𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟕: Imprevisível

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Duas bolinhas de metal prateado em polos opostos da glande de Changbin, uma em cima, outra embaixo. O olhar criterioso de Yongbok estava analisando a barra que perfurava a cabeça e definitivamente cruzava a uretra. Parecia doloroso. Parecia obsceno. Ousado. Surpreendente. Inesperado. Excitante. Imprevisível.

— Bin, quando foi que você...? — As sobrancelhas dele estavam tão altas que poderiam se unir a linha do cabelo.

O moreno deu uma gargalhada divertida, como se tivesse premeditado e ansiado por aquela reação em toda a sua vida.

— Ah, isso? É verdade, você ainda não tinha visto, não é? — Colocou a mão no queixo, fingindo estar pensativo. — Já faz um tempo... Foi na faculdade, eu acho? — Ele tomou o próprio pau na mão, que a esse ponto foi deixado pelo Lee que o encarava alarmado.

— M-Mas aquele dia... não tinha... — Apontou para o piercing com o dedo, cenho franzido.

— Eu tiro com certa regularidade para higienizar melhor ou trocar de joia, mas às vezes me esqueço de colocar depois do banho. É raro, mas aquele foi um desses dias. Felizmente, ou poderia ter assustado você como agora e nada teria acontecido. — Bin riu. — Você está pálido.

Yongbok concordou mentalmente e agradeceu ao universo ou ao destino pela feliz coincidência. Abaixar as calças do amigo e deparar-se com aquele piercing teria extinguido sua confiança e sua coragem. Ele teria ficado assustado, sem saber o que fazer e não conseguiria concluir sua tarefa.

Certamente, mesmo aqueles experientes com vida sexual ativa ficariam um pouco chocados e talvez incertos ao verem a joia de Binnie, ele então, sendo um virgem, teria colapsado.

— I-Isso... parece doer demais! — Bok cerrou os dentes, levando inconscientemente a mão ao próprio membro em proteção.

— Você ficaria surpreso... — Bin mordeu os lábios, masturbando e movendo a pele sobre o eixo para encontrá-la as bolinhas de metal, demonstrando nenhum tipo de desconforto ou incômodo. — Logicamente, doeu no dia da perfuração e demorou meses para cicatrizar, mas agora não sinto nada além de prazer, para ser sincero.

— Oh. É mesmo? — Lix ficou ainda mais curioso.

— Sim. O nome da perfuração é apadravya, um piercing conhecido justamente por essa vantagem: aumentar o prazer. Tanto para o portador quanto o parceiro... — sussurrou, mordendo os lábios. — Não se preocupe com isso, faça tudo o que quiser, garanto que estou bem. Você está bem?

Lix salivou. Ele queria saber como era ter aquele pau em sua boca.

— Porra, muito mais do que bem — falou, puxando para tirar totalmente as peças de baixo do alfa e se deitando sobre as coxas fortes, guiando a ponta para sua língua.

A textura molhada, quente e aveludada na glande de Changbin foi maravilhosa. Ele manteve-se quieto, deixando que Lix fizesse como lhe conviesse. Cada movimento parecia meticulosamente planejado para agradar aos sentidos de ambos.

O Lee gostou da diferença que o piercing trazia. Era difícil acomodar tudo em sua boca, mas as bolinhas roçando em seu céu da boca e na língua o deixavam enlouquecido. Mais uns poucos toques em si mesmo e ele gozaria. Talvez ele tivesse nascido para chupar paus.

A respiração do alfa estava pesada, seus olhos fixos nos lábios esticados ao redor da glande, que deslizava pela cavidade molhada e quente que o acolhia tão bem. Sentia o peso do loiro sobre suas coxas, tanto para seu conforto quanto para seu controle da situação. Havia uma vulnerabilidade em estar sob o comando de Yongbok, uma sensação estranha e excitante de rendição.

Felix tirou da boca, lambendo o comprimento antes de beijar de língua a cabecinha, brincando com as bolinhas do metal com a pontinha da língua e esfregando-as em seus lábios. Changbin jogava a cabeça para trás com a boca fechada com força, mantendo-se em silêncio, mas seus olhos logo retornavam para o rosto do ômega, apreciativos.

(K)inky | HyunLix | ChangLixOnde histórias criam vida. Descubra agora