que Bom continuava a olhar para ela respirando pesadamente, com os olhos vazios, sem piedade, sem simpatia. Havia apenas um vazio de emoção em seus olhos.

"Darin!" King correu e se ajoelhou antes de tirar o terno e pressioná-lo na ferida abdominal de Darin para estancar o sangramento.

"Ah, de novo, isso..."

"O quê? O que você está dizendo?" King ficou agitado quando viu sangue escorrendo dos lábios da outra pessoa.

"É... é o outro."

"Ah, acho que talvez ela queira lhe dizer que sou o assassino." As palavras de Bom fizeram o jovem detetive imediatamente pegar a arma. "Você vai atirar de novo? Oh, você vai atirar cegamente em outra pessoa ou vai me bater?"

"Afaste-se". Ele colocou Darin no chão e apontou a arma para o jovem de aparência inocente. O outro homem ergueu as mãos acima da cabeça como se quisesse se render, mas o sorriso que adornava seu rosto não demonstrava culpa alguma. "Você será detido sob suspeita de assassinato e agressão a um funcionário."

"Você sabe o que é mais engraçado?" Bom sorriu para King sem nenhum pingo de medo, da arma que estava apontada para ele. "Quando tudo corre do jeito que a gente quer."

"Eu não me importo com o que você diz e não tenho medo de nenhum de seus fantasmas. De costas para a parede. Junte as mãos, você está preso."

"Não tem medo? Se você realmente não estivesse com medo, aquela bala provavelmente não teria errado e atingido ninguém."

"EU DISSE PARA VOCÊ SE VIRAR!!" King olhou para Darin que estava deitada no chão, Bom riu do fundo da garganta como se fosse engraçado o que o policial na frente dele fez, antes de se virar de costas para a parede.

"Dizem que as pessoas de sexta-feira são tenazes, corajosas e conscientes. Parece certo porque o velho de antes era igual a você." King, que estava prestes a algemá-lo, parou, Khun Tee foi a última vítima de sexta-feira. "Mas quando ele viu sua esposa morta, ele rastejou como um cachorro. Você deveria ter visto o momento em que ele choramingou como um louco, implorando para que ela fosse trazida de volta... ha ha ha."

"Cale a boca!!!". Uma das algemas estava firmemente presa, mas quando ele estava prestes a colocá-la no outro lado, um som atrás dele o fez parar.

King... (Voz)

"Para aquele velho imbecil, a esposa parecia ser o que ele mais desejava. E você? Emprego, dinheiro, posição, poder... ou seu amante?"

"....August." Singha estava parado na frente dele, ele estava com a arma na mão. O tom de voz usado não era de raiva, nem de decepção, não havia mais frieza, era o Singha que ainda o amava e obedecia como no passado. Sim... foi no passado, pois o relacionamento já acabou, King fechou a outra algema no pulso de Bom antes de olhar para trás. "Você vai brincar com fantasmas na prisão."

"Ha ha ha, não seu idiota, não se engane. Você acha que eu sou o tipo de pessoa que é pega tão fácil assim?"

"O que isso significa?"

"Você sabe onde aconteceu o primeiro sacrifício? A convocação de almas é muito difícil, principalmente almas mortas, então deve haver muito sacrifício. Meu pai ainda estava quase em apuros porque lá só existiam espíritos maus. Qualquer pessoa que acidentalmente entrar lá  terá muitos problemas." Bom mordeu o rosto e olhou para a pessoa atrás dele. Seus olhos brilharam novamente porque ele estava brincando com os sentimentos da outra pessoa. "Eu posso dar para você quem está em... Sisaket."

Os olhos de King se arregalaram ao perceber que a pista se referia à August. No momento em que pensava em como voltar a ter contato com seu ex-amante, uma sombra cruzou suas costas, fazendo-o se virar e olhar, mas era tarde demais.

Goddess Bless you for Death (Edição em português)Onde histórias criam vida. Descubra agora