𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟒𝟓: Conhecido

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Bin teve de preparar um chocolate quente para o coalinha que ficou abraçado a ele, nu, em seus braços, chorando o tempo todo. Depois de beberem uma xícara quentinha, Bok ainda em seu colo, o Seo acariciando seus cabelos e o cobrindo de feromônios, o mais novo finalmente se acalmou e parou de chorar. Os olhos e a ponta do nariz vermelhinhos faziam o coração do Seo rasgar com o quão adorável ele ficava depois de uma crise de lágrimas.

Changbin até sentia vontade de fazê-lo chorar um pouco mais.

— Você está melhor agora? — perguntou, beijando-o nos cabelos. — Você não deve chorar, você não é uma pessoa ruim. Você é a melhor que eu conheço, na verdade. Tenho tanta sorte por ter um amigo como você... amigo não. Um ômega tão bom e devoto, fiel.

Bok estava quase caindo em outra onda de choro quando foi beijado nos lábios. Os beijos do Seo sempre eram calorosos e reconfortantes, ele conseguiu se estabilizar e respirar fundo. Depois que se separaram, Bokkie assentiu a pergunta de estar bem, com um biquinho residual.

— Só fiquei com medo de você repensar e me abandonar.

— Depois de te dar minha coleira? O símbolo mais forte de união entre um alfa e um ômega depois da marca? — Bin riu, meneando a cabeça em negação. — Eu não vou, ok? Então não fique tão triste com a surpresa que eu preparei, se não vou pensar que eu estraguei tudo.

— Não! Eu amei. Eu queria mesmo uma coleira, você adivinhou.

Changbin sorriu largo.

— Perfeito — murmurou, seus lábios curvados em um sorriso satisfeito. Ele puxou Yongbok para mais perto, os olhos fixos nos dele. — Agora que estabelecemos que você é completamente meu, eu adoraria continuar de onde paramos. Você sabe, para eu poder apreciar nossa tatuagem direito — a voz baixa e rouca.

Yongbok mal teve tempo de reagir antes que o Seo o beijasse apaixonadamente, mais ferozmente do que todas as outras vezes. Ele sentiu a posse no beijo, a intensidade crua que só um Alfa podia proporcionar.

As mãos fortes o levantaram e o conduziram até a cama dele, os dois se aconchegando no colchão, seus corpos se entrelaçando, mãos explorando, corações batendo descoordenados. Yongbok, vulnerável e sensível, entregou-se completamente a vontade do alfa, para fazer o que quisesse.

Mesmo que não fosse dele, ainda era dele.

A coleira em seu pescoço que não poderia remover sozinho seria um lembrete constante da posse, e isso intensificava a conexão entre eles a níveis alarmantes de intimidade. De repente, as mãos de Changbin começaram a deslizar para baixo, acariciando a pele macia de Yongbok. Ele o beijou no pescoço, descendo lentamente até a clavícula.

Uma vez livre do tenebroso devaneio/pesadelo de culpa, o Lee se concentraria em fazer o moreno feliz, essa era sua função. Seu papel. Seu objetivo maior. Aproveitar um pouquinho não fazia mal também. Sem tristeza, eles precisavam celebrar a conclusão da homenagem para Bin, a noite era sobre ele.

O ômega gemeu baixinho, sentindo o corpo de Changbin se pressionar contra o seu. Ele sabia que o alfa estava ansioso para explorar a tatuagem mais de perto, e ele estava pronto para deixar. Era tudo dele, afinal.

Binnie virou-o de bruços no colchão, revelando a tatuagem em toda sua glória. Seus olhos brilharam com desejo enquanto ele admirava a obra de arte em sua totalidade.

— Bokkie, você é tão incrível — disse, sua voz rouca e carregada de paixão. — Eu te amo tanto...

O alfa inclinou-se e tateou a tatuagem com adoração. Seus dedos traçavam cada linha, cada curva, cada detalhe, como se seu olhar estivesse devorando a arte com a mesma intensidade que sua boca devorava Yongbok.

(K)inky | HyunLix | ChangLixOnde histórias criam vida. Descubra agora